História do aeroporto extinto do Rio após uma tragédia

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Nem só de Galeão e Santos Dumont voou o Rio de Janeiro. Por um período, a cidade teve outro aeroporto, que ficava perto da Fiocruz, na Maré.

O Aeroporto de Manguinhos foi inaugurado em 1936 e ficava ao lado da Avenida Brasil, em frente à Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz. Criado com o apoio do governo de Getúlio Vargas (grande incentivador da aviação brasileira), o Aeródromo de Manguinhos, oficialmente Aeroclube do Brasil, formou as primeiras gerações de pilotos do Brasil.

Aeroporto de Manguinhos História do aeroporto extinto do Rio após uma tragédia
Aeroporto de Manguinhos

Por sua vez, o Aeroclube do Brasil foi o Fundado em 1911 e teve como primeiro presidente de honra e sócio-fundador Alberto Santos Dumont.

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A primeira sede desta instituição foi o Campo dos Afonsos, passando depois para o Aeroporto de Manguinhos, que, por conta disso, também era chamado de Aeroclube do Brasil.

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Desde os anos 1930 até o final dos anos 1960, o campo de pouso do Aeroporto de Manguinhos foi usado como um aeroporto comum. Entretanto, uma tragédia mudou o norte das coisas.

Tudo começou com um desastre envolvendo uma aeronave da Vasp, um Vicker Viscount 827 matriculado PP-SRG, e um pequeno Fokker S-11 militar da Escola de Aviação Militar dos Afonsos. O Fokker era pilotado por um cadete da FAB, em 22 de dezembro de 1959, que fazia rasantes e evoluções sobre a casa da namorada no Bairro de Ramos, bem próximo a Manguinhos, e chocou-se com o Viscount. A aeronave da Vasp, que fazia aproximação para pouso no Galeão, caiu em Ramos e matou seus 32 ocupantes e mais 10 pessoas no solo. O imprudente cadete saltou de para-quedas e sobreviveu”, publicou Jonas Liasch no blog Cultura Aeronáutica.

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 Na década de 1960, sob argumento que os voos atrapalhavam os aeroportos do Galeão e Santos Dumont – tendo o acidente como exemplo -, o Aeroporto de Manguinhos foi fechado. A sede do Aeroclube do Brasil foi transferida, em 1972, para o aeródromo de Jacarepaguá.

Onde era o Aeroporto de Manguinhos hoje fica a Vila do João, uma das comunidades do Complexo da Maré.

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13 COMENTÁRIOS

  1. Muito ressentimento e desinformacao. O Cadete Aviador Eduardo Silva Pereira nao era o que esta sendo a ele atribuido por quem nao o conheceu.Voava dentro do espaco autorizado para treinamento da antiga Escola de Aeronautica. O inquerito indicou como fator contribuinte a falta de vigilancia de AMBOS os pilotos para aquela colisao. Eduardo voava em um treinador Focker T21 SEM RADIO. A ESTRUTURA DE CONTROLE DE TRAFEGO na epoca era ridicula e tanto assim menos de tres meses depois outra colisao em local proximo em frente ao Pao de Acucar.muito tempo depois mais outra colisao … GOL X LEGACY .

  2. Em 1960 não havia Escola de Aviação Militar que era a escola de aviação do exército. Depois que passou para a FAB, passou a denominar-se Escola de Aeronáutica.

  3. Parabéns pelo artigo. Os comentários dos camaradas sobre os militares é no mínimo desnecessário. O RJ é resultado de vários anos de administração pública desastrosa e corrupta. Não foi um acidente aeronautico que fez nascer a faixa de Gaza. Na verdade uma antiga capital que sempre foi corrupta com o jeitinho que nos trouxe aqui . Certamente esse militar foi punido exemplarmente. Desculpe ao autor mas não posso ficar calado lendo tanta desinformação.

  4. Muito bem Daniel. Os militares tem prestado serviços relevantes ao país. Custam bilhões para um país que tem tantas desigualdades que para pagar um direito de milhares de trabalhadores não terão uma gota de sacrifício como dito por seus representantes na votação da PEC 186/2021 e o pacote de maldades.

  5. Ou seja, acabaram com o aeroporto e instalaram (os militares) uma comunidade sem infraestrutura e serviços públicos, que resultou, mais tarde, num área do tráfico.
    Foi um militar (antes) que mergulhou seu avião para fazer acrobacias e provocou um acidente com mortes – espero que tenha sido preso por homicídio com dolo eventual – e (depois) os colegas militares promoveram outra tragédia (social).

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