Iluminação pública ainda é motivo de debates em nossa sociedade e cidade. Por alguns motivos. Voltando no tempo, nos deparamos com diferentes momentos desse processo histórico. Por exemplo, quando o Rio de Janeiro era iluminado por energia gerada através do gás e precisou de uma fábrica para isso.
Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, propôs ao governo imperial que a iluminação pública do Rio de Janeiro fosse gerada através do gás.
No ano de 1849, o governo imperial aceitou a proposta. A fábrica de gás foi construída em 1853 pelo engenheiro militar inglês William Bragge. A inauguração foi em março do ano seguinte.
Foto: Biblioteca Nacional
“Arquitetura fabril de composição sóbria e funcional. Dois longos braços térreos são unidos por um corpo central mais elevado de onde assoma a graciosa torre cilíndrica do relógio. O conjunto de aspecto unitário agrupa as diferentes funções da antiga fábrica: escritórios, oficinas, depósitos e moradas de operários“, detalha o Instituto Estadual do Patrimônio Cultural – Inepac.
Na parte superior da fachada foi escrito: Ex fumo dare lucem (Do fumo, a luz).
Em 1969, o prédio foi integrado ao patrimônio da Companhia Estadual de Gás, CEG. No dia 16/06/1983 teve um tombamento provisório. Em 06 de setembro de 1990 a construção foi definitivamente tombada.
A construção abrigou o Museu do Gás até 1997. No entanto, sem um uso mais qualificado atualmente, a histórica construção é constantemente vítima de vandalismo, como mostra uma recente foto tirada por Marconi Andrade, ativista do patrimônio no Rio.
“É impressionante como não acontece nada com esse prédio tão importante para a cidade do Rio e o Brasil“, disse Marconi.