Livros dos séculos XVI, XVII, XVIII, além de obras mais recentes estão entre os cerca de 23 mil exemplares que compõem a biblioteca da Fundação Casa de Rui Barbosa, em Botafogo. O acervo passa por um detalhado tratamento de preservação e manutenção.
Os trabalhos, que começaram há alguns dias, acontecem em um ambiente controlado e sob os cuidados de uma equipe técnica especializada. A técnica utilizada inclui a aplicação de nitrogênio em ambiente confinado para eliminar possíveis agentes biológicos. Após essa etapa, os livros serão higienizados e vão esperar um prazo para retornarem à exposição pública no museu.

Tudo isso acontece para identificar possíveis insetos que possam, futuramente, causar danos ao patrimônio – composto por edições raras, exemplares com dedicatórias, obras com anotações manuscritas de Rui Barbosa e clássicos da literatura preservados pelo intelectual.
“A preservação de acervos é a missão central da Casa de Rui Barbosa, que se dedica à memória cultural brasileira, especialmente ao acervo de Rui Barbosa. Por isso, tratamos esse projeto como prioridade desde o início, com a urgência necessária e utilizando as tecnologias mais inovadoras disponíveis“, destacou o presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa, Alexandre Santini.
Entre os livros estão obras publicadas no século XVI, como Aristotelis Stagiritae Opera. O acervo também guarda escritos de poetas renascentistas italianos: Ariosto, Petrarca, Tasso e Dante.
“Aqui, tradição, inovação e preservação caminham juntas para garantir a melhor solução na conservação de uma memória fundamental da história republicana brasileira: os livros da Biblioteca Rui Barbosa“, finalizou Santini.
A biblioteca fica na Fundação Casa de Rui Barbosa, no bairro de Botafogo ( R. São Clemente, 134), onde viveu o advogado, político, escritor e diplomata brasileiro.
