Historicamente, o Rio de Janeiro sempre teve grandes confeitarias. A mais antiga delas fica no centro da cidade. É a Casa Cavé.
A Cavé foi fundada por Auguste Charles Felix Cavé, um imigrante francês, no dia 5 de março de 1860. Até hoje, a confeitaria conserva aspectos do Rio Antigo. Auguste Charles Felix Cavé ficou à frente do negócio até 1922.
O antigo edifício, que fica na confeitaria na rua Sete de Setembro 133, esquina com a rua Uruguaiana, no Centro da cidade, tem lustres, vitrais e vidros franceses; cadeiras, mesas de madeira e pintura a guache sobre placas de vidro projetadas por Francisco Puig Domenech Colom – um imigrante espanhol radicado no Brasil -; luminárias brasileiras, todas com o ar do Rio de outras épocas.
“Dom Pedro II, Chiquinha Gonzaga, Carlos Drummond de Andrade, Olavo Bilac, Tarsila do Amaral e o ex-presidente Juscelino Kubitschek, Nelson Rodrigues e outras personalidades da história do Brasil eram frequentadores do local”, conta o pesquisador Carlos Costa.
Durante a belle époque carioca, na virada do século XIX para o século XX, a confeitaria ganhou ainda mais público e reforçou seu glamour.
Já nos anos 1980, com a aproximação do centenário de fundação da casa, a questão da conservação do seu patrimônio arquitetônico tornou-se um problema para os proprietários. Nesta época, a prefeitura instituiu o projeto do “corredor cultural”, visando à proteção e ao tombamento de dezenas de imóveis históricos no Centro da cidade. Com isso, não foi possível a ampliação da cozinha da casa, necessária porém proibida devido ao tombamento do prédio.
Por conta disso, em 2000, a empresa fechou temporariamente as suas portas no tradicional endereço no número 133 da rua Sete de Setembro, reabrindo em imóveis próximos – no número 137 da rua Sete de Setembro e, em 2007, na rua Uruguaiana.
Entre os anos de 2007 e 2014, o prédio histórico no número 137 da rua Sete de Setembro foi ocupado temporariamente por outra tradicional confeitaria da cidade, a Manon.
Já em 2015, a Casa Cavé voltou a ocupar seu tradicional endereço no número 133 da rua Sete de Setembro. Atualmente, encontra-se aberta em seus dois endereços na rua Sete de Setembro. Duas entradas para o charmoso Rio Antigo.
busco información sobre Francisco Puig-Doménech Colom, era familiar.
Conheço a CAVE desde 1960, adorava o doce mil folhas, fiquei decepcionada, hoje, 07/04/2022, ao querer deliciar o “mil folhas” e verificar que já não é o mesmo. Infelizmente piorou muito.
Gostaria de ter conhecimento dos períodos que a Confeitaria Cavé esteve fechada. Agradeço.
Eu adorava a confeitaria Cavé. Ia lá quase todos os finais de semana comer pão com linguiça e ovo colorido.
Sou Miguel Arruda que junto com Lucia Chataignier(roteiro), dirigi o Documentário completo sobre a história da Confeitaria Cavé: “CAVÉ, UM PASSADO BRILHANTE, UM FUTURO RADIANTE”. Tenho lido em várias reportagens que o ano da fundação da Cavé foi 1860, o que não é verdade. A Cavé foi fundada em 1890, isto é 4 anos antes da Confeitaria Colombo que foi fundada em 1894. Datas históricas confirmadas pela filha mais moça do Auguste Cavé, Céline Cavé, que prestou depoimento em nosso Documentário. A Casa Cavé só foi vendida em 1922. O Documentário foi fruto de uma profunda pesquisa da Dra. Lucia Chataignier, em jornais, bibliotecas, e órgãos públicos do patrimônio. Quem se interessar em adquirir o Documentário, poderá entrar em contato conosco através do telefones: Dra. Lucia (21) 98204-4808, Miguel (21) 98204-5373.
Auguste Charles Félix Cave foi pai de.meu bisavô paterno,Auguste Paul Barthel. A casa Cave foi vendida em 1920 e Charles Cave faleceu dois anos depois. Celine Cave também me recebeu muito bem em uma das vezes em que fui visitar o RJ.
Gostaria.muito de ter acesso ao material produzido a respeito da Casa Cave.
Minha gratidão antecipada.
O País perde pedaços, cada vez que espaços de Luz e Memórias, nos dariam novos horizontes… Saber que Arte nunca morre e nós a sufocamos.
Estive nesta Cafeteria, tenho memórias históricas. Dói saber do desmerecimento.
Familia Arruda, que tive prazer de conhecer com Arte aqui em Bento Gonçalves, num concurso de Artes Plásticas….merecido trabalho.
Parabéns é pouco…pela iniciativa do desvelo…Pais e Mães destes memoráveis MONUMENTOS, algum dia alguém pagará esta dívida d’alma!
Conte conosco!
Que lindo ler sobre o documentário que vocês fizeram! Minha avó, portuguesa de Trás-os-Montes, que residiu à Rua Camerino quando veio de Portugal, em 1924, geralmente visitava a Cavé nos finais de semana! Quantas entrevistas maravilhosas vocês obtiveram! Fiquei emocionada! ?????????
No inicio da reportagem diz que foi fundada em 1860, depois diz que nos anos 80 próximo ao centenário de fundação… Qual a data de fundação da casa?
Quero conhecer, amei esta história ..
No ano de 2000, soubemos que a Casa Cavé iria fechar. Resolvemos então, meu marido Miguel Arruda e eu, Lucia Maria Chataignier de Arruda, fazer um documentário sobre a confeitaria mais antiga do Rio de Janeiro. Direção dele, roteiro meu. O filme fez grande sucesso e passou na Casa França Brasil, no Estação Paço, no Espírito das Artes. Fizemos também um libreto com os detalhes da família e da confeitaria. Entrevistamos a única filha de Auguste Cavé, que nos recebeu emocionada em sua residência. Entrevistamos personalidades diversas, inclusive o Chico Anísio, na sua casa, que deu um depoimento muito interessante. Tudo foi bancado pelo Miguel e eu e nossos parentes e amigos, em cotas. Quem estiver interessado no documentário, pode entrar em contato conosco. Sugerimos ao programa Arte 1, da Rede Bandeirantes, para passar o filme, mas surpreendentemente, a Gisele Kato recusou, porque a camisa do então dono da confeitaria, era estampada e não combinava com o padrão do sofá onde ele foi entrevistado! Uma pena, pois o filme é muito bem feito e a arte não deveria sofrer preconceitos, na nossa opinião! Contato conosco: (21)98204-5373 e (21)98204-4808
Socorro, que história maravilhosa! Quero assistir! Não há como vocês disponibilizarem em plataformas digitais, como o YouTube? ?
Comia mil folhas de chocolate com guarana pequeno e tambem umas valas deliciosas.
Adorei essa matéria…
Me fez recordar dos meus tempos de menina.
O que a senhora Maria Pulga, comentou era o que minha Avó e minha Mãe, costumavam fazer, depois das compras na Rua do Ouvidor, sempre um lanche no final…
Fosse na Cavé ou na Colombo!
Me lembro muito e nunca mais consegui comer um BÁBA DE MOÇA, que me trouxesse o gosto da minha infância na Cavé… Muito boa sua reportagem, obrigada!
Apesar de meus frequentarem a Colombo, também íamos a Cave, fazer um lanche. Morávamos no Flamengo, e meu bolo de aniversário fora encomendado na Cave quando fiz 15 anos. Sem contar que tínhamos um meio parente Sr Manoel Porto, que em suas recepções sempre chamava a Cave. Uma confeitaria muito boa
Falta informação importante. Na mesma rua, perto da Cavé existia outra confeitaria que fechou: a Lalé. Foi famoso um lema publicitário que dizia: “Que vem de Cavé, que vem de Lalé”. Essa frase é de autoria do poeta J. G. de Araújo Jorge.
Prezado Roger, sou Miguel Arruda que dirigiu o Documentário “Cavé, Um Passado Brilhante, Um Futuro Radiante”, que conta a história da Confeitaria Cavé. Tenho o DVD disponível para vender. O Documentário é bem completo e foi baseado em profundas pesquisas em Bibliotecas, nos órgão públicos de patrimônio histórico e jornais. Estão divulgando um erro histórico, pois a Confeitaria Cavé foi fundada em 5 de março de 1890 e não 1860. No relato da Sra. Céline Cavé no Documentário, ela conta que seu pai só vendeu a loja em 1922. Meu telefone é (21) 98204-5373. A famosa frase era “Quem vem de “cá – vê”, quem vem de “lá – lê”.
Sou uma apaixonada pelo Centro do Rio ( ir a cidade ) assim que chamávamos …continuo , nada mudou.
Ir a Cidade se deliciar os quitutes da Casa Cave e Confeitaria Colombo.
Tb sou, Sandra. E essa expressão ” ir à cidade” quando vamos ao centro, uso até hj. Fico pensando qual seria a sua origem.A Casa Cavé é uma jóia mesmo. Quase sempre q ” vou à cidade”dou um pulo lá!!
É incrível a atmosfera nostálgica que se infere na Cavé. Faço parte da equipe de colaboradores e realmente as receitas são bem tradicionais e evitamos usar produtos industrializados na produção dos doces. As balas de caramelos por exemplo é feito exatamente como era feita décadas atrás.
Amo esta confeitaria. Tem muito o que dizer com a historia de minha vida. Hoje sou 78 anos e casada a 60 sempre lembrando que os doces do meu casamento foram da confeitaria Cave. Naquele tempo se usava aos Sabados ir para o Centro da cidade fazer compras, Caminnhar pela Rua do Ouvidor, onde ficava as lojas chicks da epoca, E tambem a rua 7 de setembro e Ouvidor Antes de voltarmos para casa tinhamos uma parada obrigatoria que era na confeitaria Cave para se deliciar um mil folhas, , E todas as vezes que vou ao Rio de Janeiro , nao consigo voltar sem ir ao centro da cidade visitar a Casa Cave como chamavamos.
Abre nos fins de semana ? Horarios ?
Quero levar meus netos.
Sou fã da Confeitaria Cavé desde pequena. Minha saudosa mãezinha me levava para ir lanchar lá desde pequena. Fazem 70 anos. Sempre que posso ir ao Centro da Cidade, compro os imbatíveis “ mil folhas” e lancho lá. Adoro!!!!
ÓTIMO façam sempre mostrando como Rio realmente lindo apesar de tudo.
Que bom saber que voltaram para o lugar de origem. Vou levar meu marido paulistano para conhecê-la e comermos os imperdíveis “casadinhos de doce de leite “ da Cavé.
Qdo estive lá com ele, estava fechada.
Muito obrigada!