O primeiro prédio em concreto armado da América do Sul e o primeiro hotel a receber a classificação de cinco estrelas do Brasil. Isso e muito mais faz parte da história do Hotel Glória.
Inaugurado no dia 15 de agosto de 1920, o Hotel Glória logo foi sucesso. A proximidade com o centro cultural, financeiro e político da cidade do Rio de Janeiro (que na época era capital do Brasil) fez com que o estabelecimento caísse nas graças dos grandes artistas do cinema, cantores, políticos e chefes de Estado.
“Ao que conta a História, esta casa [onde hoje fica o Hotel] foi adquirida em 1857 pelo inglês John Frederick Russel, o primeiro empresário a propor um sistema de tratamento de esgotos eficiente para a cidade do Rio de Janeiro. Aí por volta de 1858, o pintor e desenhista Piet Gotfried Bertichen retratou a casa de Russel para uma gravura impressa em litografia. Pelo desenho de Bertichen, ou Russel demoliu as platibandas e fez um telhado tradicional, com beiral de telhas de herança colonial; ou são duas casas diferentes, tendo sido a anterior demolida em algum tempo e feita a que Russel habitou e que existiu até ser demolida em 1920, para dar lugar ao atual Hotel Glória. Em minha humilde opinião, o beiral que escondia o telhado, elemento tão ao gosto do vocabulário Neoclássico, não funcionou como devia, deve ter dado problemas com infiltrações e, em algum momento, a platibanda foi abaixo e deu lugar a um beiral de telhas capa-e-canal semelhante ao que existia nas construções do tempo da Colônia. Seja como for, nada mais disso existe e o que está lá é o Hotel Glória, edificado em 1920/22 pelo empresário Octávio da Rocha Miranda com projeto dos arquitetos Joseph Gire e Sylvio Riedlinger” informa o historiador Milton Teixeira.
O Hotel, erguido para receber convidados que chegaram ao Brasil para as comemorações do Centenário da Independência, também ficou famoso pelos eventos que eram realizados lá. Entre eles, convenções, congressos e bailes de formaturas de grande porte.
Além disso, também acontecia no Hotel o famoso Concurso de Fantasias de Carnaval. Em 2008 (oito anos após o fechamento), o Hotel, que pertencia à família Tapajós, foi vendido por R$ 80 milhões ao empresário Eike Batista.
No ano passado, Eike Batista vendeu o Hotel Glória por cerca de R$ 500 milhões para o fundo suíço Acron AG. A empresa tem como objetivo reinaugurar o estabelecimento para as Olimpíadas de 2016.
Com mais de meio século de tradição no mercado imobiliário do Rio de Janeiro, a Sergio Castro Imóveis – a empresa que resolve contribui para a valorização da cultura carioca
Segundo o Acron, após a revitalização, o Hotel Glória terá 352 quartos, restaurantes, um teatro, lojas, um ginásio e uma piscina com vista para o Pão de Açúcar.
Contudo, hoje em dia, como mostramos aqui no Diário do Rio, o Hotel encontra-se em péssimo estado de conservação. Inclusive, infelizmente, há quem já considere implodir o prédio.
[…] ficou no Rio de Janeiro uma semana. De 4 a 12 de maio, hospedado no Hotel Glória. O cientista ficou encantado com algumas partes da cidade: “O Jardim Botânico, bem como a flora […]