Movimentada rua do Centro da cidade do Rio de Janeiro, a Gonçalves Dias se desenvolveu sem perder seu encanto histórico, o que dá a ela um charme especial.
Quando ainda era chamada de Rua dos Latoeiros, a Via foi cenário para um fato histórico do nosso país: a prisão de Tiradentes, encontrado pelo tenente Francisco Vidigal, em 1789. O Alferes se escondia na casa de Domingos Fernandes.
A Rua era chamada Latoeiros porque muitos dos ferreiros da cidade do Rio de Janeiro se concentravam lá.
Em fevereiro de 1865, houve a mudança de nome. A Câmara decidiu homenagear o poeta maranhense Gonçalves Dias, que viveu na Via por muitos anos. Há quem defenda que foi lá que ele escreveu “Os Timbiras”, considerada sua maior obra.
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No ano 1868, saiu da Gonçalves Dias o primeiro bonde rumo à Zona Sul da cidade. Um marco na nossa história que revolucionou o sentido de transporte no Rio de Janeiro.
Anos mais tarde, mais precisamente em 1894, dois portugueses fundaram a Confeitaria Colombo, a principal confeitaria da cidade do Rio de Janeiro.
No fim do século XIX, a Rua era um dos principais pontos do comércio de luxo da cidade. Roupas e joias caras eram vendidas aos montes na Gonçalves Dias.
Das ruas do Centro da cidade do Rio de Janeiro, a Gonçalves Dias foi uma das que saiu praticamente ilesa após as reformas de Pereira Passos, no início do século XX. Até hoje a Via mantém o tamanho original.
”Em 1920, a Rua ganhou um mercado de flores, que foi remodelado em 1965. Entre flores e confeitos a Rua se tornou uma das mais movimentadas do centro. E sem perder seu charme tricentenário. Que a Gonçalves Dias passe mais 300 anos rindo na cara de quem acha que para se fazer o novo, o velho precisa ser demolido”, afirma o historiador Milton Teixeira.