História do Museu Nacional

Dois anos após o incêndio, a mais antiga instituição científica do Brasil segue se recuperando

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A mais antiga instituição científica do Brasil e um dos maiores museus de história natural e de antropologia das Américas fica no Rio de Janeiro, mais precisamente na Quinta da Boa Vista. Trata-se do Museu Nacional.

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O Palácio de São Cristóvão, onde fica o Museu, na Quinta da Boa Vista, serviu de residência à Família Real portuguesa de 1808 a 1821. Depois disso, abrigou a família imperial brasileira de 1822 a 1889 e sediou a primeira Assembleia Constituinte Republicana de 1889 a 1891.

Em 1892, o palácio, que foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) no ano 1938, se tornou o museu que é até os dias atuais.

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O Museu Nacional é, de certa forma, uma continuação do Museu Real, fundado por Dom João VI (1816-1826) em 1818, que desejava estimular o conhecimento científico no Brasil. O museu abrigou coleções de materiais botânicos, de animais empalhados, de minerais, de numismática, de obras de arte e de máquinas“, destaca o historiador Maurício Santos.

Dom Pedro II, homem estudioso e defensor do conhecimento, contribuiu com diversas peças de arte egípcia, fósseis e exemplares botânicos, entre outros itens, obtidos por ele em suas viagens.

A instalação do Museu no Palácio de São Cristóvão deu com o advento da República, que tratou de minimizar os símbolos imperiais. Com isso, o acervo do Museu foi transferido da Casa dos Pássaros para o Paço de São Cristóvão, que era residência imperial.

A Casa de História Natural foi criada pelo Vice-Rei D. Luis de Vasconcelos e Souza em 1784, conhecida pela população como ‘Casa dos Pássaros’. O Vice-Rei convidou para administrar a instituição o artista catarinense Francisco Xavier Cardoso Caldeiras, conhecido como Xavier dos Pássaros. Na Casa dos Pássaros, Xavier dos Pássaros preparava exemplares da fauna brasileira para serem enviados para Portugal. Com o presente trabalho, espera-se elucidar algumas dúvidas, dentre elas, se a Casa dos Pássaros foi realmente precursora do Museu Nacional e o destino dado aos exemplares zoológicos montados por Xavier dos Pássaros após a extinção da Casa de História Natural“, pontua Regina Maria Macedo Costa Dantas, pesquisadora.

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Prestigiados naturalistas, como Johann Baptiste von Spix, Carl Friedrich Philipp von Martius, Auguste de Saint-Hilaire e Georg Heinrich von Langsdorff, contribuíram para o acervo e exposições aleatórias do Museu Nacional.

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No ano 1946, o Museu passou a ser administrado pela então Universidade do Brasil, atual UFRJ.

Incêndio destrói o Museu Nacional História do Museu Nacional

O Museu Nacional abrigava um vasto acervo com mais de 20 milhões de itens e muita história, que foi perdido no incêndio do dia 2 de setembro de 2018. Um triste epsódio para a história do nosso país.

Em julho deste ano, a Polícia Federal concluiu que o incêndio começou em um aparelho de ar condicionado do museu e descartou conduta criminosa.

Recentemente, pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) apresentaram novos resultados da busca por peças históricas. Nesta terça-feira, 01/09, foram reveladas nove peças resgatadas da coleção de Arqueologia Clássica da instituição. As peças foram recuperadas durante escavações.

A história segue viva.

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1 COMENTÁRIO

  1. O que ajudará na total recuperação do Museu Nacional é uma revitalização completa do bairro de São Cristóvão e da Quinta da Boa Vista. É uma pena que brasileiro de modo geral não se importe com estética urbana relacionado à espaços harmoniosos e aprazíveis com áreas verdes, pois na França temos o Palácio de Versalhes e em Nova York, o Central Park. A Quinta da Boa Vista é um lugar de beleza única no Rio, mas seria mais bonita se fosse mais bem cuidada. No entanto, de nada adianta cuidar do Parque se o entorno sofre com abandono e degradação. Sou convicto de um projeto e continuarei defendendo: a Avenida Dom Pedro II poderia ter um Polo Gastronômico em seu entorno, com inúmeras pizzarias, sorveterias, restaurantes, boates, bares com mesas em público, etc. No final dela, perto da Francisco Bicalho, um enorme shopping center com arquitetura neo clássica para fazer jus ao bairro histórico. Deu certo em Botafogo com o Botafogo Praia Shopping e seu Polo Gastronômico perto do metrô, deu certo com o Shopping Tijuca e o Polo Gastronômico da Praça Varnhagen que fica em frente. Porque não SC? Isso garante maior número de pessoas circulando e um bairro mais vivo o que consequentemente aumentaria o público do Museu que é considerada uma joia prima do bairro

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