O maior centro de convenções da América Latina fica no Rio de Janeiro. Por lá, acontecem muitos eventos importantíssimos para a Cidade Maravilhosa. E aconteceram fatos marcantes para a história do país e do mundo. Isso e muito mais resume a história do Riocentro.
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O centro de convenções foi inaugurado em 1977. A ideia era projetar e construir um espaço para receber grandes eventos, inclusive de porte internacional, no Rio de Janeiro.
Quatro anos após sua inauguração, o Riocentro foi cenário de um momento histórico para todo o país. No início dos anos 1980, o Brasil ainda vivia uma ditadura militar, contudo, já era uma fase do regime que acenava para a abertura política. Isso incomodava muitos fardados da ala radical. A situação causou uma tragédia no mais famoso centro de convenções do Rio de Janeiro.
“No dia 30 de abril de 1981 ocorria no Riocentro um evento com shows de vários artistas da Música Popular Brasileira em comemoração ao Dia do Trabalhador, alguns militares da ala radical planejaram explodir bombas nos geradores de energia do evento almejando espalhar o pânico e a desordem entre o público. Entretanto uma das bombas explodiu antes da hora e resultou no fracasso de tais militares, causando a morte de um deles. Segundo consta, algumas ocorrências estranhas antes mesmo do show já apontavam para a organização do atentado planejado pelos militares. Tudo indica que muitas pessoas, incluindo militares e civis, participaram da organização do atentado que começou a ser elaborado pelo menos um mês antes do evento no Riocentro. A Polícia Militar, que sempre realizava a cobertura dos eventos no Riocentro, estranhamente suspendeu o policiamento naquele dia argumentando que, por ser um evento de natureza privada, os próprios organizadores deveriam se incumbir da segurança no local” afirma o historiador Antonio Gasparetto Junior.
Em 1992, um evento de porte internacional. Muito importante para o mundo, embora boa parte do acordo definido nessa convenção não tenha sido cumprido. Nesse ano, ocorreu no Rio Centro a Conferência Internacional das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, conhecida como Rio-92.
Dez anos mais tarde, em 2002, foi a vez do 17º Congresso Mundial de Petróleo acontecer no Riocentro. Uma década depois, 2012, ocorreu a Rio+20, considerada uma continuação da Rio-92.
Até o ano de 2007, durante a organização dos Jogos Pan-americanos, o Riocentro era administrado pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, mas foi privatizado. A empresa francesa GL Eventos passou a comandar o espaço através de uma concessão de 50 anos.
São realizados, regulamente, no Riocentro, a Bienal do Livro do Rio de Janeiro, a Feira da Providência, entre outros eventos: “Moro perto, então, sempre que tem um evento interessante acontecendo lá, eu vou” conta o estudante Marcelo de Souza.
Atualmente, o Riocentro é composto por cinco pavilhões interligados, que somam 100.000 metros quadrados em um parque de 571.000 metros quadrados. O estacionamento tem capacidade para cerca de 7.000 automóveis e 60 ônibus. Além de uma capacidade para comportar infinitas memórias.
