Com a proximidade do dia 31 de outubro, quando se celebra o famoso Dia das Bruxas, o Diário do Rio preparou uma matéria especial para aqueles que buscam experiências além do habitual no cenário carioca. A cidade do Rio de Janeiro, conhecida por suas belezas naturais e monumentos históricos, também guarda mistérios e lendas assustadoras em locais que, dizem, abrigam presenças inexplicáveis. Para quem tem coragem de explorar o lado sombrio do Rio, preparamos uma lista de locais onde, dizem, o sobrenatural se manifesta. Que tal se aventurar nesses cenários de tirar o fôlego e sentir a atmosfera de Halloween bem perto de casa?
1. Real Gabinete Português de Leitura
Endereço: R. Luís de Camões, 30 – Centro
O Real Gabinete Português de Leitura, com sua arquitetura imponente e acervo raro, também é cenário de histórias de assombração. Relatos de funcionários e visitantes falam de vozes sussurrantes que ecoam nas salas vazias e de sombras que parecem se mover entre as estantes. Reza a lenda que um antigo funcionário, falecido dentro do prédio, continua “trabalhando” e protegendo as obras literárias, aparecendo para quem fica sozinho no salão de leitura.
2. Castelinho do Flamengo
Endereço: Praia do Flamengo, 158 – Flamengo
Este prédio icônico, construído no início do século XX, é conhecido pela arquitetura curiosa e pela fama de ser assombrado. A lenda mais popular conta que a filha de um dos primeiros donos da propriedade sofreu maus-tratos e morreu ali. Desde então, algumas pessoas relatam ouvir gritos e passos pelo prédio. O Castelinho foi transformado em centro cultural, mas os relatos de barulhos estranhos durante a noite continuam. No momento, o local está fechado para restauração com previsão de reabertura em 2025.
3. Palácio do Catete
Endereço: R. do Catete, 153 – Catete
O Palácio do Catete, onde o presidente Getúlio Vargas se suicidou em 1954, atrai turistas interessados na história, mas também é um ponto de interesse para os curiosos por fenômenos sobrenaturais. Guardas e funcionários relatam sentir presenças inexplicáveis nos corredores e nos quartos. Há quem diga que, em algumas noites, sons de passos e de portas se fechando sozinhas são sinais da presença de Vargas ou de antigos residentes do local.
4. Cemitério do Caju
Endereço: R. Monsenhor Manuel Gomes, 155 – Caju
Um dos cemitérios mais antigos e tradicionais do Rio, o Cemitério do Caju é palco de inúmeras lendas. Entre elas, há histórias sobre vultos que caminham entre os túmulos e sons de passos em meio à neblina que cobre o local nas primeiras horas da manhã. Muitos visitantes e coveiros relatam ter visto figuras que parecem desaparecer quando tentam se aproximar. Uma história famosa envolve uma suposta “dama de branco” que aparece e desaparece entre os túmulos do cemitério.
5. Edifício Cândido Mendes (Centro)
Endereço: Rua da Assembleia, 10 – Centro
O histórico Edifício Cândido Mendes, localizado na Rua da Assembleia, é conhecido não apenas por sua importância para a história do Rio, mas também pelas lendas sombrias que o cercam. Segundo relatos, o prédio seria a morada de um fantasma que vagaria pelos corredores e áreas comuns até hoje. Esse espírito seria de um homem que teria morrido nas proximidades ou mesmo de Tiradentes, figura histórica que, junto a outros presos, percorreu a região da antiga Cadeia Pública, a caminho do enforcamento onde hoje se encontra a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ).
Frequentadores do edifício afirmam que, ao cair da noite, sons de passos e sussurros podem ser ouvidos, especialmente nos andares mais antigos. Funcionários relatam portas que se abrem sozinhas e quedas repentinas de temperatura em algumas áreas do prédio, criando um clima de mistério e tensão. A energia do local, carregada de eventos históricos marcantes e trágicos, é sentida por muitos que passam pelo edifício, que mistura sua importância arquitetônica com o peso das lendas que o envolvem.
6. Ilha Fiscal
Endereço: Av. Alfredo Agache, s/n – Centro (Barca para a Ilha Fiscal)
Localizada na Baía de Guanabara, a Ilha Fiscal é famosa pelo último baile do Império antes da Proclamação da República. Além de seu valor histórico, a ilha guarda relatos de visitantes e funcionários que afirmam ouvir música ao anoitecer e sentir presenças ao redor do castelo neogótico, mesmo quando está vazio. Acredita-se que essas manifestações podem ser de antigos nobres que participaram do fatídico baile de 1889 e que, de alguma forma, ainda marcam presença.
7. Mosteiro de São Bento
Endereço: R. Dom Gerardo, 68 – Centro
Um dos locais religiosos mais antigos do Rio, o Mosteiro de São Bento é cenário de lendas misteriosas. Visitantes relatam ver monges que, dizem, já partiram há muito tempo. Em algumas noites, é possível ouvir cânticos vindo das paredes do mosteiro, mesmo fora do horário das celebrações. O ambiente austero e o silêncio das galerias tornam a experiência ainda mais intensa para aqueles que se aventuram por lá.
8. Palácio Pedro Ernesto
Endereço: Praça Floriano, s/n – Cinelândia
O imponente Palácio Pedro Ernesto, sede da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, guarda segredos obscuros que vão além dos discursos políticos. De acordo com uma lenda popular, o prédio teria sido erguido sobre as ruínas de uma antiga capela onde, dizem, eram realizados cultos satânicos. Esse passado sombrio teria deixado uma marca espiritual no local, e muitos acreditam que várias almas penadas vagam pelos corredores da Câmara, especialmente à noite. Relatos de presenças estranhas e até de risos assustadores circulam entre os funcionários. Para os mais supersticiosos, talvez essa “herança” seja um dos motivos da reputação não muito favorável que envolve a política carioca.
9. Fortaleza de Santa Cruz
Endereço: Estrada General Eurico Gaspar Dutra, s/n – Jurujuba, Niterói
A Fortaleza de Santa Cruz, em Niterói, é famosa tanto por sua localização estratégica quanto pelo papel sombrio que desempenhou como presídio durante o regime militar de 1964. As celas da fortaleza abrigaram muitos presos políticos, e os registros de sofrimento e opressão parecem ter deixado uma marca profunda. Visitantes e funcionários contam que, ao percorrer os antigos corredores, é possível ouvir gemidos, sussurros e até mesmo choros abafados, especialmente em dias mais silenciosos. A atmosfera carregada remete ao sofrimento daqueles que ali ficaram presos, tornando a fortaleza um local intrigante e um tanto perturbador para os visitantes.
10. Museu Histórico Nacional
Endereço: Praça Mal. Âncora, s/n – Centro
O Museu Histórico Nacional é um dos locais mais importantes para a preservação da história brasileira, mas, segundo rumores, também é um dos mais assombrados. Construído em uma área onde ocorreram eventos trágicos, incluindo a execução e esquartejamento de Tiradentes, o museu abriga lendas de presenças espirituais que circulam por seus calabouços e corredores. Funcionários relatam que o ambiente fica especialmente pesado em algumas salas, e visitantes já disseram ter sentido calafrios e avistado sombras inexplicáveis. Acredita-se que as almas de figuras marcantes da história nacional ainda rondam o local, tornando-o um destino perfeito para quem deseja um encontro com o passado – e, talvez, com o sobrenatural.
11. Campo de Santana / Praça da República
Endereço: Praça da República, s/n – Centro
O Campo de Santana, palco de momentos históricos como a aclamação de D. Pedro I, também é cenário de lendas fantasmagóricas. Durante a madrugada, alguns dizem que é possível ver figuras duelando em meio à névoa que cobre o campo, como se cenas de confrontos passados estivessem eternamente gravadas naquele espaço. Passantes e moradores já relataram presenças misteriosas e barulhos de espadas, que parecem ecoar do passado. Para aqueles que passam por ali à noite, a sensação de estar sendo observado é quase garantida, o que torna o Campo de Santana um local intrigante e assustador.
12. Bairros de Santo Cristo e Gamboa
Localização: Região Portuária
Santo Cristo e Gamboa, dois dos bairros mais antigos e históricos da zona portuária do Rio, são também conhecidos por sua atmosfera sombria. Em noites silenciosas, moradores relatam ver vultos e figuras nebulosas caminhando pelas ruas estreitas e pelas escadarias antigas. Segundo as histórias locais, muitos dos fantasmas seriam de escravizados que ali viviam e trabalhavam em condições terríveis. A região, impregnada por uma história marcada por sofrimento e resistência, tornou-se um ambiente misterioso, onde a espiritualidade se mistura ao patrimônio cultural e urbano da cidade.
13. Instituto de Filosofia e Ciências Sociais – UFRJ
Endereço: Largo de São Francisco de Paula, 1 – Centro
O Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) da UFRJ, situado no Largo de São Francisco, é um prédio histórico que atrai muitos visitantes interessados em seu valor arquitetônico e cultural. No entanto, para aqueles que passam muito tempo por ali, especialmente à noite, as lendas de aparições ganham vida. Seguranças do local contam que já avistaram figuras misteriosas nos corredores e sentiram uma presença inquietante durante suas rondas. Estudantes também relatam ouvir passos e ver sombras nos andares superiores, onde a arquitetura antiga e o peso da história parecem conspirar para criar um ambiente propício para o inexplicável.
14. Campus da UFRJ na Praia Vermelha
Endereço: Av. Pasteur, 250 – Urca
O campus da UFRJ na Praia Vermelha, que divide espaço com o Instituto Philippe Pinel, é outro ponto cercado de histórias fantasmagóricas. O hospital psiquiátrico, ativo desde o século XIX, já foi cenário de práticas controversas e tratamentos intensos, o que teria deixado uma “marca espiritual” na área. Segundo os rumores, fantasmas de antigos pacientes ainda vagam pelas imediações do campus e do hospital. A atmosfera pesada e o cenário um tanto isolado da Praia Vermelha alimentam a fama do local, que é evitado por muitos após o anoitecer.
15. Instituto Estadual de Dermatologia Sanitária
Endereço: Rua Godofredo Viana, 64 – Tanque
Este edifício em Tanque, outrora colônia para tratamento de tuberculose, é cenário de várias aparições e fenômenos estranhos. Funcionários e visitantes contam ter visto vultos e sentido uma presença inquietante, como se antigos pacientes, cujas vidas foram marcadas pelo sofrimento e pela solidão, ainda estivessem no local. O ambiente pesado e as histórias de aparições transformam o instituto em um ponto que inspira tanto curiosidade quanto medo.
16. Museu do Inconsciente Nise da Silveira
Endereço: R. Ramiro Magalhães, 521 – Engenho de Dentro
Localizado onde era o antigo Hospital Psiquiátrico Pedro II, o Museu do Inconsciente, dedicado à obra da Dra. Nise da Silveira, carrega um histórico de dor e sofrimento psíquico. À noite, moradores próximos relatam ouvir gemidos e palavras incoerentes, misturados com longos discursos e até palavrões, como se debates internos ainda ecoassem nas paredes do edifício. Dizem que os fantasmas de pacientes abandonados esperam eternamente por visitas que nunca chegaram, trazendo um tom melancólico e assustador ao museu.
17. Antiga Santa Casa, Cascadura
Endereço: Av. Ernani Cardoso, 21a – Cascadura
Nas imediações do antigo hospital da Santa Casa em Cascadura, lendas falam de aparições, especialmente à noite. Acredita-se que o prédio, que teria um cemitério em sua proximidade, é assombrado por espíritos de pacientes que não puderam encontrar paz. Os poucos que ousam passar pelo local após o anoitecer relatam ver vultos e sentir uma presença inquietante, que evoca a memória de um passado de sofrimento e mistério.
18. Rua 28 de Setembro
Localização: Vila Isabel
Conhecida por sua boemia, a Rua 28 de Setembro guarda uma história fantasmagórica. Nas noites frias e silenciosas, alguns moradores e passantes afirmam ver figuras de homens e mulheres trajados como na antiga boemia carioca. Esses fantasmas parecem ainda vagar pelas ruas, como se buscassem reviver os dias de festa e música que marcaram o local em décadas passadas, conferindo à rua um charme misterioso e um tanto assustador.
19. Casa Museu Duque de Caxias
Endereço: Av. Automóvel Clube, S/n – Taquara, Duque de Caxias
Localizado na Baixada Fluminense, o Museu Histórico do Duque de Caxias e da Taquara está instalado no lugar que foi sede da Fazenda São Paulo, berço do Patrono da Cidade e do Exército, Marechal Luiz Alves de Lima e Silva. A Casa de Duque de Caxias, figura histórica e militar, também abriga lendas assustadoras. Segundo histórias locais, a imagem de Duque de Caxias ainda pode ser vista perambulando pelos corredores, como se inspecionasse seu lar. A casa, carregada de história e símbolos de sua era, mantém viva a presença de seu antigo dono, tornando o local ainda mais fascinante para os visitantes que buscam uma conexão com o passado.
20. Central do Brasil
Endereço: Praça Cristiano Ottoni, s/n – Centro
A Central do Brasil, um dos pontos mais movimentados da cidade, tem seu próprio mistério. Durante a madrugada, relatos de passageiros fantasmagóricos circulam pelas plataformas: trens que chegam completamente vazios parecem desembarcar figuras vestidas com trajes dos anos 20 e 30. Uma história famosa é a de um trem que saiu de Santa Cruz vazio e, ao chegar à Central, suas portas abriram sozinhas, liberando figuras que desapareceram na escuridão.
21. Ilha de Paquetá
A Ilha de Paquetá, conhecida por seu charme bucólico, guarda também uma história de sofrimento e saudade. Antigamente, escravizados passavam por uma triagem antes de serem enviados para o continente, e muitos acreditam que seus espíritos ainda vagam pela ilha, buscando reencontrar parentes separados. A presença dessas almas torna a ilha um local de melancolia, onde o passado se mistura ao presente de forma intensa e comovente.
22. Torre Almirante
Endereço: Avenida Almirante Barroso, 81 – Centro
Construída onde existia o edifício Andorinha, destruído por um incêndio em 1986, a Torre Almirante é assombrada por memórias do trágico acidente. Com 21 mortos na ocasião, o local ainda é palco de aparições de vítimas e de sons inexplicáveis, especialmente ao anoitecer. Aqueles que trabalham no prédio dizem sentir calafrios e ouvir ruídos misteriosos, como se as almas das vítimas ainda estivessem presas entre suas paredes.
23. Pedra da Gávea
Localização: Estrada Sorimã, 936 – entre os bairros de São Conrado e da Barra da Tijuca
A Pedra da Gávea é cercada de mistérios, e alguns acreditam que luzes flutuantes podem ser vistas sobre a famosa “Cabeça do Imperador” durante a noite. Vultos luminosos aparecem no platô, e há quem diga que seriam “guardiões” da pedra, defendendo o local de visitantes indesejados. O cenário inóspito e a vista espetacular somam-se ao misticismo da Pedra da Gávea, que desperta fascínio e um pouco de temor.
24. Cais do Valongo
Endereço: Av. Barão de Tefé – Saúde
O Cais do Valongo, porto de chegada de escravizados vindos da África, é marcado por uma história trágica. Muitas vidas foram perdidas ali, e dizem que até hoje, ao caminhar pelo local à noite, pode-se ouvir o som de grilhões e correntes. Esse eco do passado cria uma atmosfera pesada, transformando o cais em um dos pontos mais sombrios e historicamente carregados da cidade.
25. Teatro Municipal de Niterói
Endereço: Rua XV de Novembro, 35 – Centro, Niterói
O Teatro Municipal de Niterói é palco de uma história inusitada: seguranças relatam ver figuras altíssimas vagando pelo palco nas altas horas da madrugada. Esses “gigantes” seriam espíritos de antigos frequentadores ou artistas que ainda percorrem o teatro. A presença dessas figuras cria um ambiente assombroso e fascinante, tornando o teatro um local carregado de história e mistério.
26. Arco dos Telles e a Lenda de Bárbara dos Prazeres
Endereço: Travessa do Comércio, s/n – Centro
O Arco dos Telles é marcado pela lenda de Bárbara dos Prazeres, conhecida também como “Bárbara Onça”, uma mulher cuja vida e crimes chocaram o Rio Colonial. Acusada de assassinar seu esposo e amante, Bárbara teria recorrido à magia negra em busca da juventude, praticando rituais com sangue de crianças. Reza a lenda que sua figura ainda aparece no local em noites sem lua, gargalhando pelos becos escuros da Travessa do Comércio, como um aviso sinistro para aqueles que se aventuram por ali após o anoitecer. Seu espírito, dizem, é a origem da expressão “cuidado que a bruxa está solta”.
27. Theatro Municipal
Endereço: Praça Floriano, s/n Theatro Municipal – Centro
Um dos fantasmas do Theatro Municipal seria o escritor Olavo Bilac, além de bailarinas, cantores e compositores que se apresentaram ali ao longo dos anos. Bilac, em um programa da extinta Manchete, se identificou para uma médium e recitou uma poesia, deixando sua marca eterna nas paredes do teatro. O local é conhecido por suas suntuosas cortinas vermelhas e sua arquitetura impressionante, mas também por relatos de manifestações sobrenaturais. Frequentadores e funcionários afirmam ter visto figuras etéreas dançando no palco vazio e ouvindo sussurros de antigos ensaios. Muitos acreditam que a paixão pela arte e pela música ainda permeia o ambiente, fazendo com que os espíritos dos artistas permaneçam como guardiões da magia que ali acontece.
28. Museu Nacional da Quinta da Boa Vista
Endereço: Quinta da Boa Vista – São Cristóvão
O Museu Nacional da Quinta da Boa Vista sofreu um incêndio em 2018 e está fechado temporariamente para reformas e restaurações. Antes do incidente, o local já era conhecido por suas histórias sobrenaturais. Desde a morte da imperatriz Leopoldina, em 1826, há relatos sobre suas supostas aparições nos aposentos da antiga família real e imperial. Consta que um antigo vigilante noturno do museu chegou a pedir transferência do setor após ouvir, em plena madrugada, ruídos vindos das escadas e o barulho de uma máquina de escrever. Ao seguir os sons, nada foi encontrado. Além das aparições de Leopoldina, outros visitantes relataram ver sombras e ouvir vozes sussurrantes que falam sobre a vida cotidiana da realeza. Os jardins do museu também são palco de eventos inexplicáveis, como flores que murcham repentinamente e mudanças bruscas de temperatura, levando os visitantes a acreditarem que os espíritos da corte ainda vagam pelo local em busca de um lar. A expectativa é que, após a reabertura, o museu continue a ser um ponto de referência não apenas para a história do Brasil, mas também para o sobrenatural que o envolve. O Museu Nacional deverá ser reaberto em abril de 2026.
29. Fundação Oswaldo Cruz
Endereço: Avenida Brasil, 4365 – Manguinhos
Dizem que no prédio da Fundação Oswaldo Cruz, em Manguinhos, o fantasma do epidemiologista que dá nome ao local folheia os livros na biblioteca, como se estivesse sempre em busca de novos conhecimentos e descobertas. Funcionários afirmam que, à noite, podem ouvir páginas sendo viradas e ver a luz da sala de leitura acesa, mesmo quando ninguém está presente. O espírito é descrito como um protetor do conhecimento, um guardião da ciência, que se recusa a deixar o local onde dedicou sua vida ao estudo e à pesquisa. Alguns dizem que ele aparece a jovens pesquisadores, oferecendo dicas e inspirações em momentos de dificuldade, como uma espécie de mentor espiritual.
30. Antigo Prédio do DOPS
Endereço: Rua da Relação, 40 – Lapa
No antigo prédio do DOPS, no Centro, ainda ecoam os gritos daqueles que ali morreram torturados nos anos da Ditadura. Muitos que passam pelo local relatam uma sensação de angústia e dor, como se as almas das vítimas ainda clamassem por justiça. As paredes do edifício, que guarda um passado sombrio, são frequentemente descritas como carregadas de uma energia pesada. Funcionários que trabalham nas proximidades afirmam ouvir murmúrios e passos, como se os que ali sofreram ainda vagassem em busca de paz. Visitas noturnas ao local são marcadas por relatos de aparições de sombras e de pessoas que se sentiram compelidas a deixar flores ou bilhetes de lembrança em homenagem às vítimas.
Um Passeio pelo Sobrenatural: Precauções e Curiosidades
Visitar esses locais pode ser uma experiência intrigante, mas é importante lembrar que muitos deles têm horários de funcionamento específicos. Respeitar os horários e as normas de cada espaço não só ajuda a garantir uma visita segura como também permite que você vivencie o lugar em toda a sua atmosfera, mesmo que seja à luz do dia.
Para aqueles que se arriscam a desbravar esses mistérios do Rio de Janeiro, fica a dica: leve um amigo, ou vá em grupo. Afinal, nunca se sabe o que – ou quem – pode estar esperando para se revelar nessas esquinas históricas.
Preciso ainda voltar ao Rio de Janeiro, a fim de visitar um destes casarões listados. Os comentários dos leitores são bem claros, conforme o tema abordado. Falou-se em escravos, jesuítas e assombrações e, também, em abandono e falta de reforma dos ambientes. Falou-se de História e Cultura. Rio de Janeiro, grande reduto da nobreza, dos senhores de engenhos, do tráfico negreiro é e será sempre uma fabulosa viagem ao Passado. Preciso voltar ao Rio para visitar estes cenários históricos, antes que a ruína os implora de vez.
Tem uns locais desses aí que são assombrados por ladrões e parasitas, outros só por ladrões e outros só por parasitas.
E todo muito ”vivos”…
Tiradentes foi enforcado perto da atual Rua do Lavradio, num tal de Largo da Lampadosa, se eu não engano.
Na ALERJ só se enforcam as doações dos cidadãos, vulgo impostos.
O Cais do Valongo, o Arco dos Telles, o Museu Nacional da Quinta da Boa Vista e o Prédio do DOPS dispensam comentários acho! Perto do Cais ainda existe o escombro da Pro Matre inaugurada em 1919 e abandonada háa muitos anos, de modo que toda aquele entorno é sobremaneira carregado.
É pertinente observar que todos os locais mencionados neste artigo são centenários ou bi-centenários e entendo que ao longo da história um número elevado de pessoas, milhares quiça milhões, morreram de forma natural ou trágica deixando marcas indeléveis em todos os locais! No entorno da Igreja de Santa Rita existem corpos sepultados! E toda essa região era onde funcionava o comércio de escravos! Uma rua bastante pesada que não possui prédios históricos mas “pesa toneladas” é a Rua Acre! Um lugar super emblemático que você deixou de fora dessa lista, talvez o mais emblemático de todos e, que deveria vir em primeiro lugar é a Santa Casa de Misericórdia, que apesar da data de sua inauguração ser uma incógnita para historiadores e memorialistas a irmandade teria sido criada por iniciativa do jesuíta José de Anchieta após a chegada à cidade, por volta do ano de 1582! O prédio inteiro possui pé-direito de 4-5 metros e é todo em madeira! O chão range à medida que caminhamos! Ali, durante o dia, quando se transita por aqueles longos corredores, muitos deles com salas fechadas, o clima é bem pesado, afinal são 442 anos servindo à população e, sem dúvida, com registros de muito sofrimento além de milhões de óbitos!
A Torre Almirante, até algum tempo atrás inteiramente alugada para a Petrobras, dispensa comentários. Nunca entrei lá mas uma vez esperei um amigo de faculdade para almoçar e fiquei bem próximo à entrada e um funcionário, porteiro ou segurança, falava com a esposa que ia pedir transferência na firma terceirizada e se a empresa não o fizesse ele iria pedir demissão! Quando ele encerrou a ligação eu perguntei se ele estava com problema na empresa e se algum direito trabalhista dele não estava sendo respeitado! Foi quando ele relatou que trabalhar lá era um “inferno” e perguntei por que! Para a turma que ficava no turno da noite o “cardápio” oferecia gritos vindo de andares onde não havia mais ninguém trabalhando, elevadores que eram chamados e ficavam presos e confusão porque nenhum dos funcionários queria subir até o andar para verificar o que estava ocorrendo! O rapaz me disse que ninguém parava ali e quando percebiam o peso da energia de pessoas que morreram de forma trágica pediam transferência ou demissão! Ele mesmo já estava farto e falava com a esposa que queria pedir para sair! Durante a conversa com ela ouvi a seguinte frase: “você fala isso porque não é você quem passa pelo que eu passo, sinto e vejo aqui”!
Os bairros de Santo Cristo e Gamboa são terríveis! Tive um negócio na Sacadura Cabral depois da Pedra do Sal em que o imóvel era um antro de almas penadas! Vi trocentos vultos em determinados locais do local. Sempre em fuga! Digo, eles viravam uma “esquina” dentro do imóvel que eu rotineiramente os via pelas costas…Detalhe: a função era noturna, às vezes indo até 7 da manhã! Durante o período noturno esse imóvel era uma farra de barulhos e vultos! Às vezes eu ia no domingo à tarde e ficava até 2 ou 3 da manhã mas depois de meia-noite a sinfonia começava. Sim, uma sinfonia na cozinha onde o barulho de talheres, copos e utensílios sendo arrastados era comum! Olhando de soslaio eu percebia vultos saírem da cozinha e dobrarem num corredor, o que chamei mais acima de “esquina”! Então eu começava a falar alto e bom som: “ok, eu já estou terminando…” mas o barulho continuava e aumentava não em volume mas em quantidade! Era hora de salvar os documentos, imprimir o que devia e fechar a boutique!
Só que não parava por aí! Nessa época eu só andava de bikes elétrica e comum, moro no Flamengo, e voltava na contramão pela Sacadura (jamais ia pela Camerino>Av. Passos>República do Paraguai, rua do Teatro Nelson Rodrigues pois a República do Paraguai junto com a Via Light em Mesquita são absurdamente sinistras e perigosas), >Praça Mauá>Av. Rio Branco até a Cinelândia porém até o cruzamento com a Pres. Vargas tudo bastante era sinistro! Várias vezes ouvi gritos de mulheres, às vezes pareciam vir de grupos, e quando olhava não tinha ninguém até onde minha vista alcançava! Esses gritos eram de sofrimento, de pavor, de terror e de medo! Andar por essa região do Centro depois de meia-noite não é brinquedo!
Andar no Centro apos 22h é tenso. Tu tem coragem
Depois das 22:00? Eu fazia isso na alta madrugada! Do “lado de lá” da Presidente Vargas, o qual é mais antigo e bem mais perigoso. Pior é que o que você escreveu é verdade e em duplo sentido! O primeiro é o perigo de ser assaltado ou baleado e morto por algum vivo mas no plano extra-físico a situação é ainda mais tensa! Admito não ter curtido nenhuma delas! Felizmente me desvinculei dessa rotina!
Trabalhei 9 anos no Cândido Mendes 10 e tenho que admitir que sim. Durante o horário comercial tudo se dá na maior normalidade mas para aqueles que ficam até mais tarde ou às vezes até bem mais tarde a atmosfera do local fica sim um tanto estranha para dizer o mínimo! Na minha época o prédio funcionava 24 horas por dia inclusive sábados e domingos! Após um determinado horário os elevadores funcionam sem o ascensorista e para serem usados era preciso ligar para a portaria para que eles mandassem o mesmo. Como eu trabalhava no 35º andar sempre havia uma pequena espera até que o elevador chegasse e esses momentos eram cercados de surpresas como uma porta corta-fogo que batia mas não se via quem a teria usado e sempre, mas sempre, havia uma sensação no ar de que alguém estava à espreita nos observando e ouvindo nossas conversas no telefone ou com algum colega de trabalho! Nessas horas o prédio parecia um cemitério de tão silencioso e devo admitir que nem sempre eram momentos tranquilos ou agradáveis. Pelo contrário, o alívio só vinha quando a porta do elevador se abria no subsolo que onde fica o hall dos elevadores!
Esse prédio parece um cemitério com entrada pelos subsolo.