Gato-mourisco é avistado pela primeira vez em unidade ambiental de Maricá

Felino está entre os animais em risco de extinção na lista da União Internacional para a Conservação da Natureza

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Gato-mourisco / Prefeitura de Maricá

Ameaçado de extinção, um gato-mourisco foi visto, pela primeira vez, caminhando pelo Refúgio de Vida Silvestre Municipal das Serras de Maricá (Revismar). O animal foi flagrado pelo programa de Monitoramento da Fauna Silvestre de Maricá (Mofama), da Prefeitura de Maricá, na região do Espraiado, no dia 29/01, por volta das 9h. O jaguarundi (Herpailurus yagouaroundi), nome científico do mamífero carnívoro da família dos felídeos, está entre os animais em risco de extinção na lista da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).

O gato-mourisco tem entre 48 e 83 cm de comprimento e cauda de 27 a 59 cm, podendo pesar de 3,7 a 9 kg. Os machos, geralmente, maiores que as fêmeas. O animal coloração que varia do preto, passando pelo marrom, cinza, areia e marrom-avermelhado, além de cores intermediárias.

O jaguarundi é uma anima diurno, que se movimenta e caça entre o amanhecer até pouco depois do entardecer. Apesar de ter hábitos solitários, o felino tolera a presença de outros indivíduos em seu território, uma vez que a sua alimentação é composta de mamíferos de pequeno e médio porte, aves, peixes, cobras, lagartos, anfíbios e insetos.

O secretário de Cidade Sustentável de Maricá, Helter Ferreira, explicou que a captura das imagens do felino é de extrema importância para a pasta, pois demonstra que a criação e manutenção das unidades de conservação do município contam com condições favoráveis à sobrevivência das espécies, o que representa um indicador de qualidade ambiental.

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“Esse flagrante representa o alto grau de conservação do refúgio de vida silvestre de Maricá. A gente tem feito um trabalho árduo há mais de dez anos. Nós somos o segundo município no ICMS ecológico em relação à gestão das unidades de conservação municipal. Isso mostra o comprometimento de todos que trabalham em prol do meio ambiente de Maricá”, esclareceu o secretário.

O avistamento é resultado de uma parceria com o Onças Urbanas, projeto de cooperação técnica entre o Instituto de Biologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o BioParque do Rio de Janeiro, para o monitoramento da fauna e promoção de educação ambiental na comunidade local.

Monitoramento da fauna

Com os equipamentos, foi possível flagrar, pela segunda vez, imagens de uma onça-parda. Os aparelhos já registram mais de mil imagens, que estão sob análise dos estudiosos. O material será apresentado no relatório de monitoramento, que já identificou diversos animais silvestres no município, tais como: guaxinim, esquilo, gambás, tamanduá, quatis, sabiás, morcegos, lagartos, gato-maracajá, pica-pau, jacu (ave), tatu, sagui, cachorro-do-mato, entre outros bichos.

Refúgio de Vida Silvestre

Com nove mil hectares, o refúgio é maior que a do município de Armação de Búzios, na Região dos Lagos, correspondendo a 25% do total da área de Maricá. O espaço fica localizada nas Unidades de Conservação da cidade – também integradas pela Área de Proteção Ambiental Municipal das Serras de Maricá, o Monumento Natural Municipal da Pedra de Inoã e o Monumento Natural Municipal da Pedra de Itaocaia, Refúgio de Vida Silvestre Municipal das Serras de Maricá, Monumento Natural do Morro da Peça e o recém-criado Refúgio de Vida Silvestre Lagoa do São Bento.

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