História do Arquivo Nacional

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Foto Dantadd

Essencialmente ligado à história do Rio de Janeiro e do Brasil, o Arquivo Nacional vem conservando as memórias brasileiras por muitos e muitos anos.

Conforme previsto na Constituição de 1824, foi criado o Arquivo Público do Império. Estabelecido, provisoriamente, na Secretaria de Estado dos Negócios do Império, tinha por finalidade guardar os documentos públicos e estava organizado em três seções: Administrativa, responsável pelos documentos dos poderes Executivo e Moderador; Legislativa, incumbida da guarda dos documentos produzidos pelo Poder Legislativo e Histórica.

A Secretaria de Estado dos Negócios do Império, primeira sede do Arquivo Nacional, ficava na Rua da Guarda Velha, atual Treze de Maio. Em 1844, o Arquivo Público do Império passou a ficar na Praça do Comércio, na Rua Direita, hoje Primeiro de Março.

segunda sede, situada na Praça do Comércio,

Essa primeira mudança durou apenas um ano. Em 1845, o Arquivo Público voltou para a primeira sede, na Rua da Guarda Velha. Muitos pesquisadores dizem que nem deu tempo de levar todos os documentos para a sede nova, de tão rápido que se deu a troca, volta à sede antiga”, comenta o historiador Maurício Santos.

ConventoSantoAntonio3-CCBY

Em 1852, um grande incêndio, ocorrido em 30 de junho, dificultou o trabalho de organização do grande acervo, pois muita coisa se perdeu e precisou, posteriormente, ser atualizada. Quatro anos mais tarde, em outra sede (no 2º andar do Convento de Santo Antônio), outro incêndio, mas esse não causou grandes danos.

Quase duas décadas depois, em 1870, a sede passou a ser no antigo edifício do Recolhimento do Parto dos Terceiros da Ordem do Carmo, situado na Rua dos Ourives. Por lá o Arquivo passou a ter outra estrutura:

O Arquivo Público do Império foi reorganizado, contando com as seguintes seções: Legislativa, Administrativa, Judiciária e Histórica. São estabelecidos prazos para o recolhimento de documentos e é instituído o cargo de agente auxiliar do diretor, com a função de identificar e obter documentos importantes nas províncias. O Parlamento compromete-se a enviar os originais dos atos legislativos e administrativos para a Instituição, que passa a ter também competência para adquirir e conservar os documentos concernentes ao direito público, à legislação, à história e à geografia do Brasil”, destaca o site do Arquivo Nacional.

Joaquim Pires Machado Portela

Nessa época, um relatório do diretor Joaquim Pires Machado Portela declarou que o Arquivo Público tinha, sob sua guarda, um total de 420 caixas de documentos, distribuídas pelos períodos denominados Brasil-Colônia, Brasil-Reino Unido e Brasil-Império.

edifício do Recolhimento do Parto dos Terceiros da Ordem do Carmo

No ano 1893, o Arquivo Público do Império passou a se chamar Arquivo Público Nacional e foi reorganizado em duas seções gerais: Legislativa e Administrativa e Judiciária e Histórica.


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Já no século XX, mudanças importantes. Em 1907, o Arquivo Público Nacional passou a ocupar a antiga sede do Museu Nacional, situada na Praça da República. Quatro anos depois, 1911, o Arquivo Público Nacional mudou a denominação para Arquivo Nacional.

Em meados dos anos 1980 (1985 para ser mais exato), a Instituição foi transferida para a atual sede, ocupando um dos edifícios da antiga Casa da Moeda, na Praça da República, número 173. Entretanto, o belíssimo conjunto arquitetônico estava em ruínas e após muitas reformas foi aberto ao público em 2004.

Logo Arquivo Nacional

Atualmente, o Arquivo Nacional, disponível para pesquisa presencial e online, conta com muitos documentos em papel, que se forem colocados lado a lado vão medir mais de 55 km de extensão. São mais de dois milhões de imagens, entre fotos, desenhos, caricaturas, cartões postais. Cerca de 80 mil mapas, entre eles, alguns dos primeiros do Brasil e da América do Sul. Além de, mais ou menos, 10 mil registros de audiovisuais e quase 100 mil películas de filme.

A história do Arquivo Nacional abriga as histórias de todas as fases do Brasil.

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