Leonel Brizola, indiscutivelmente, foi uma das figuras políticas que marcaram a história recente do Brasil: duas vezes governador do Rio de Janeiro, prefeito de Porto Alegre, governador do Rio Grande do Sul, duas vezes candidato a presidente da República – em uma delas, por pouco não alcançou o segundo turno. Além disso, foi responsável por uma importante geração de políticos, onde figuram os prefeitos Cesar Maia e Marcello Alencar. O historiador Guilherme Galvão Lopes, entretanto, retoma um episódio quase esquecido, mas importantíssimo na trajetória de Brizola em seu mais novo livro “Brizola 62: da Guanabara para o Brasil”.
Naquele ano, o governador gaúcho foi candidato a deputado federal pelo PTB do antigo estado da Guanabara, sendo consagrado como o mais votado do país, com votos de quase 30% dos cariocas. Além de derrotar a UDN de Carlos Lacerda, governador da recém-criada cidade-estado, o líder trabalhista consolidou-se como presidenciável para 1965, eleição que não ocorreu.
No ano de seu centenário, parte importante da trajetória política de Brizola é resgatada, com espaço também para a análise da conjuntura nacional, do processo eleitoral e das consequências de sua vitória em um dos períodos mais turbulentos – e ricos – da história do Brasil.
O livro “Brizola 62: da Guanabara para o Brasil” tem prefácio de Carlos Lupi, ex-ministro do Trabalho, e contracapa assinada pelo cientista político Samuel Braun, foi publicado pelo Clube de Autores, estando disponível em plataformas como Amazon e Google Play.
O “Engenheiro” do Caos Carioca