Já contamos aqui no DIÁRIO DO RIO a história do Mosteiro de São Bento. O que muita gente não sabe é que esse local, marcante em nossa cidade, já passou por muitos ataques e dificuldades.
A construção do Mosteiro começou em 1617. Contudo, devido aos constantes bombardeios dos navios holandeses à região do local, as obras só foram retomadas em 1659. Além dos holandeses, os franceses também viviam bombardeando e saqueando o templo religioso, que ainda estava em construção.
Em 1729, houve um incêndio que acabou com praticamente todo o Mosteiro de São Bento.
“Não dava para culpar os engenheiros e trabalhadores da época. Era difícil terminar o trabalho com tantos e seguidos ataques de europeus”, conta o historiador Milton Teixeira.
A construção definitiva do Mosteiro de São Bento, contando com detalhes de acabamento e decoração, só se deu em 1800.
Neste período, o fogo era amigo. Foi a Família Real Portuguesa, após sua chegada ao Brasil, quem passou a “atacar” o Mosteiro de São Bento, o deixando abandonado, transformando em um espaço militar com poucos recursos e deslocando os religiosos para outros locais.
Durante a República, o Mosteiro voltou a ser um espaço religioso, para monges e acontecimentos católicos. Tudo parecia, enfim, em paz quando novos ataques surgiram.
Em 1910, durante a Revolta da Esquadra, o Mosteiro de São Bento foi bombardeado algumas vezes pelos marinheiros.
No ano 1922, no dia da Revolta do Forte de Copacabana, o Mosteiro também foi alvo de ataques por parte do movimento tenentista.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), em 1938, tombou o Mosteiro de São Bento (que está inteiro) e, desde então, já recebeu duas reformas de restauração para abençoar ainda mais nossa cidade com sua beleza e história. Esperamos que sem mais ataques.