História do Rio tem sido marcada por grandes eventos internacionais

Próximo de sediar o G20, a capital fluminense sempre foi o epicentro de eventos globais de grande impacto cultual, social e econômico

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Foto: Marcelo Piu (Prefeitura do Rio)

Em seus quase cinco séculos de existência, a cidade do Rio de Janeiro foi um epicentro de grandes eventos históricos, muitos deles com grande impacto histórico em nível nacional e internacional, como a realização do G20, principal fórum de cooperação econômica internacional, que vai acontecer em 2024. Para destacar o protagonismo da cidade, o Escritório de Dados da Prefeitura elaborou o guia Rio Capital do Mundo, com a cronologia de todos os eventos internacionais realizados na cidade e dos quais o DIÁRIO DO RIO destacou os principais deles.

Em 1906, o Rio foi escolhido para ser a sede da III Conferência Pan-Americana, o primeiro realizado na América do Sul. O evento, então considerado o mais importante da diplomacia das Américas, recebeu representantes de 19 países no Palácio Monroe para debater o futuro do continente americano. Pela primeira vez na história, um secretário de Estado norte-americano participou de um evento oficial no exterior. A ocasião também marca a mudança de nome do Palácio São Luiz para Monroe.

Outro grande evento foi a Exposição Internacional Comemorativa do Centenário da Independência, realizada entre 7 de setembro de 1922 e 24 de julho de 1923, que trouxe à cidade representantes de 14 países e de todos os estados da federação. Na ocasião, os expositores apresentaram o que havia de mais moderno nas variadas áreas do conhecimento. Além do legado de cultural e tecnológico, o evento também deixou um legado arquitetônico, com a construção do Pavilhão da Administração e Distrito Federal (atual sede do Museu da Imagem e do Som), dos pavilhões de Estatística (atual Centro Cultural do Ministério da Saúde), do Palácio das Grandes Indústrias (atualmente Museu Histórico Nacional) e do Palácio da França – réplica do Petit Trianon de Versailles -, que foi doado à Academia Brasileira de Letras, em 1923. Inicialmente, os hotéis Glória (1922) e Copacabana Palace (1923) foram planejados para hospedar os participantes da Exposição.

Durante a Segundo Guerra Mundial, a cidade foi sede da Conferência do Rio, que aconteceu entre 15 e 28 de janeiro de 1942, para deliberar a posição dos países participantes no cenário da guerra. Aqui foram produzidas mais de 40 resoluções. Uma das mais importantes foi a recomendação pelo imediato rompimento de relações diplomáticas e comerciais com todos os países do EixoAlemanha, Itália e Japão, contra os quais o Brasil declararia guerra após os ataques sofridos por navios brasileiros por parte de alemães e italianos.

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Em 1950, o Rio de Janeiro sediou 8 jogos da Copa de 1950, a primeira após a Segunda Guerra. Das 8 partidas, 4 foram disputadas pela Seleção Brasileira. A final do campeonato foi realizada no estádio do Maracanã, construído em tempo recorde para receber o evento. Durante muito tempo, o estádio foi considerado o “maior do mundo” e tinha capacidade para 200 mil pessoas.

O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro foi palco, em 1967, da 22ª Reunião Conjunta do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional, mais importante evento da economia internacional, que reuniu mais de 3 mil integrantes dos 108 países membros na capital federal. Os Direitos Especiais de Saque (do inglês, Special Drawing Rights), tipo de moeda internacional de reserva ainda em operação, foi uma das consequências da reunião.

Em 1992, foi a vez do Rio sediar a II Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Eco-92), maior evento internacional da história, que trouxe à cidade 108 chefes de Estado e representantes de 178 países. As lideranças se reuniram no Rio Centro, onde aprovaram acordos internacionais que norteiam a política ambiental internacional até os dias hoje. Com a Eco-92, o desenvolvimento sustentável e as mudanças climáticas passaram a fazer parte da pauta global.

Em 1999, mais uma vez o Museu de Arte Moderna voltou à cena ao sediar a primeira reunião de cúpula da América Latina, Caribe e União Europeia, onde 15 chefes de Estado e representantes de 48 países firmaram a Parceria Estratégica Birregional, em vigor até hoje.

O esporte internacional voltou a brilhar na cidade, com a realização do XV Jogos Pan-Americanos, em 2007. O evento contou com a participação de 5.633 atletas, 42 países, além de 20 mil voluntários. A capital fluminense realizou ainda os Jogos Parapan-Americanos, do qual participaram 1.300 atletas, de 26 países. No mesmo ano, o Cristo Redentor foi eleito uma das Sete Maravilhas do Mundo, após dois anos de eleições.

Depois de 20 anos, o Meio Ambiente voltou a ser discutido na cidade, com a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +20). O encontro contou com a presença de 487 ministros e 105 chefes de Estado e governo, que renovaram os acordos de combate à pobreza e desenvolvimento sustentável. Mais de 60 mil pessoas participaram das discussões virtuais e presenciais da Rio +20.

A XXVIII Jornada Mundial da Juventude, que demonstrou a fé católica no Brasil, aconteceu em 2013, com a presença do Papa Francisco e centenas de religiosos do mundo inteiro, além dos milhares de peregrinos de todas as partes do planeta. Na ocasião, a cidade recebeu o maior fluxo turístico da história do Brasil até então. Estima-se que a missa de encerramento do evento, realizada na Praia de Copacabana, tenha atraído 3,7 milhões de fiéis.

Em 2014, a Brasil voltou a sediar mais uma Copa do Mundo, com a cidade do Rio exercendo, como sempre, a centralidade. O Maracanã foi mais uma vez o palco da grande final. Apenas dois estádios sediaram duas finais de Copa do Mundo: o Azteca, na cidade do México, e o Maracanã.

Dois anos depois seria a vez da cidade de receber 11 mil atletas, 45 comitivas de chefes de Estado e mais de 30 mil jornalistas do mundo todo para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Na época, os Jogos Olímpicosregistraram uma audiência internacional de aproximadamente 5 bilhões de telespectadores. Os jogos paralímpicos também foram um grande sucesso, registrando a participação de 4500 atletas, de 176 países, competindo em 22 modalidades.

Em 2016, o Museu do Amanhã recebeu o Primeiro Fórum de Financiamento de Cidades Sustentáveis do C 40, rede global integrada por aproximadamente 100 prefeitos das principais cidades do mundo, que se reuniram para discutir o financiamento de ações climática nas cidades. Mais de 130 representantes do governo, organizações não governamentais e instituições financeiras participaram do evento.

Três anos depois foi a vez dos Brics se reunirem na cidade, na III Reunião de Ministros das Relações Exteriores dos países membros: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O encontro aconteceu no Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores do Brasil de 1899 – transferido para Brasília em 1970. Na ocasião foram discutidos temas, como cooperação multilateral internacional e reforma da governança global.

Em 2023, o capital fluminense sediou o Web Summit, uma das maiores feiras de tecnologia do mundo. O feito consolidou a cidade como referência em inovação e tecnologia ao lado da criação do Porto Maravalley, na região portuária. O hub tecnológico reúne startups, investidores, grandes empresas e universidade. Com o evento vieram à cidade mais de 21 mil pessoas e empresas de diversos ramos da indústria de tecnologia internacional.

No ano que vem, o Rio sedia o G20, que reunirá as 19 maiores economias mundiais e a União Europeia. O grupo concentra 85% do PIB e mais de 75% do comércio global. Na ocasião, sereão debatidos temas, como o futuro da governança global e políticas de desenvolvimento sustentável. De acordo com a Prefeitura do Rio, grupos de engajamento, universidades, startups e think tanks devem organizar mais de 100 outros eventos na cidade.

Fonte: Rio Capital Mundo

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1 COMENTÁRIO

  1. O Rio de Janeiro tem que se separar do resto do Brasil para podermos investir os lucros do petróleo e gás na população fluminense.
    Se continuarmos sendo parte desse país, veremos sempre os lucros do petróleo e gás sendo roubados daqui para ser investidos em outros municípios fora do nosso território.

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