Um dos locais mais visitados de Buenos Aires, na Argentina, é o Obelisco. Aqui, na cidade do Rio de Janeiro, na Avenida Rio Branco, também temos o nosso obelisco, bem menos badalado do que o dos nossos vizinhos, mas não menos importante.
No início do século XX, a cidade do Rio de Janeiro passou por grandes mudanças. Entre elas, foi construída a Avenida Central, atual Rio Branco. Neste contexto surgiu nosso Obelisco.
A peça foi inaugurada em 1906. Um presente que o empresário do setor de construção civil, Antônio Januzzi, responsável pela Januzzi & Irmão – empresa que construiu a Avenida Central -, ofertou à cidade do Rio de Janeiro.
“O autor do monumento foi Eduardo Sá, que era pintor e escultor. Fez parte de uma aclamada geração de artistas brasileiros. Eduardo esculpiu, também, a estátua de Floriano Peixoto, que fica na Praça que leva o mesmo nome”, destaca o historiador Maurício Santos.
O Obelisco da Avenida Rio Branco tem 28m de altura, e agulha de 11,4m, foi feito de granito extraído do Morro da Viúva.
Quando foi erguido, o Obelisco tinha tudo para ser um belo cartão postal. Antes dos muitos aterros que foram feitos naquela região da cidade, o mar chegava bem próximo a onde hoje fica o monumento.
“Sendo Presidente da República S.Excia. o Sr. Dr. Francisco de Paula Rodrigues Alves e Ministro da Indústria, Viação e Obras Públicas o Exmo. Sr. Dr. Lauro Severiano Muller, foi decretada, construída e inaugurada a Avenida Central, executando os trabalhos a Comissão Construtora, tendo como engenheiro-chefe o Dr. André Gustavo Paulo de Frontin, 15 de novembro de 1902 – 15 de novembro de 1906”, diz a placa do Obelisco.
Após a Revolução de 1930, participantes gaúchos amarraram seus cavalos no Obelisco da Avenida Rio Branco. Relatos apontam que esse ato havia sido prometido antes das manifestações e confrontos começarem.
O nosso Obelisco segue firme na agora na recém-reformada Rio Branco, com história para contar.