História do Retiro dos Artistas

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Retiro dos Artistas

Mais forte que as histórias de edificações, são as histórias das pessoas. O Retiro dos Artistas é um local habitado por muitas memórias de muita gente cheia de coisas a dizer.

Nas primeiras décadas do século XX, o teatro e algumas outras formas de arte no Brasil, muitas vezes, recebiam apoio de empresários europeus, principalmente portugueses. Contudo, um fato abalou essa estrutura. Em 1914, começou a Primeira Guerra Mundial e a Europa entrou em uma crise econômica. Muitos dos empresários que apoiavam os artistas brasileiros e estrangeiros (que viviam aqui) tiveram que cortar gastos. Sendo assim, muita gente ficou desamparada.

Leopoldo Fróes
Leopoldo Fróes

Há quem diga que são nos piores momentos que vêm as melhores ideias. Nesse caso, essa fez sentido. Em 1915, um grupo de donos de companhias de atores, liderado por Leopoldo Fróes, deu início a primeira tentativa de se organizar uma instituição que socorresse o artista idoso e desempregado, que não podia contar mais contar com as aposentadorias informais que eram pagas por empresários.

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A inspiração para essa ideia veio da Association dês Séccours Muteuels dês Artistes Dramatiques Français, criada pelo Barão Taylor nos arredores de Paris para amparar artistas aposentados. A versão brasileira da Associação francesa foi oficialmente fundada em 13 de agosto de 1918, no teatro Trianon, por 68 profissionais. A diretoria foi eleita seis dias depois, no velho Cine Teatro Pathé. O nome era Casa dos Artistas.

João Caetano
João Caetano

Para homenagear o ator João Caetano, a data oficial da fundação passou a ser dia 24 de agosto de 1918. A partir daí, a data de aniversário de morte de João passou a ser comemorada como o Dia do Artista.

No final do século XIX e início do século XX, muitos artistas brasileiros se sentiam prejudicados pelas companhias de teatro estrangeiras, que tinham mais apoio financeiro que as nacionais. João Caetano lutou muito por essa igualdade. Homenagem mais do que justa essa feita para ele”, afirma o historiador Maurício Santos.

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Com o tempo, a Casa dos Artistas passou a precisar de cada vez mais apoio e se uniu ao trabalho assistencial do Retiro, em Jacarepaguá, na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. Virou Retiro dos Artistas.

Apoio que ainda é muito necessário. O funcionamento do Retiro depende de doações de dinheiro, roupas, alimentos, eletrodomésticos, móveis e também de trabalho voluntário. Maiores informações no site 

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Atualmente, os residentes do Retiro têm aulas de yoga, fisioterapia, tratamentos odontológicos, salão de beleza e hidroginástica. Além de atenção, amor e carinho, que são muito mais importantes. Isso sem contar que os artistas que moram lá ainda expõem seus trabalhos em um centro cultural e dão aulas para iniciantes. Artista é artista. Sempre.

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