História dos táxis no Rio de Janeiro

O primeiro táxi do Rio de Janeiro (e do Brasil) era pilotado por Felisberto Caldeira. Isso foi em 1908

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Imagem meramente ilustrativa de táxis circulando no Rio de Janeiro - Foto: Guilherme Pinto

Os táxis, amarelinhos, já fazem parte do cenário das ruas do Rio de Janeiro. Por todas as partes da cidade lá estão eles, levando e trazendo pessoas. Essa história começou há muito tempo. Eles nem amarelos eram.

O primeiro táxi do Rio de Janeiro (e do Brasil) era pilotado por Felisberto Caldeira. Isso foi em 1908. A prática de carregar passageiros em veículos e cobrar uma quantia por isso já existia com os cocheiros e suas charretes. Felisberto, inclusive, foi motorista (na época chamado de cocheiro) dos carros dos presidentes Campos Salles e Rodrigues Alves e o primeiro “chaffeur” do Palácio do Catete.

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No início das atividades dos táxis no Rio de Janeiro, os motoristas eram chamados de “chofer de praça”. Tem até um filme de 1958 com esse nome. A palavra “chauffe-eau”, em francês, significa “esquentador”. Como os primeiros carros precisavam de alguém para girar uma manivela e fazer o motor esquentar, o nome pegou.

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Somente nos anos 1960, esses motoristas passaram a ser chamados de taxistas. O nome táxi vem do taxímetro, inventando na França no início do século XX. A origem é a palavra “taxa”, que era (e ainda é) cobrada nas viagens.

As primeiras empresas de táxi começaram suas atividades no Rio de Janeiro em 1969. Eram gestões convencionais, tendo todos os vínculos trabalhistas habituais.

Em 1974, o Rio de janeiro chegou a ter 72 empresas de táxi. A partir daí, muitas começaram a falir. O erro estava no próprio sistema. Embora os motoristas fossem assalariados, com vínculos empregatícios regulares, as empresas não tinham como cobrar – e às vezes nem mesmo avaliar – o desempenho dos motoristas. As diversas tentativas de conseguir algum controle foram inúteis. Taxímetro com contador, registradores de passageiros (acoplados ao banco dos táxis) e outras medidas não obtiveram sucesso. Em 1977, depois de muitas reuniões, o Delegado Regional do Trabalho, Dr. Luiz Carlos de Brito, estabeleceu uma Comissão de Alto Nível, envolvendo todos os segmentos de classe do Rio de Janeiro. Estavam representados o Sindicato dos Autónomos, o Sindicato dos Rodoviários, as Cooperativas, etc. A essa altura, os problemas de retração do mercado haviam levado à redução, na exigência para frota mínima estabelecida, de 100 para 60 carros. Veículos de duas portas, como os Volkswagen, passaram a ser aceitos (Decreto n°1148, de 31 de agosto de 1977). Ainda assim, os 4.000 carros existentes nas empresas reduziram-se a 1.500″, informa o grupo Império Taxi.

No final da década de 1970 e no início dos anos 1980, chegou-se ao consenso de padronizar os táxis todos na cor amarela. Antes, os carros poderiam ser de qualquer coloração.

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Taxista roda na Praia do Flamengo, na Zona Sul • Foto: Rafa Pereira, Diário do Rio

“Inspirados pelo ‘Yellow Cab’ americano, os veículos de transporte individual do Rio foram apelidados carinhosamente de ‘Amarelinhos’, demonstrando a relação afetiva e o valor imaterial dos táxis para os cariocas“, frisou a Prefeitura da cidade do Rio em um comunicado oficial de 2017, quando os táxis viraram patrimônio cultural.

Uma última curiosidade: a cor amarela para táxis foi idealizada por John Hertz, nos Estados Unidos, em 1915. Segundo ele, facilita o passageiro ver os carros de longe.

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