Normalmente, nessa série de textos sobre a história do Rio, nós falamos sobre construções que foram finalizadas e eternizadas ao longo dos anos. No entanto, dessa vez, iremos falar um pouco sobre uma obra que não foi terminada.
Em 1953, iniciou-se a construção do Gávea Tourist Hotel. A ideia, projetada pelo arquiteto Décio da Silva Pacheco, era fazer um estabelecimento de luxo que teria como público alvo pessoas com um bom poder aquisitivo.
São cerca de 30 mil metros quadrados de área, que contariam com um restaurante, um bosque e até teleférico. Mesmo inacabado, o espaço chegou a funcionar para algumas coisas: em 1965 foi realizada uma grande festa de réveillon e uma boate, chamada Sky Terrace, funcionou por um tempo no térreo do imóvel.
Entretanto, em março de 1972, as obras do Hotel foram interrompidas pela incorporadora Califórnia Investimentos, que assumiria a construção. Cinco anos depois, essa empresa decretou falência e os trabalhos pararam de vez.
Sem recursos para vigiar o que restou da obra, os proprietários não tiveram como evitar que os materiais de construção e os elevadores suíços (que seriam usados no Hotel e já estavam no espaço onde a obra era realizada) fossem furtados.
A partir do início dos anos 1980, a construção do Gávea Tourist Hotel passou a servir de abrigo de moradores de rua e esconderijos de criminosos. Contudo, recentemente, o “Esqueleto”, como a construção passou a ser conhecida, começou a ser visitado por pessoas com outras intenções.
Muita gente tem subido os 272 degraus e 16 andares do prédio para apreciar o que se pode ver lá do topo. No meio da Floresta da Tijuca, o “Esqueleto” possibilita uma bela vista do mar de São Conrado e a Pedra da Gávea.
“Além das belas fotos que dá para tirar de lá, tem um pessoal que está praticando esportes, como rapel, skate”, conta Gustavo Souza, morador da Gávea, que costumava ir com amigos ao “Esqueleto”.
O “Esqueleto” já apareceu em ensaios fotográficos de modelos e em clipe de música. O rapper Daniel Shadow usou o local para gravar “Luz da Perdição”, que contou com a participação de Filipe Ret. No fim do ano passado, o ator Cauã Reymond postou em seu Instagram uma foto sentado na beira da cobertura do prédio.
De acordo com informações do jornal O Globo, o atual proprietário do “Esqueleto”, Jamil Elias Suaiden, queria construir, no lugar do imóvel abandonado, um hotel quatro estrelas, com 600 quartos e um centro de convenções. Jamil alega que não foi possível porque o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) não autorizou a realização de alterações do desenho original, inviabilizando o início das obras. O antigo prédio do Gávea Tourist fica dentro da Floresta da Tijuca e perto da Casa das Canoas, que é tombada.
Ainda de acordo com O Globo, segundo a Secretaria municipal de Urbanismo, em janeiro deste ano os proprietários do imóvel desistiram do pedido de licença para hotel porque não obtiveram parecer favorável do Iphan, e deram entrada para a construção de um edifício residencial, que já havia sido licenciado. Jamil negou o interesse em construir um condomínio no local.
No último mês de maio, surgiram notícias de que seguranças que vigiavam o imóvel estavam cobrando “ingressos” para que as pessoas entrassem no imóvel. A entrada custava R$ 10. Esses vigias que teriam feito as cobranças trabalhavam para um capitão da Polícia Militar do Rio de Janeiro.
A Corregedoria da PM informou que vai investigar a denúncia. Os donos do imóvel, que tinham determinado o fim da visitação desde abril deste ano, afirmaram que não sabiam da cobrança irregular.
No Rio de Janeiro, até os imóveis que não tiveram as obras finalizadas têm muita história para ser contada.
A SAÍDA PRÁ ESSA OBRA ACONTECER É CHAMAR O PREFEITO OU O GOVERNADOR DO RIO E “FAZER”
Em suma, governo, seja qual esfera for, é um lixo, um atraso, só criam regras para beneficiar a si mesmos com o aval do lixo jurídico e legislativo que temos… Brasil é um país ridículo…
Por isso tudo é travado nessa cidade decadente: Quando não é o município inibindo novas construções necessárias com regras ridículas de limitação de gabarito, é o Iphan tombando uma arquitetura feia dessa. Ao mesmo tempo em que favelados têm total liberdade para fazer puxadinhos e expandir ainda mais as trincheiras do tráfico de drogas nos morros da cidade.
E por que o governo do Rio de Janeiro, não concluiu esta importante obra, naquela época? Deixaram roubar e ficar abandonado por décadas. Poderiam ter concluido a obra, e depois vendido o prédio ou realizado algo igualmente valoroso, naquele Estado tão judiado. …
Já está na hora de atualizar esta materia, no momento o predio esta com uma obra clandestina.
Porquê não colocar um hostel nessa construção , horrível com o mesmo projeto.
O antigo prédio do Gávea Tourist já está dizendo:antigo,como uma pessoa faz uma joia dessa?ou melhos,por que s pessoas dão passos maior que as pernas? Que pena,estabelecimento de luxo que teria como público alvo pessoas com um bom poder aquisitivo e uma bela Vista panorâmica.
Pensaram nos ganhos e não pensaram nos gastos.?