Extremamente conhecido e localizado em uma das regiões que mais cresce na cidade do Rio de Janeiro, o restaurante Angu do Gomes também é farto de história.
Em 1955, Gomes, um português que veio tentar a vida no Brasil, decidiu comercializar angu em carrocinhas pelas ruas da cidade do Rio de Janeiro.
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Com mais de meio século de tradição no mercado imobiliário da Cidade do Rio de Janeiro, a Sergio Castro Imóveis exalta locais que visam a valorização da cultura e história da Cidade Maravilhosa.
“O angu é um prato que tem muito a cara do Brasil: foi trazido pelos africanos escravizados e logo adotado por portugueses e brasileiros que viviam aqui em nosso país, frisa” o historiador Maurício Santos.
Esse prato chegou a ser descrito pelo pintor francês Debret (que esteve no Brasil a serviço da Corte Portuguesa) como “iguaria suculenta e gostosa”.
No ano 1964, João Gomes (filho do velho Gomes), após a morte do pai, decidiu, ao lado de Basílio Moreira – também português – alavancar as vendas de angu nas já famosas carrocinhas. Contudo, somente em 1977, no Largo São Francisco da Prainha, foi aberto o Restaurante Angu do Gomes. Mas já começou grande: eram cerca de 300 funcionários, 40 carrocinhas espalhadas pela cidade e uma média de mil refeições diárias.
“Diante de tamanho sucesso, a marca virou até verbete, inscrita no Pequeno Dicionário de Gastronomia (Objetiva): ‘ANGU DO GOMES. S. m. Prato popular e típico da paisagem carioca, geralmente vendido nas ruas, em carrinhos próprios. É uma papa de farinha de milho, servida com carne ensopada com miúdos. ’”, informa a comunicação do Restaurante.
O preço baixo, a fama e a circulação em diversas regiões da cidade do Rio de Janeiro, fez com que o prato se tornasse extremante popular. Pessoas de todos os tipos comiam (e comem) o angu do Gomes.
“Além de assistir à boemia, como a opção das madrugadas cariocas, servia de inspiração para movimentos musicais. Conta a história que Sérgio Mendes, Tom Jobim e o produtor musical Armando Pittighani se encontravam com frequência na Praça XV para comer o angu na famosa carrocinha. Segundo o produtor, foi dessa união entre músicos e angu que nasceu o que veio a ser chamado de samba-jazz”, destaca a comunicação do Restaurante.
Pessoas importantes para a história do Brasil comeram desse angu. Juscelino Kubitscheck e Jorginho Guinle foram alguns desses. Jorginho garantia que o angu era afrodisíaco.
Após grandes dificuldades econômicas nos anos 1980, a situação do Angu do Gomes começou a se complicar. Até que, em 1995, o Angu do Gomes fechou as portas e recolheu as carrocinhas.
Já em 2009, um neto de Basílio e outros sócios reabriram o restaurante, no mesmo largo de São Francisco da Prainha, porém em outro número.
Hoje em dia, o Angu do Gomes segue forte como o prato que lhe dá nome e, sempre, misturando todos os tipos de pessoas em seu democrático espaço.