Samba, carnaval e Rio de Janeiro sempre desfilaram juntos. Neste ano de 2017, a campeã da folia carioca foi a Portela. Então, nada mais justo que contarmos um pouco da história desta gigante agremiação.
A Portela foi fundada em abril de 1923, como um bloco carnavalesco chamado “Conjunto Oswaldo Cruz”, bairro sede da Escola. Contudo, o documento que oficializou esta fundação só foi assinado três anos mais tarde, em 1926.
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No mesmo ano de 1926 aconteceu a criação do bloco “Baianinhas de Oswaldo Cruz”, que contava com o embrião da primeira diretoria portelense: Paulo da Portela, Alcides Dias Lopes (Malandro Histórico), Heitor dos Prazeres, Antônio Caetano, Antônio Rufino, Manuel Bam Bam Bam, Natalino José do Nascimento – o famoso Natal.
“Essa junção, organização, de blocos resultou na escola de samba, que, em meados dos anos 1930, passou a se chamar Portela e se tornou uma das maiores forças do carnaval carioca”, frisa o historiador Maurício Santos.
O primeiro título veio em 1935, com o enredo “O samba dominando o mundo”. Neste ano, a Portela, ainda chamada de “Vai Como Pode”, sob o comando de Armando Passos, encantou o povo com inovações históricas.
“Em 1935, a Portela foi a primeira escola a introduzir uma alegoria no carnaval carioca”, pontua Maurício Santos.
As inovações e os títulos seguiram acontecendo. No final da década de 1930, em 1939, a segunda conquista. Nos anos 1940, foram sete carnavais seguidos, de 1941 até 1947.
Nas duas décadas seguintes, (1950 e 1960) mais e mais títulos. Todavia, todo desfile tem seus percalços. Nos anos 1970, 1980, 1990 e 2000, a Portela amargurou anos sem carnavais vitoriosos. Em todo esse tempo, foram apenas três troféus – 70, 80, 84 (primeiro do Sambódromo).
“É comum as pessoas falarem que a Portela não era campeã desde 1970, apesar dos títulos de 1980 e 1984. Isso porque em 1980, o triunfo foi dividido com a Beija-Flor e em 1984, com a Mangueira, que acabou sendo considerada a super campeã daquele ano”. explica o historiador Maurício Santos.
Apesar desses muitos anos de poucos títulos, a Portela nunca perdeu sua grandeza. Manteve-se entre as maiores, sendo ainda a mais vencedora.
Após boas exibições nos anos 2010, o vigésimo segundo título da Águia parecia mais maduro a cada ano. E ele veio em 2017, com o enredo “Quem nunca sentiu o corpo arrepiar ao ver esse rio passar”. Mais que merecido. Que venham novos carnavais.
Consagrada no samba, no carnaval, no Rio de Janeiro e no mundo, a plena história da Portela não cabe em uma só página. Para nossa sorte, esse caudaloso rio de memórias continua vivo, seguindo em frente, nos banhando de boas coisas.