Como já mostramos em outros textos aqui no DIÁRIO DO RIO, o bairro da Glória é repleto de história. Memórias que fazem parte de diversos momentos do passado do Rio de Janeiro e do Brasil, inclusive em referências ao descobrimento do nosso país.
Em 1900, no ano de comemorações aos 400 anos do descobrimento do Brasil, surgiu a ideia de erguer um grande monumento para celebrar o feito histórico. O local escolhido foi o Largo da Glória.
“A obra de Rodolfo Bernardelli tem um pedestal de 10 metros em granito brasileiro na folha hexagonal, onde estão ficadas esculturas de bronze de três importantes figuras da história: Pedro Álvares Cabral, comandante da frota que chegou ao Brasil em 1500; Pero Vaz de Caminha, escrivão da frota; e frei Henrique de Coimbra, capelão e celebrante da primeira missa”, informa o site Monumentos do Rio.
Rodolfo Bernardeli é um escultor mexicano que se mudou para o Brasil por volta de 1866, quando ainda era criança. Após chegar ao Rio Grande do Sul, mudou-se para o Rio de Janeiro. Aqui, na Cidade Maravilhosa, logo passou a fazer parte da história do Brasil. Não só por conta das obras de arte, mas também pela proximidade que sua família tinha com a Corte Imperial Brasileira.
Os pais de Bernardeli foram preceptores das princesas Isabel (1846 – 1921) e Leopoldina (1847 – 1871), a convite especial do imperador Dom Pedro II.
“O formato do Monumento possibilita que cada uma das pessoas homenageadas (mesmo que o destaque maior seja para Pedro Alvares) seja observada isoladamente. Isso foi de suma importância para as comemorações dos 400 anos do descobrimento DO Brasil naquela época”, destaca a arquiteta e pesquisadora Camila Braga.
A Glória e toda a cidade do Rio de Janeiro têm inúmeras referências à história do nosso país. Nos resta cuidar dessas memórias e valorizar nosso passado, reparando erros ocorridos para buscar um futuro com momentos ainda mais importantes e melhores.