Governador suspende diálogo com SuperVia e exige cumprimento de contrato de serviço

‘Se a Supervia quiser qualquer recomposição, só vai conseguir quando, na prática, a vida do usuário melhorar. Se não quiser, que entreguem a concessão’, afirmou Castro

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O governador Claudio Castro cobrou o cumprimento do contrato de serviço por parte da SuperVia. Para ele, as condições dos serviços prestados são muito ruins / Divulgação

O governador do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), anunciou, nesta quarta-feira (07.04), a suspensão do diálogo com a SuperVia, até que a concessionária normalize os serviços prestados aos usuários. Mesmo, após meses de negociações, ainda ocorrem falham operacionais sérias que prejudicam o cotidiano dos trabalhadores. A circulação dos trens foi interrompida mais uma vez, nesta quarta-feira, com o fechamento por mais 4 horas de 54 estações na Baixada Fluminense.

Cláudio Castro reclamou da qualidade do serviço prestado pelo SuperVia e disse que a empresa é “cara de pau” ao oferecer um serviço ruim e, ainda assim, tencionar aumento do preço das passagens.

O serviço é totalmente incompatível com o que a população do Rio de Janeiro merece e está longe do que o governo do estado espera de uma concessionária. É inconcebível que, diante da falta de qualidade e dos inconvenientes impostos à população, a SuperVia se sinta confortável em aumentar a tarifa. Seria muita cara de pau!”, reclamou o governador.

O governo do Estado quer saber os motivos que levam a concessionária a prestar serviços tão deficitários à população. Para isso, designou representantes da Secretaria de Estado de Transportes, da Central Logística e da Agetransp para a realização de uma vistoria técnica, nesta sexta-feira (08.04), em um dos ramais de trens para verificar as condições operacionais da concessionária.

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Para Castro, as justificativas apresentadas pela concessionária diante de uma Comissão, na Assembleia do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), de que todos os problemas são resultado de furtos e vandalismo, não são razoáveis. O governador atribui tais problemas, também, à falta de manutenção de equipamentos e patrimonial por parte da empresa.

“É inadmissível atribuir todas questões a furto de cabos. É falta de manutenção, de conservação, composição sem controle invade plataforma de embarque, viagens são interrompidas por queda de rede área e os atrasos se tornaram rotina para os usuários. A Segurança Pública e as forças policiais não serão usadas como desculpa para os problemas da SuperVia. O Estado do Rio de Janeiro, a população e este governo não vão tolerar insuficiência técnica” afirmou Cláudio Castro.

Para aumentar a segurança nas estações de trens e coibir furtos de cabos, a PMERJ dará início a um plano de retomada de 12 estações consideradas perdidas pela concessionária. A Secretaria de Estado de Polícia Militar adiantou que solicitou a recuperação dos muros ao longo destas estações à empresa, com o objetivo de dar apoio à iniciativa, mas não teve nenhum retorno.

O governador, por fim, declarou que a concessionaria só fará a recomposição das tarifa quando oferecer um serviço adequado aos passageiros. Caso contrário, que entregue a concessão.

“É preciso cumprir o que está em contrato e não ficar pensando em recurso público para, depois, fazer a parte que cabe à concessionária. O usuário não será penalizado, pelo contrário. Se a Supervia quiser qualquer recomposição, só vai conseguir quando, na prática, a vida do usuário melhorar. Se não quiser, que entreguem a concessão e o governo do estado negocia com o próximo”, ameaçou o governador.

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2 COMENTÁRIOS

  1. Claudio Castro fala grosso mas está se cagando por dentro. Se a Supervia entregar a concessão, assim como a CCR Barcas disse que em 2023 irá entregar, o Estado do RJ vai gastar muito mais, ter muito mais dor de cabeça para operar o sistema e muita dificuldade para achar um otário na relicitação.

    O Estado do RJ não é leal com quem ele contrata: o governo assina e depois faz corpo mole no cumprimento. Depois fica aí com esta cara de bumbum indignado quando a concessão vai à bancarrota.

    Ajude agora ou segura o rojão com as duas mãos!

    E você, usuário das barcas, dê as boas-vindas à CONERJ, que irá voltar lá depois que a licitação der vazia (ningué vai ser trouxa de querer pegar as barcas nestas condições: foi prejuizo em cima de prejuizo).

    Patético.

    • Patético?
      O governador cobra o cumprimento do contrato pela concessionária e da um ultimato para que o serviço seja cumprido com a excelência necessária, e vc ainda chama o governador de patético? O que vc sugere então? Que o serviço continue do jeito que se encontra?

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