O Grupo Hospitalar Conceição (GHC), novo responsável pela gestão do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), realizou uma vistoria na unidade, nesta segunda-feira (21), durante a qual encontrou problemas estruturais na edificação. Por conta dos protestos e invasão ocorridos no HFB, no último sábado (19), a unidade segue sendo policiada, com uma viatura do 22º BPM (Maré) na porta.
Os transtornos causados pelos 15 funcionários levaram à atuação dos policiais do Batalhão de Choque, que tiveram que usar spray de pimenta e escudos para dispersar os manifestantes, que tinham como objetivo dificultar a entrada do GHC no local.
Com base na visitação desta segunda, o grupo pode verificar as áreas que precisarão de reforma. Entre elas estão a emergência de adultos e pediátrica, que estão fechadas; além de 24 leitos clínicos, de curta permanência, que estão interditados devido à falta de reforma no telhado, através do qual, em épocas de chuva, alagamentos são provocados nos quartos.
Pelo levantamento do Grupo Hospitalar Conceição, dos 412 leitos da unidade, 207 seguem desativados. O objetivo da entidade é reabri-los todos, em 90 dias.
Por meio do nota o grupo hospitalar esclareceu que, atualmente, o Hospital Federal de Bonsucesso conta com apenas 46% de sua taxa de ocupação e que a meta da entidade é a retomada de 100% do serviço.
“Desde sábado, quando efetivamente as equipes do GHC/Ministério da Saúde puderam entrar no hospital, tem sido feito vistorias das áreas para identificar quais as ações são necessárias para retomar o pleno atendimento de assistência. Para isso, estamos identificando os locais onde são necessárias obras, reformas, compra de equipamentos, substituição de rede elétrica etc. Hoje o Hospital Federal de Bonsucesso está com 46% de sua taxa de ocupação. O objetivo é retomar 100% do serviço”, diz a nota do grupo, conforme reproduziu o jornal O DIA.
Concomitante às reformas prediais, os novos gestores pretendem recompor o quadro funcional do HFB, contratando mais de 2,2 mil profissionais nos próximos 45 dias. O incremento visa garantir a prestação integral dos serviços à população.
Empresa pública vinculada ao Governo Federal, o Grupo Hospitalar Conceição (GHC), atua nacional e integralmente com o Sistema Único de Saúde (SUS). O trabalho no HFB será conduzido por profissionais da entidade e do hospital, por etapas, como descentralização da gestão, abastecimento de insumos, infraestrutura e contratação de funcionários. Tudo sob os cuidados do Ministério da Saúde, para evitar que a população seja prejudicada.
A descentralização proposta pelo ministério é um dos pontos de discórdia com os servidores do HFB, representados pelo Sindsprev/RJ, que veem na medida o que chamam de “fatiamento”. Eles também são contrários à gestão do Grupo Hospitalar Conceição.
Quero ver se vão conseguir em tão pouco tempo organizar tão bem esse hospital de 80 anos e que tem várias falhas estruturais, como o sistema elétrico totalmente podre. A minha pergunta é e, se o ministério tivesse entrado e dado condições aos funcionários, tb não teria conseguido uma melhor administração? Em vez disso coloca um grupo que administra visando lucro, ou seja, se paga mais dos nossos impostos para ter um serviço duvidosamente de “qualidade”. Abrir a efetiva capacidade de leitos não dá ao HFB, sua plena operacionalidade… Pq não fazer um estudo da real necessidade dessa emergência aberta, e transformar o HFB em um hospital terciário, desafogando a malha hospitAlar da saúde do rio de janeiro? São perguntas que não são respondidas ou estudadas, antes dessa decisão unilateral do MS. Que Deus tenha piedade da população e dos verdadeiros funcionários do HFB…
Ninguém está satisfeito com nada e só sabem exigir.