Guilherme Fonseca: Uma oportunidade para o Metrô

O urbanista Guilherme Fonseca fala da ligação Estácio - Carioca e conclusão da estação da Gávea, essenciais para sistema do metrô do Rio

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Imagem meramente ilustrativa de composição do MetrôRio - Foto: Reprodução

Duas obras essenciais para o sistema metroviário do Rio de Janeiro são a ligação Estácio – Carioca, com aproximadamente 3 km de extensão, que compõe a Linha 2 e a conclusão da estação da Gávea, paralisada há seis anos, que compõe a Linha 4. Ambas são estratégicas para a continuidade da expansão do sistema, considerando projetos maiores como a implantação das linhas 3 e a complementação da Linha 4.

 Destaca-se, também, que a ligação Estácio – Carioca favorecerá a integração com outro modal, as barcas na Praça XV e é, ainda, o ponto de partida para a Linha 3, a única fora da capital. Esta linha integrará o leste metropolitano (Niterói, São Gonçalo e Itaboraí) ao sistema metroviário da capital passando pela Baía de Guanabara.

O metrô do Rio de Janeiro foi inaugurado em 5 de março de 1979 pelo então presidente Ernesto Geisel, seu sucessor, João Figueiredo, e pelo governador Faria Lima. O sistema atual conta 41 estações. Já o metrô de São Paulo conta com seis linhas, 89 estações e 101,1 km de extensão. Como se vê, muito acima do sistema fluminense. E ainda tem, ao contrário do metrô do Rio, o de São Paulo tem um traçado basicamente linear.

Em média, os cidadãos gastam três horas por dia em seus deslocamentos diários em grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. Portanto, investir em transporte público de massa é estratégico para as metrópoles e traz impactos positivos na economia, no desenvolvimento social, na qualidade de vida e na redução da emissão de poluentes.

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 Os recursos da venda da Cedae surgem neste contexto como uma grande oportunidade para que o Governo do Estado do Rio de Janeiro possa concluir a Estação Gávea do metrô e também a ligação Estácio – Carioca. No caso da ligação Estácio – Carioca, situada em nível abaixo da atual Estação Carioca, existe uma outra, quase pronta há décadas, prevista no projeto original de conclusão da linha 2.

 Certamente a aplicação de parte dos recursos da venda da estatal de água e saneamento nesses dois projetos de mobilidade urbana seria muito bem-vinda e contribuiria fortemente para a retomada da economia.

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2 COMENTÁRIOS

  1. Um texto ao qual eu só posso concordar. Dever-se-ia investir no metrô fluminense sim. Existem partes muito mais prioritárias que outras: esta de estácio-cruz vermelha-carioca-praça xv certamente é a principal. Gávea não beneficia a tanta gente quanto o primeiro trecho. Mas o pior dos mundo é obra parada: obra parada não gera taxa de retorno.

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