Ah, as narrativas de tesouros perdidos. Incontáveis mobilizações históricas aconteceram por conta delas. Na costa brasileira, temos muitos relatos. Contudo, um deles, no Rio de Janeiro, chama a atenção: a embarcação Rainha dos Anjos afundou na Baía de Guanabara, na altura da Praça XV, próximo à Ilha das Cobras, centro da cidade do Rio, com pertences que atualmente valeriam algo estimado em 1 bilhão de reais.
Em julho de 1722, a nau Rainha dos Anjos estava se preparando para atracar no Rio de Janeiro para sua tripulação jantar no Mosteiro de São Bento. Porém, um vacilo de um marinheiro fez tudo ir por água abaixo. Literalmente.
Uma vela acesa foi esquecida nas proximidades do compartimento de estoque de comidas, iniciando um incêndio. As chamas foram para o porão, onde ficavam os barris de pólvora. A embarcação explodiu e afundou. Ninguém morreu. O que se perdeu foi um vasto tesouro.
A nau estava carregada de quilos e quilos de ouro, jóias e porcelanas raras. Além disso, os canhões da embarcação também eram de altíssimo valor. A estimativa de hoje em dia tudo valer cerca de R$ 1 bilhão não é exagerada, tanto que muitas foram as tentativas de resgatar os pertences ao longo dos séculos.
Denis Albanese, realizador de resgates na costa brasileira, em 2016, iniciou uma expedição com a agência Media Mundi em busca dos restos do navio. “Albanese, que estudou a história da Rainha dos Anjos por mais de 20 anos, utilizou instrumentos sonares de baixa frequência para varrer o possível local em que se encontra os restos da embarcação e, assim, conseguir amostras. No entanto, nenhuma novidade foi anunciada“, informa o site Aventuras na História.
De acordo com alguns especialistas, seriam necessários cerca de 200 mil euros para desenterrar parte do navio e mais de 1 milhão para puxá-lo até a superfície. E ainda com a incerteza sobre a precisão do lugar onde de fato se encontra. Em caso de erro, o dinheiro investido nessa grande missão também iria por água abaixo. Nos resta a rica história.