História do Zé Carioca

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Nesta série de matérias, nós falamos sobre construções que fazem parte da história do Rio de Janeiro. Entretanto, desta vez, não falaremos de uma edificação, mas de um personagem animado que faz parte das memórias do Rio e do Brasil.

Walt Disney no Rio de Janeiro
Walt Disney no Rio de Janeiro

No início dos anos 1940, Walt Disney, em visita ao Brasil, criou o desenho. Carioca da gema, o Zé foi desenhando dentro do hotel Copacabana Palace.

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Com mais de meio século de tradição no mercado imobiliário do Rio de Janeiro, a Sergio Castro Imóveis sempre contribuiu para a valorização da cultura carioca

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“‘Joe Carioca’ foi concebido em uma viagem de Disney e sua equipe à América do Sul durante a Segunda Guerra Mundial. Com o pretexto de ‘encontrar novos companheiros para o Pato Donald e o Pateta’, a excursão era, na verdade, movida por interesses políticos. Os Estados Unidos pretendiam aumentar suas relações comerciais no continente e, por tabela, afastar a ameaça de influência alemã nos governos da região”, contam Filipe Monteiro e Mariana Benjamin em um texto publicado na Revista de História.

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A estreia de Zé Carioca foi em 1942, no filme “Alô, amigos” – “Saludos amigos”, no título original. O longa, que passou nos Estados Unidos no ano seguinte, narra um passeio turístico de Donald e Pateta (guiados por Zé) pelas paisagens de cinco países da América do Sul: Brasil, Argentina, Peru, Bolívia e Chile.

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Cartunista J. Carlos

Zé Carioca foi inspirado, basicamente, em três pessoas. No cartunista J. Carlos – que colaborou nos primeiros rascunhos do personagem. O estilo (fraque, chapéu e guarda-chuva) veio do doutor Jacarandá, famoso no Rio de Janeiro daquela época. E, por incrível que pareça, o jeitão boêmio foi emprestado de um músico de São Paulo: José do Patrocínio de Oliveira, o Zezinho. Inclusive, o multi-instrumentista, que chegou a tocar com Pixinguinha, gravou a voz do papagaio carioca.

Nas primeiras historietas, nosso herói se vestia como um típico malando da Lapa (antigo bairro boêmio do Rio): chapéu, terninho, gravatinha borboleta e sapato impecavelmente engraxado. Também andava sempre com um guarda-chuva (herança de uma figura muito conhecida das ruas do Rio na época: o Dr. Jacarandá). Com o passar dos anos, aquela indumentária saiu de moda (assim como o próprio malandro da Lapa desapareceu). Percebendo o anacronismo visual do personagem, o desenhista Herrero trocou seu paletó por uma camiseta. Mais mudanças aconteceriam pelas mãos de Canini: o desenhista gaúcho tirou-lhe o chapéu, gravata borboleta e o guarda-chuva, substituindo-os por um visual mais tropical. Apesar do novo visual, o simpático bicudo continuou com a mesma personalidade de sempre“, informa o Guia dos Quadrinhos.

As histórias nos quadrinhos começaram a ser publicadas na revista do Pato Donald, da Editora Abril, em 1950. A “carreira solo” teve início no ano 1961.

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Zé Carioca, em 1945, ainda foi estrela de outro filme. “Você já foi à Bahia?” (The three caballeros), misturava desenho com atores de carne e osso. Zé surge ao lado do Pato Donald e da cantora Aurora Miranda, irmã de Carmen Miranda.

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