Carros são colocados à venda em anúncios no Facebook, compradores se interessam, assinam um contrato, fazem a transferência via Pix com o valor acordado (entrada ou integral), os dias passam e os veículos nunca são entregues. Esse é o roteiro que vem acontecendo no Rio de Janeiro. Pessoas que aguardam receber pelo o que pagaram já registraram boletins de ocorrência.
A suposta empresa vendedora tem nome, CNPJ e endereço, no Centro do Rio, na Sete de Setembro, número 71. No entanto, quando se vai até o local o que se vê é um escritório jurídico. “Muita gente já veio aqui procurar sobre venda de carros”, disse uma das recepcionistas à reportagem do DIÁRIO DO RIO, que esteve no local na tarde desta terça-feira, 12/07.
O DIÁRIO DO RIO recebeu informações que a suposta empresa avisou a alguns possíveis compradores que o endereço da Sete de Setembro é a matriz. A assinatura dos contratos é marcada para a Rua do Passeio 38, também no Centro do Rio, contudo, somente mediante a agendamento. A reportagem tentou agendar uma ida, mas não teve resposta.
Uma das pessoas que fez o pagamento e até agora não recebeu o veículo registou um boletim de ocorrência, que o DIÁRIO DO RIO teve acesso. A pessoa, que preferiu não ser identificada, disse que fechou o negócio no último dia 04/07 e desde então vem recebendo apenas desculpas, dizendo que a situação será resolvida, no entanto, sem nenhuma solução possível.
Após fazer o contato ao ver o anúncio publicado no Facebook, o comprador começa uma conversa com alguém que se diz vendedor no Whatsapp. Por lá é explicado como é o processo da negociação e fecha-se o acordo.
A reportagem tentou contato com o número que fecha as negociações e não obteve resposta. As postagens no Facebook foram excluídas.
Vi a reportagem do Felipe Lucena, sobre golpes de vendas de carros Quero parabenizar aos responsáveis em esclarecer esses fraudulentos!
Elementar, meu caro Lucena… Em primeiro lugar, não se deve fazer qualquer negócio antes de ver o bem e os registros, fisicamente, pois não estamos mais em ritmo de ‘lockdown’. Mas, isso sempre acontece em um País onde os palhaços riem dos homens sérios, fazer o quê, não é mesmo?…