Hiroshima: 79 Anos de Uma Tragédia que mudou o Mundo

Antônio Sá lembra o 79º aniversário do bombardeio de Hiroshima, um evento que mudou a história da humanidade e reforçou a importância da paz mundial.

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Foto: Reprodução

“Um povo que não conhece sua História está fadado a repeti-la.”

A ROSA DE HIROSHIMA
Rio de Janeiro, 1954
Vinícius de Moraes

Pensem nas crianças
Mudas, telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexata
s

Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas

Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida

A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa, sem nada

No dia 6 de agosto de 1945, o mundo testemunhou um dos eventos mais devastadores e marcantes da história: o lançamento da bomba atômica sobre Hiroshima. Este ano, completam-se 79 anos desde essa tragédia, que não apenas mudou o curso da Segunda Guerra Mundial, mas também transformou profundamente a forma como a humanidade vê o uso de armas de destruição em massa.

Em 1945, a Segunda Guerra Mundial já se arrastava por seis anos, com milhões de vidas perdidas e incontáveis cidades devastadas. O Japão, que havia se aliado às potências do Eixo, enfrentava crescente pressão das Forças Aliadas, que buscavam uma forma de forçar a rendição do país e, assim, encerrar a guerra.

Às 8 h 15 min 47 s da manhã do dia 6 de agosto, um bombardeiro B-29 dos Estados Unidos, chamado Enola Gay, lançou a bomba “Little Boy” sobre Hiroshima. A bomba explodiu a cerca de 600 metros acima da cidade, liberando uma energia equivalente a 15 mil toneladas de TNT. Em segundos, Hiroshima foi praticamente dizimada. Estima-se que 140 mil pessoas morreram até o final de 1945, muitas delas instantaneamente. Outras sucumbiram nos meses seguintes devido aos efeitos da radiação, queimaduras e ferimentos.

A destruição em Hiroshima foi de uma escala inimaginável. A explosão causou um calor intenso, ventos fortes e uma radiação letal. Prédios, casas e infraestruturas foram transformados em escombros, e uma bola de fogo gigantesca se formou no céu, gerando o característico cogumelo atômico.

Os sobreviventes, conhecidos como hibakusha, enfrentaram uma nova realidade marcada pela dor física e emocional. Muitos desenvolveram doenças graves como câncer e leucemia devido à exposição à radiação. Além disso, o trauma psicológico deixou marcas profundas que persistem até hoje.

O bombardeio de Hiroshima, seguido pelo lançamento de outra bomba atômica sobre Nagasaki três dias depois, em 9 de agosto de 1945, levou à rendição incondicional do Japão em 15 de agosto, encerrando a Segunda Guerra Mundial. No entanto, o uso dessas armas inaugurou uma nova era na história da humanidade: a Era Atômica.

A devastação provocada pelas bombas levou a uma reflexão global sobre os perigos da guerra nuclear. Nos anos subsequentes, a corrida armamentista entre as superpotências do mundo culminou na Guerra Fria, com a ameaça constante de uma destruição mútua assegurada. Ao mesmo tempo, movimentos pacifistas e desarmamentistas ganharam força, exigindo o fim das armas nucleares.

A cada ano, no dia 6 de agosto, o mundo se lembra de Hiroshima em uma cerimônia que reúne sobreviventes, líderes políticos, e cidadãos de todo o mundo. O Memorial da Paz de Hiroshima, construído no epicentro da explosão, serve como um lembrete silencioso e poderoso da destruição causada pela guerra e da necessidade de buscar a paz.

Completando 79 anos, o bombardeio de Hiroshima continua a ser um símbolo do horror da guerra e do potencial destrutivo da tecnologia quando usada para a violência. Enquanto as nações do mundo trabalham em prol da paz e do desarmamento, a memória de Hiroshima permanece como um alerta: NUNCA ESQUECER, NUNCA REPETIR !

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