Governo do RJ lança 2ª edição de campanha contra assédio sexual no Carnaval

Campanha "Ouviu um NÃO? Respeite a decisão" contará com 27 ativações na Marquês de Sapucaí, Terreirão do Samba, Intendente Magalhães e blocos de rua

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Ações do governo para o Carnaval no Sambódromo da Marquês de Sapucaí 2023 / Foto: Rafael Campos

Com a intensificação das atividades carnavalescas, o Governo do Estado do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria de Estado da Mulher (SEM-RJ), lançou a segunda edição da campanha “Ouviu um NÃO? Respeite a decisão”. Através da divulgação de mensagens direcionadas aos homens, a ação visa informar aos homens que importunação e assédio sexual são tipificados como crimes.

As peças publicitárias trazem ainda informações sobre os canais de denúncia 190, da Polícia Militar, e o aplicativo gratuito para celular Rede Mulher. As ativações da campanha acontecerão na Marquês de Sapucaí, no Terreirão do Samba, blocos e na Intendente Magalhães, que receberá os desfiles das séries Prata, Bronze e do Grupo B. No total, serão 27 ativações nos dias de Carnaval.

“A proteção da mulher é uma causa extremamente importante defendida pela nossa gestão. Por isso, temos investido em políticas públicas e ações de conscientização e de combate à violência e ao assédio. A Secretaria da Mulher coordena diversas ações nesse sentido. Estamos deixando bem claro que não vamos tolerar desrespeito ou violência contra as mulheres. Essa é uma festa para diversão, sempre com respeito e responsabilidade”, declarou o governador Cláudio Castro (PL).

A campanha “Ouviu um NÃO? Respeite a decisão” conta com mensagens, como: ‘No Carnaval, você pode ser o que quiser. Só não pode ser ofensivo, porque folia não combina com assédio’ e ‘É para cair na folia e não no conceito’, que serão veiculadas em rádios, redes sociais, pontos de ônibus, outdoors, entre outros locais com grande aglomeração. A campanha também contará com um samba e um vídeo que retrata uma cena de assédio em um bloco. Como punição o assediador “ganha” uma fantasia de emoji lixo (boy-lixo), emoji X (cancelado) e emoji dislike (bola fora).

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“A mensagem é bem clara. Puxar papo, pode. O que não pode é puxar pelo braço, puxar cabelo ou fantasia das meninas. E lembre-se sempre: depois do “não”, é assédio. O respeito ao corpo da mulher, à decisão dela e ao direito de se vestir como ela quiser são imperativos para que todos nós tenhamos um ótimo Carnaval”, afirmou a secretária de Estado da Mulher, Heloisa Aguiar.

O slogan “Ouviu um NÃO? Respeite a decisão” também dá nome ao protocolo estabelecido pela Secretaria da Mulher em 2023, para garantir a segurança das mulheres em grandes eventos e lugares públicos. No documento constam recomendações, como a incremento da iluminação em estacionamentos e banheiros, divulgação de canais de denúncia, além de orientações sobre a atuação de seguranças na abordagem em casos de agressões e importunações.

“Este ano, a campanha também estará no interior do estado por meio de parcerias com prefeituras. A Secretaria de Estado da Mulher recebeu a adesão de 24 municípios fluminenses à campanha e ao protocolo de ação com orientações que buscam garantir mais segurança para as mulheres que vão se divertir na folia. Além disso, capacitamos equipes das 14 Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs) para um atendimento mais humanizado”, completou disse Heloisa Aguiar.

Principais pontos do protocolo

1. Conscientização:

Estar ciente dos desafios enfrentados pelas mulheres em eventos e da importância do atendimento diferenciado.

2. Atendimento pleno de atenção:
A equipe deve priorizar o atendimento imediato, total atenção à vítima, demonstrando disponibilidade para ouvir, empatia e compreensão, sem julgamento ou preconceito.

3. Escuta ativa:
Demonstre interesse genuíno pelo relato da mulher.

4. Respeito às decisões da mulher:
Nunca force a vítima a fazer algo que ela não queira, como registrar uma ocorrência policial ou buscar atendimento médico. Ofereça informações sobre as opções disponíveis, mas deixe que ela decida o que é melhor para si.

5. Atendimento discreto e humanizado:

Garanta que o atendimento seja em um ambiente seguro, longe de olhares curiosos, e mantenha a confidencialidade das informações compartilhadas pela vítima. Evite comentários ou piadas inadequadas.

6. Atenção prioritária à pessoa agredida:
Em caso de agressão, ela deve receber a devida atenção. Em casos graves, ela não pode ser deixada sozinha, a não ser que queira.

7. Não focar no processo penal:
Nesse primeiro momento a vítima deve ser acolhida. Questões policiais e do processo penal devem ser tratadas pelas autoridades competentes.

8. Rejeição do agressor:
Jamais demonstre cumplicidade com o agressor, mesmo que seja apenas para diminuir o clima de tensão no momento da atuação.

9. Rigor nas informações:
Respeite a privacidade da pessoa agredida e a presunção de inocência do acusado. Repasse informações sobre o caso apenas às autoridades competentes.

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