Criada para promover a atuação privada na revitalização do Centro do Rio de Janeiro, a Aliança Centro completa dois anos em novembro, com um evento de extrema importância para a região: a Conferência Centro-Rio, encontro destinado a autoridades públicas, desenvolvedores imobiliários, comerciantes, síndicos de edifícios da região, entre outros atores sociais interessados no desenvolvimento do Centro da capital fluminense. O evento acontece hoje, quarta-feira, das 9h às 13h, no prédio da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), localizado na Rua Candelária, 13º andar, no Centro, na emblemática sede da ‘Casa de Mauá’. O encontro será totalmente presencial e tem o patrocínio do Opportunity e da Sergio Castro Imóveis e apoio do Sinduscon.
“Somos a associação que reúne as maiores empresas do setor imobiliário e proprietários de pontos comerciais e de serviços que, juntos, atuam pelo desenvolvimento do Centro do Rio com a missão de integrar diversas iniciativas na defesa de interesses comuns. No 1º evento, abordamos as Áreas de Revitalização Econômica e, agora, vamos ampliar a discussão para assuntos essenciais para o fortalecimento e a revitalização da área”, disse Marcelo Haddad, CEO da Aliança.
No encontro serão discutidas as cinco principais iniciativas em andamento para revitalização da região: Reviver Centro II, Reviver Cultural, o Masterplan do BNDES destinado a tentar viabilizar novos usos para 75 imóveis públicos na localidade, as Áreas de Revitalização Econômicas (AREs) – projeto encabeçado pela Aliança Centro Rio – e a conversão de imóveis comerciais em mistos ou residenciais.
O trabalho da Aliança Centro bem mudando a cara do da região Central, com um amplo monitoramento da Zeladoria dos logradouros e espaços públicos que vem gerando uma área de excelência nas localidades cobertas pelo roteiro da entidade. Os funcionários da Aliança percorrem semanalmente um circuito formado pela localização dos prédios de seus membros, anotando, reportando, geolocalizado e monitorando os problemas de zeladoria do Centro, que vão desde simples buracos nas calçadas a postes apagados, meios fios arriados, bancas de jornal abandonadas e também pontos sensíveis como camelotagem clandestina e moradores de rua. Quando começou em 2021 a entidade tinha 20% de suas demandas atendidas mas com a crescente integração com a subprefeitura este percentual hoje atinge 78%.
“É preciso que as autoridades centrem também esforços em mais incentivos aos comerciantes da região, que ainda claudicam depois da pandemia. Precisamos de mais fachadas vivas no Centro e se o Reviver Centro é uma iniciativa incrível para trazer moradia, agora precisamos que os comerciantes voltem a achar a região atrativa para seus negócios”, diz Claudio André de Castro, da Sergio Castro Imóveis, membro fundador da entidade, que completa “precisamos de menos camelô clandestino é mais comércio que gere empregos e impostos a serem aplicados aqui; a lei 9722/22 recentemente aprovada seria um incentivo espetacular caso seja de fato aplicada”. A lei, aprovada ano passado, prevê incentivos para o comércio histórico da região, tornando-a quase uma Zona Franca.
Programação resumida da Conferência Centro-Rio:
– Abertura: Josier Villar, presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro, Carlo Caiado (PSD), presidente da Câmara Municipal do Rio de Janeiro (CMRJ), Cláudio André de Castro, Diretor da Sergio Castro Imóveis, uma das empresas fundadoras da Aliança Centro-Rio, e o prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD).
Painéis, com duração de 1 hora cada:
I – “Os novos empreendimentos viabilizados pelo Reviver Centro II”;
II – “Incentivos para o comércio e a valorização dos espaços públicos”;
III – “Como viabilizar a conversão de imóveis comerciais”.
Entre os participantes estarão o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio de Janeiro (Sinduscon), Cláudio Hermolin; Chicão Bulhões (PSD), secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação da cidade do Rio; Gustavo Guerrante, presidente da Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar); Osmar Lima, chefe de Departamento de Ativos Imobiliários Públicos do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES); Paulo Millen, diretor da GTIS Partners; senador Carlos Portinho (PL-RJ), autor da Lei Ordinária 14405/2022, que possibilitou a aprovação, por dois terços dos votos dos condôminos, da a mudança da destinação de edifícios (comerciais para residenciais ou vice-versa) ou da unidade imobiliária, entre outros.
Informações e inscrições: https://www.aliancacentrorio.com.
Inspiração
A Aliança Centro-Rio foi inspirada no projeto canadense Business Improvement Discrict (BIDs), para revitalizar áreas urbanas por meio da celebração de parcerias público-privadas. De acordo com os BIDs, proprietários e empresários ficam responsáveis pela zeladoria, segurança e limpeza adicionais às prestadas pelos órgãos públicos. As BIDs também são responsáveis pela criação de campanhas de promocionais da região atendida, para atrair público e novos negócios. Somente a cidade de Nova Iorque (EUA) conta com 76 BIDs. A iniciativa já está presente em países, como: Austrália, México, Nova Zelândia, África do Sul, Reino Unido, Alemanha, Cingapura, Holanda, Espanha, Portugal, Bélgica, Irlanda. Ao todo, são mais de 1.200 BID’s espalhados por regiões comerciais em todo o mundo.
No Brasil, o deputado federal Pedro Paulo (PSD/RJ) apresentou à Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 250/2020, que estabelece a versão brasileira do BID, através das Áreas de Revitalização Econômica (ARE). Se aprovada, a proposta que está em tramitação no Congresso Nacional, permitirá que a iniciativa privada ofereça serviços complementares aos prestados pelo poder público, através de Organizações Privadas de Revitalização Econômica (OPREs). Tais entidades são configuradas como Pessoa Jurídica de direito privado, sem fins lucrativos e criadas especificamente para recuperar, desenvolver e manter uma única ARE. Pelo PL, as AREs, assim como os BIDs internacionais, devem custeadas por meio de uma contribuição calculada a partir do valor venal dos imóveis não residenciais para fins de cobrança do IPTU, limitado até o máximo de 5%.
Sobre a Aliança Centro-Rio
A Aliança Centro-Rio concentra mais 300 mil profissionais e 60 mil empresas, com faturamento de aproximadamente R$ 560 bilhões anuais, cifra que corresponde a 32% do faturamento da capital fluminense, segundo a agência Rio-Negócios. Agência, que é responsável pela condução dos trabalhos da Aliança, é uma entidade sem fins lucrativos que atua há 24 anos na promoção e captação de investimentos e geração de empregos para a cidade.
Participam do projeto 28 associados, entre empresas imobiliárias e importantes prédios do Centro do Rio, como: Opportunity, São Carlos, Sérgio Castro Imóveis, Multicentros Floriano, GTIS Partners, Kinea, GIC, Autonomy Investimentos, Mark Building, Engepred, Construtora Internacional, Menezes Côrtes, Previ, BR Properties, BSP Empreendimentos, Cury, Kinea, Centro Cândido Mendes, Innova, Shopping Paço do Ouvidor, Sloper Corporate, Sinduscon Rio, Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Rio de Janeiro (Seac-RJ), Edifício Linneo de Paula Machado, Edifício Bolsa do Rio, Confeitaria Colombo e Tishman Speyer.
Mais de 60 prédios da região são representados pela associação, totalizando 750 mil/m2 construídos e mais de R$ 7 bilhões em investimentos. O monitoramento da zeladoria do Centro realizado pela equipe da Aliança mudou a cara do Centro; inspetores contratados pela organização andam pela região e anotam problemas de todos os tipos, geolocalizam estes problemas, reportam à prefeitura cada um deles e monitoram a solução. Atualmente mais de 79% dos problemas reportados têm sido resolvidos pela subprefeitura e demais órgãos da municipalidade.
Vcs querem revitalizar o centro do Rio, comecem com isenção de tributos,e baixem os preços dos aluguéis durante 3 anos!!!
Ssem abordagem de um future Mercado Municipal tipo o de Cunha SP, Curitiba, nos nao teremos solucao para o centro precisamos fazer estes pequenos comerciantes a conhecer a legalidade, limpeza, organizacao e oagarem uma taxa minima.Ai sim comecaremos a?seriamente ver limpeza e segurança aqui no Centro.
Essa turma tem que andar no centro após as 18:00 nos finais de semana após o comércio fechar, ir na Uruguaiana, na Lapa a noite, na Central a qualquer hora. Vivem em outra dimensão