Gestora lança fundo de R$ 150 milhões para projetos residenciais de retrofit na zona sul do Rio

A Vinci Compass inicia a captação de R$ 150 milhões para um fundo residencial focado em empreendimentos de alto padrão na zona sul do Rio. Os projetos incluem retrofits e novas construções em áreas nobres como Leblon e Ipanema, um mercado cada vez mais competitivo

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foto: Pedro Kirilos/RioTur

A gestora Vinci Compass está captando R$ 150 milhões para viabilizar um novo fundo imobiliário residencial voltado para empreendimentos “de alto padrão” na zona sul do Rio de Janeiro. O investimento deverá ser concentrado em cinco áreas já definidas: Leblon, Ipanema, Lagoa, Gávea e Jardim Botânico. As informações são do portal Metro Quadrado.

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Os projetos, em sua maioria retrofits, serão desenvolvidos por uma construtora carioca especializada no segmento de luxo. Este será o segundo fundo residencial da Vinci, que possui um histórico de mais de R$ 6,6 bilhões em investimentos em imóveis comerciais, incluindo escritórios, shoppings e galpões. No primeiro fundo, que captou R$ 71 milhões em 2023, a Vinci atuou como sócia financeira de empreendimentos na Barra e em Laranjeiras. Desta vez, a gestora terá um papel mais ativo no desenvolvimento dos projetos, adotando o modelo de obra por administração.

O fundo será exclusivo para empreendimentos tocados em conjunto com a construtora, um modelo inédito na Vinci. Rodrigo Coelho, co-head de real estate da gestora, destacou a estratégia da parceria diante da retomada do mercado carioca e do desafio de aquisição de terrenos na região. Para ele, na Zona Sul “é difícil comprar terrenos pela enorme escassez. Muitos dos projetos acabam sendo retrofits de prédios antigos”.

A expectativa é que o fundo esteja totalmente captado até abril, e a gestora já estaria em negociações avançadas para a compra de três terrenos: dois no Leblon (um a uma quadra da praia e outro a duas) e um em Ipanema, próximo à Lagoa. Dois desses projetos serão retrofits, enquanto o terceiro exigirá a demolição do imóvel existente.

O fundo tem um prazo de seis anos, sendo três para investimentos e três para a saída, com uma meta de TIR de 26% ao ano. A estimativa é que até cinco empreendimentos sejam desenvolvidos no período, com tendência para edifícios de poucas unidades e apartamentos amplos, considerando a limitação de espaço nos bairros.

Segundo a construtora, a valorização do bairro tem sido expressiva e pode levar o Leblon a retomar o posto de metro quadrado mais caro do Brasil, que teria perdido segundo alguns levantamentos. Mas em outros, o Leblon segue soberano, disputando com Ipanema, também no Rio. Segundo os investidores, o metro quadrado médio no Leblon poderia chegar a 60 mil reais.

Fundos imobiliários como o Opportunity e construtoras como a SIG e a Balassiano Engenharia têm dominado o mercado da Zona Sul, com a construção de enormes empreendimentos. Outra empresa que vem conquistando terreno na região é a Monza, dos parceiros Jomar Monnerat e Raphael Zanola, ex-integrantes da equipe que gerou o fundo do Opportunity durante muitos anos. Espera-se muita competição entre estes atores neste que é hoje o mais cobiçado mercado imobiliário do Rio.

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