Gilberto Bueno: Segurança Energética e o projeto da Baía de Sepetiba

Diretor de projetos da Karpowership no Brasil fala sobre a iniciativa na Baía

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*Gilberto Bueno é Diretor de projetos da Karpowership no Brasil

O Brasil tem um grande desafio para garantir seu crescimento econômico e social sustentável: assegurar fontes confiáveis para o aumento na demanda de energia, que deve crescer, em média, 3,4% ao ano até 2026. Neste sentido, dentre as fontes alternativas para geração energética, o gás natural tem tudo para ocupar um lugar de protagonismo por emitir menos poluentes, comparado a terméletricas convencionais, e oferecer mais segurança para o abastecimento.

Diante deste cenário, o projeto da Karpowership na Baía de Sepetiba, no Rio, se destaca por utilizar navios geradores de energia com uso de GNL, de rápida mobilização e desmobilização. Eles ficarão fundeados no porto de Itaguaí, apropriado para esse tipo de operação, e conectados a uma pequena linha de transmissão. Desta forma, o país e o estado estarão aptos a rapidamente receber até 560 MW de energia, suficiente para abastecer até 2 milhões de pessoas.

A mobilização dos navios traz um conceito tecnológico novo para o Brasil, com geradores de tecnologia desenvolvida na Alemanha e na Finlândia. Os navios têm alta eficiência energética, resultando em baixo impacto ambiental quando comparado a termelétricas em terra.

O projeto atende toda legislação brasileira e respeita os trâmites legais determinados pelas autoridades federais e estaduais. Também não traz impactos significativos para a vida marítima. A água do mar é usada apenas para resfriar os motores e devolvida sem contaminantes, em temperatura dentro dos padrões do Conama. Metade dos navios não possui motores propulsores e emitem o mínimo ruído possível. A outra metade não ativará os motores propulsores para a geração de energia, mantendo o nível de ruído mínimo.

Serão desenvolvidos ainda programas ambientais direcionados à fauna marinha e de apoio aos pescadores artesanais, incluindo o monitoramento da produção pesqueira, o apoio ao beneficiamento de pescado, e cursos de especialização para trabalho em portos, entre outros.

Esta tecnologia permitirá ao Brasil avaliar outras aplicações dos navios geradores para o mercado de gás e do pré-sal. São oportunidades que se abrem para o país, fundamentais para um mundo que precisa encarar de frente os desafios da mudança climática.

Este é um artigo de Opinião e não reflete, necessariamente, a opinião do DIÁRIO DO RIO.

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