Histórias dos nomes de 10 favelas do Rio de Janeiro

Por trás dessas nomeações existem histórias curiosas que valem o destaque

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Foto: Rafa Pereira - Diário do Rio

Muitos nomes de favelas do Rio de Janeiro chamam a atenção. Por trás dessas nomeações existem histórias curiosas que valem o destaque. Aqui, contaremos algumas.

Baseados em informações do Dicionário de Favelas Marielle Franco e em declarações do historiador Luiz Antônio Simas, montamos esta lista com a pequena história do nome de 10 comunidade do Rio de Janeiro.

Borel

Removidos do Morro do Castelo em 1921 iniciaram a ocupação do morro, que ganhou esse nome porque os dois franceses, irmãos, de sobrenome Borel, tinha terras na região.

Cachoeirinha

Esse nome, como era de se esperar, se deu por conta de uma famosa cachoeira da região. A favela, que faz parte do Complexo do Lins, passou a ser chamada assim em meados do século XX. Na década de 1970, houve uma grande remoção de casas na subida do morro.

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Cerro-Corá

O último conflito da guerra do Paraguai inspirou esse nome da comunidade que fica no Cosme Velho. Foi na Batalha de Cerro Corá que o Exército Brasileiro derrotou Francisco Solano López, presidente paraguaio. Tudo isso aconteceu no dia 1 de março de 1870, nas imediações de Cerro Corá, que fica a 454 quilômetros ao nordeste de Assunção, capital do Paraguai.

Esqueleto

Essa não existe mais e o nome tem a ver com algo que não tem uma existência completa. Explico: a Favela do Esqueleto se formou em uma estrutura não finalizada, que seria de um hospital, ao lado de onde hoje fica o Maracanã. A comunidade existiu nos anos 1960 e onde ela ficava existe, hoje em dia, a Universidade Estadual do Rio de Janeiro – Uerj. Contamos essa história com mais detalhes aqui no DIÁRIO DO RIO.

Formiga

Os antigos relatos mostram que as pessoas olhavam de cima para baixo do alto do Morro da Formiga e viam as pessoas pequeninas, como se fossem formiguinhas. Essa observação foi se espalhando até virar o nome do lugar.

Mangueira

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CH Rio de Janeiro (RJ) 07/06/2010 Imagens do livro ” De pai para filho – Imigrantes portugueses no Rio de Janeiro ” – Outdoor – Chapéu Mangueira – Foto Divulgação

“A favela surgiu a partir de alguns barracos nas terras do Visconde de Niterói. Desde 11 de maio de 1852, quando se inaugurou nas proximidades da Quinta da Boa Vista o primeiro telégrafo aéreo do Brasil, a elevação vizinha da Quinta era conhecida como Morro dos Telégrafos. A maioria dos moradores que iniciaram a ocupação do complexo, são oriundos do estado de Minas Gerais e da região Nordeste. Pouco depois, foi instalada ali perto uma indústria com o nome de Fábrica de Fernandes Braga, que produzia chapéus e que, em pouco tempo, passou a ser conhecida como “fábrica das mangueiras”, já que a região era uma das principais produtoras de mangas do Rio de Janeiro. Não demorou muito para que a Fábrica de Fernandes Braga mudasse para Fábrica de Chapéus Mangueira. O novo nome era tão forte que a Estrada de Ferro Central do Brasil batizou de Mangueira a estação de trem inaugurada em 1889. A elevação ao lado da linha férrea também começou a ser chamada de Mangueira, enquanto o antigo nome de Telégrafos permaneceu para identificar apenas uma parte do morro. Atualmente, Telégrafos, Pindura Saia, Santo Antônio, Chalé, Faria, Buraco Quente, Curva da Cobra, Candelária e outros são pequenos núcleos populacionais que formam o complexo do Morro de Mangueira”, informa o Dicionário de Favelas Marielle Franco.

Rio das Pedras

Rio das Pedras recebeu esse nome por conta de um rio que começa na Floresta da Tijuca e corre inteiramente através da favela. Há algumas décadas, o rio era limpo o suficiente para crianças brincarem, pessoas tomarem banho e lavarem suas roupas.

Rocinha

Visao Panoramica da Rocinha Histórias dos nomes de 10 favelas do Rio de Janeiro

Uma das maiores favelas do mundo também carrega no nome algo ligado a um ambiente mais rural, natural. O local passou a ser ocupado na década de 1930 e, no início, parecia uma grande roça de plantio de algum alimento. Inclusive, nesse início, as atividades agrárias e pecuárias era muito comuns na região.

Salgueiro

“Recebeu o nome em meados da década de 1920 em referência ao português Domingos Alves Salgueiro, comerciante instalado na Tijuca e que era proprietário de 30 barracos no local e dono de uma fábrica de conservas na Rua dos Araújos, na Tijuca,logo o português virou referência e designação do morro, que passou a ser conhecido como morro do seu Salgueiro”, explica o Dicionário de Favelas.

Vidigal

Em 1820, devido aos seus serviços prestados à Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro no século XIX, o major Miguel Nunes Vidigal recebeu de presente dos monges beneditinos um terreno ao pé do Morro Dois Irmãos, que foi ocupado por barracos a partir de 1940, dando origem à atual favela.

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