Há quase 80 anos, um submarino nazista foi afundado no litoral do Rio de Janeiro

O fato aconteceu no contexto da segunda guerra mundial

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Foto: Arquivo FAB

No dia 31 de julho de 1943, um submarino nazista U-199 foi afundado a apenas 87 Km ao sul do Pão de Açúcar, um dos cartões-postais do Brasil. O fato aconteceu no contexto da segunda guerra mundial.

Segundo os arquivos da Força Aérea Brasileira (FAB), “apelidado de ‘Lobo Cinzento’, o U-199 foi responsável pela morte de pelo menos dez brasileiros. Eles eram tripulantes do navio pesqueiro Shangri-lá, afundado no dia 22 de julho de 1943 com tiros de canhão. O submarino também havia atacado o cargueiro americano Charles Wilson e afundado o navio britânico inglês Henzada, de 4 mil toneladas. Armado com canhões de 37mm e 20mm e capaz de portar 24 torpedos e 44 minas, o U-199 era, na época, uma das joias tecnológicas da máquina de guerra nazista, projetado para ter um alcance suficiente para tentar interromper o fluxo de embarcações no Atlântico”.

O então Aspirante Alberto Martins Torres foi o primeiro brasileiro a transmitir a mensagem de que o alvo nazista havia sido acertado. “Desde 1942, quando a Força Aérea Brasileira tinha apenas um ano de existência, vários pilotos brasileiros participaram de ataques a submarinos alemães e italianos. O Aspirante Torres, no entanto, foi o único que comprovadamente afundou uma embarcação desse tipo. O U-199 também foi o primeiro submarino do tipo IXD2 a ser afundado na guerra. Além das medalhas brasileiras, o feito também rendeu uma homenagem do governo dos EUA ao brasileiro, a Distinguished Flying Cross (Cruz de Bravura)”, destaca a FAB.

O então Tenente Torres é até hoje o piloto de caça brasileiro com maior número de missões reais: 100. Foram 99 voos para atacar alvos na Itália e um único defensivo: a proteção aérea de um jogo de futebol realizado em Florença entre combatentes brasileiros e ingleses. As missões na Itália renderam mais uma Distinguished Flying Cross, uma Air Medal (EUA) e uma La Croix de Guerre Avec Palme (França), além de diversas honrarias brasileiras, com destaque para Ordem do Mérito Aeronáutico.

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Torres faleceu no dia 30 de dezembro de 2001, aos 82 anos. Suas cinzas foram jogadas no mar a partir de um avião C-115 Buffalo escoltado, de um lado, por aviões de patrulha marítima P-95 e, do outro, por caças F-5 do 1° Grupo de Aviação de Caça.

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Dos 61 homens da tripulação do submarino nazista, doze sobreviveram, entre eles o Comandante, o Kapitãnleutnant Hans-Werner Kraus. Eles foram salvos por um navio norte-americano e depois de passarem por uma prisão no Recife foram enviados aos Estados Unidos. O ataque contou ainda com a participação de um A-28A Hudson, pilotado pelo Aspirante brasileiro Sérgio Cândido Schnoor, e por um PBM 3 Martin da Marinha dos EUA.

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