O blogueiro e micronacionalista Bruno Fontes me mandou um email com a história de Bangú. Não tem o que falar, a pessoa que fez (infelizmente não sei, como Fontes chamou minha atenção, ele recebeu sem a fonte) está de parabéns, seria ótimo que todos os bairros cariocas tivessem algo similar.
Só fiz uma pequena atualização com a inauguração do Calçadão de Bangu, do Shopping Bangu, já que acabava em 1995, e relembrei o importantíssimo vice-campeonato do Brasileiro que o Bangu Atlético Clube conquistou em 1985. Para quem quiser a história do time, é só ir aqui.
Fique com a história de Bangu:
1673 – Manoel de Barcelos Domingues constrói uma capela particular em sua Fazenda do Bangú onde ficava o Engenho da Serra.
1740 – João Manoel de Melo recebeu por sesmaria a Fazenda do Bangú.
1743 – João Freire Alemão comprou da viúva de João Manoel de Melo a Fazenda do Bangú.
1798 – Dona Anna Francisca de Castro Morais e Miranda é donatária da Fazenda do Bangú.
1870 – Manoel Miguel Martins (Barão de Itacurussá) é o novo proprietário da Fazenda do Bangú..
1877 – Marcos José Vasconcelos é o proprietário da Fazenda Retiro.
1889 – No dia 6 de fevereiro, por deliberação da Assembléia dos Acionistas, foi constituída a Companhia Progresso Industrial do Brasil (CPIB).
A região da Freguesia de Campo Grande foi escolhida para a implantação da Fábrica de Tecidos por haver grandes manciais indispensáveis ao seu funcionamento.
Foram comprados cerca de 3.600 hacres de terra a saber; Fazenda do Bangú, Fazenda do Retiro, Sítio do Agostinho e Sítio dos Amaraes pela quantia de 132.137$910 Réis.
Toda Essa região fica a margem da Estrada de Ferro Central do Brasil, distante cerca de 1 hora do Centro. A construção da Fábrica entregu à firma The Morgan Snell and Co. da praça de Londres, pelo preço total de 4.100.00$000 Réis.
A primeira Diretoria ficou assim constituída:
Presidente: Estevão José da Silva
Secretário: Antônio Xavier Carneiro
Tesoureiro: Manoel Moreira da Fonseca
O Edifício da Fábrica será construído na área da Fazenda do Bangú, terá cerca de 18.649m² com forma retangular cujos lados medem 174,9m e 106,63m.
A fachada da Fábrica está orientada no sentido leste-oeste e voltada para o leito da Estrada de Ferro à qual ficará ligada por um ramal partindo da Estação Bangú, com 400m de extensão e terminando no pátio central, junto aos depósitos e armazéns.
O prédio foi inspirado num padrão de arquitetura industrial tipicamente inglês denominado Britânica Manchesteriana que caracteriza-se por apresentar fachadas com tijolos aparentes vermelhos, de estrutura sóbria e pesada em planos simétricos
Comprado também os sítios Agostinho e Amaraes.
A primeiro de junho foi reconstruído um engenho que estava em ruínas na Fazenda do Retiro.
Começou a construção da chaminé da Fábrica que terá 57m de altura, 4,12m de diâmetro na parte inferior e 2,44m na parte superior. A base octagonal mede 7,45m entre as faces paralelas.
1891 – Chegam os técnicos têxteis ingleses contratados pela Fábrica Bangú..
Surge o primeiro núcleo comercial no Marco 6 com os comerciantes Sabino Moura, Teobaldo Molica e Emílio Pavão.
Concluído o encanamento desde o reservatório do Guandu até a Fábrica.
Comprado o Sítio do Padre Telêmaco de Souza Velho e mais a cachoeira pela quantia de 1.500$000 Réis.
1892 – É Fundada a Sociedade Musical Progresso de Bangú, a 24 de janeiro.
Concluído o edifício e assentada toda a maquinária
A Diretoria tomou conta da Fábrica para experimentá-la, no dia 11 de julho.
1893 – A 8 de março teve lugar a inauguração da Fábrica com uma festa honrada com a presença do Vice-Presidente da República, Marechal Floriano Peixoto e do Prefeito do Distrito Federal.
Iniciada a construção da Vila Operária com 95 casas na Rua que seria denominada Estevão. (atual Cônego de Vasconcelos).
O pessoal ativo em 31 de dezembro era:
Homens – 310
Mulheres – 171
Meninos – 165
Meninas – 99
Mais de 800 teares estão em movimento.
1895 – É criada a Banda de Música dos Operários da Fábrica.
Com a renúncia do Comendador Esrtevão José da Silva a Diretoria ficou assim:
Presidente: Manoel Antônio da Costa Pereira
Secretário: Eduardo Gomes Ferreira
Tesoureiro: José Clemente de Carvalho
1896 – A chaminé da Fábrica está apresentando algumas fendas nas paredes e busca-se uma solução.
1897 – Com a renúncia do Tesoureiro José Clemente de Carvalho tomou posse em seu lugar o Sr. João Ferrer.
Para escoamento das águas foi aberta uma vala entre os quintais das casas das Ruas Estevão e Fonseca.
1900 – O antigo Engenho da Fazenda Retiro foi demolido e construído um novo com o nome de Santo Antônio.
O engenho produzirá aguardente, açúcar, farinha de milho, farinha de trigo, farinha de mandioca, polvilho, descasque de arroz, o fubá e o açúcar serão doados aos operários.
Para melhor escoamento do produto a Fábrica construiu uma linha de trem de bitola estreita ligando o engenho ao leito da Estação de Bangú.
Uma pequena máquina a vapor e dois vagões que cruzando o pequeno rio existente próximo à Estação de Bangú onde foi construída a ponte São João.
Na Fazenda Retiro em uma elevação qual uma meia laranja está sendo construído um chalé medindo 16m de lado para a residência do administrador.
Foi cedida uma casa na Fazenda Bangú onde funcionará a Caixa Beneficente dos Operários dirigida pelo médico Francisco Borges e o farmacêutico Alatamiro de Oliveira
1901 – O professor Thimóteo Ribeiro de Andrade cria o primeiro grupo escolar em sua residência que será chamada Ribeiro de Andrade.
1903 – O professor Jacinto Alcides também leciona em sua residência na Rua do Comércio, que mais tarde receberá o seu nome.
É fundado o Grupo Carnavalesco Flor de Lira.
1904 – Um grupo de operários ingleses e brasileiros fundaram o “The Bangu Athletic Club”, em 17 de abril.
O prédio que a Fábrica está construindo para ser uma cooperativa será transformado em uma escola para os filhos dos operários e receberá o nome de Presidente Rodrigues Alves.
Foi feita a recuperação da chaminé com a colocação de 34 cintas de aço em toda sua extensão. Para executar esse trabalho foram contratados 3 homens na Inglaterra especializados no assunto.
1905 – Inaugurado pela Fábrica Bangú a escola para os filhos dos operários denominada Presidente Rodrigues Alves, em 30 de junho e o seu diretor é o Professor Jacintho Alcides.
Com o perigo de ruir o galpão na rua Fonseca onde era a sede da Sociedade Musical Progresso de Bangú, a Fábrica começou a construir uma nova sede na Rua Estevão (Rua Ferrer).
1906 – Com um jogo entre operários é inaugurado o Campo do Bangu Athletic Club, situado na Rua Ferrer (antes chamada de Rua Estevão e mais tarde chamada de Rua Cônego de Vasconcelos).
Comprado o prédio da Rua Primeiro de Março, número 38 onde será o escritório central da Fábrica Bangú.
Iniciada a busca de novos mananciais na Serra de Bangú a cargo do Engenheiro Orozimbo do Nascimento. Famoso pela construção de Belo Horizonte.
Em dezembro completaram o primeiro ano do curso escolar os seguintes alunos: Antônio Carregal, José de Barros, Henrique Torrentes, Hermenogildo Guimarães, Francisco Nascimento, Horácio Carvalho e Noberto Santana.
1907 – A 2 de fevereiro é fundado o Grêmio Philomático Rui Barbosa, uma casa de cultura, com sede numa casa da Vila Operária na esquina da Rua Estevão com a Estrada Rio-São Paulo (Av. Cônego de Vasconcelos com Rua Francisco Real).
Inaugurado no dia 1° de maio o prédio que abrigará a Sociedade Musical Progresso do Bangú que passa a chamar-se Casino Bangú. O prédio é o do n° 127 da Rua Estevão (atual Av. Cônego de Vasconcelos).
Construídas duas represas e um reservatório com capacidade para 550 mil litros de água situado na região do Rio da Prata a 350 metros acima do nível do mar, com volume d’água captado em 24 horas igual a 5.200.000 litros.
A primeiro de maio foi inaugurada a sede da Sociedade Musical Progresso de Bangú construída pela Fábrica Bangú, na Rua Estevão, 127. A Sociedade Musical passa a chamar-se Casino Bangú.
Criado o Sindicato dos Trabalhadores em Fábrica de Tecido, da União dos Operários em Fábricas de Tecidos.
Iniciada pela Fábrica Bangú a construção da Igreja em Bangú. Chega a Bangú o primeiro Paróquo, Dr. Vítor Maria Coelho.
O Casino Bangú adquire um cinematógrafo Pathé e faz exibições de cinema para os seus associados.
Concluído todo o serviço de captação d’água do Rio da Prata sob a direção do Sr. Joan Vidal, dedicado técnico francês no setor de hidráulica.
Concluída a canalização desde aquele local até o reservatório de forma octagonal construído na Rua da Usina próximo a pedreira.
Junto ao reservatório foi construído um prédio de 5 metros de lado que abrigará uma Roda Pelton que acionada pela queda da água gerará energia elétrica para as seções de gravura, estamaparia e para a casa dos operários.
A Fábrica Bangú esteve presente na exposição Nacional da Indústria montando na Praia Vermelha um belo pavilhão todo de madeira.
Os vários tecidos expostos foram muito apreciados fazendo jus aos prêmios:
Tecidos: Grande Prêmio
Gravura Mecânica: Medalha de Ouro
Triconia: Medalha de Ouro
1909 – A 9 de março foi inaugurado o Grupo Carnavalesco Prazaer das Morenas.
A Fábrica recebeu a visita do Vice_Presidente da República Nilo Peçanha.
Com festas nos dias 9, 10 e 11 de maio a Paróquia é entregue ao Público.
1910 – É oficialmeente inaugurada, a 10 de março, a Igreja de São Sebastião e Santa Cecília. Na missa inaugural estiveram presentes o Comendador Costa Pereira, Presidente da Fábrica Bangú, e sua esposa que doaram a imagem de Nossa Senhora, que foi colocada no centro do altar.
Iniciada a construção de um prédio anexo ao da Fábrica para expansão de algumas seções.
Para facilitar o transporte de passageiros e cargas a Fábrica inicia a construção da circular possibilitando que alguns trens retornem de Bangú.
1913 – Inaugurado o cinema Ítalo-Brasil, mais tarde Recreio, no Marco 6, os proprietários eram os irmãos Pedro e Bartholomeu Rugiero.
Inaugurada no Marco 6 A Igreja Evangélica Brasileira.
Totalmente construído o prédio anexo ao lado direito da Fábrica para abirgar mais 6 seções.
1916 – Começa a ser instalada a rede de esgotos nas casas dos operários.
Em virtude da guerra na Europa surgem algumas dificuldades com a nvegação marítima que traz matéria-prima para a Fábrica
1917 – A Escola Presidente Rodrigues Alves é doada à Prefeitura do Distrito Federal e passa a chamar-se Martins Junior.
Criado o Sindicato dos Trabalhadores Tecelões.
1919 – Inaugurada a Igreja Evangélica na Rua Silva Cardoso.
Pedem demissão do Cargo o Presidente Costa Pereira e o Diretor Secretário Sr. João Ferrer.
1920 – Os irmãos Rugiero fecham o Cinema Recreio e inauguram o cinema Bangú na Rua Estevão.
Inaugurado o Centro Espírita Luz e Amor, na Rua Silva Cardoso.
Inaugurado o Centro Espírita Pedro de Alcântara na Rua Ribeiro Dantas.
Inaugurado o Centro Espírita João Batista na Estrada do Engenho.
Inaugurada a Ação Cristã Vicente Moreti, na Rua Maravilha.
1921 – Acréscimo e melhoramentos nos prédios da Igreja e da Escola.
1922 – O Dr. Manuel Guilherme da Silveira Filho é o novo Diretor-Presidente da Fábrica.
1925 – Inaugurado o Grêmio Literário Rui Barbosa em Substituição ao Grêmio Philométrico.
1926 – A Fábrica recebe a visita do Presidente da República Washington Luiz e do Deputado Júlio Prestes e lhes oferece um banquete no Casino Bangú.
1929 – O prédio que servia de sede ao Casino Bangú foi retomado pela Fábrica. O Casino mudou-se para a Rua Fonseca, no mesmo local aonde se encontra hoje a sua moderna sede.
É criado o departamento Territorial.
O Presidente Dr. Guilherme é licenciado para exercer o cargo de Presidente do Banco do Brasil.
1931 – O prédio onde funcionava o Casino passa a ser a sede do Bangu Club, recentemente criado por um grupo de operários.
1932 – A 17 de abril é inaugurada a Igreja Presbiteriana de Bangú, na Rua Júlio Cezar.
1933 – O Bangu Athletic Club conquista o primeiro campeonato de Futebol Profissional realizado no Rio de Janeiro.
Com uma subestação inaugurada na Rua Progresso, atual Rangel Pestana, a Light passa a distribuir energia elétrica em Bangú.
Fundado o Ceres Futebol Clube, com, sede e campo na Rua da Chita.
A Fábrica fica parada por 45 dias em virtude de uma greve.
1935 – Em terreno doado pela Fábrica, na Av. Santa Cruz, é inaugurada a Escola Getúlio Vargas.
Toma posse na Fábrica como Administrador o Sr. Manoel Soares de Vasconcelos que chefiava o escritório Central.
A Fábrica recebe a visita do Presidente Getúlio Vargas que admirou-se ao ver o seu retrato sendo tecido por um operário.
Um banquete no Salão do Bangú “que é o centro de diversões dos nosso operários”, foi oferecido ao Presidente.
Foi inaugurada a Agência da Caixa Econômica em prédio doado pela Fábrica na esquina da Rua Fonseca com Francisco Real.
Uma tromba d’água que caiu na região do Guandu causou grandes danos ao reservatório.
1937 – A 15 de novembro é fundado o Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos de Bangú.
Inaugurada a primeira agência da Caixa Econômica Federal em uma casa cedida pela Fábrica, na esquina da Rua Fonseca com Estrada Rio-São Paulo, atual Rua Francisco Real.
1938 – Chega a Bangú o Pres. Getúlio Vargas para inaugurar o Centro de Saúde e Hospital Almeida Magalhães para tratamento de tuberculose, construído em terreno doado pela Fábrica.
O Presidente Getúlio Vargas também inaugura uma placa de bronze no Centro de Saúde na Rua Silva Cardoso, n° 145.
1939 – O Bangu Athletic Club passa a ter sua sede onde funcionava o Bangu Club que foi extinto.
O Engenheiro Dr. Guilherme da Silveira Filho, Dr. Silveirinha, é investido da função de chefe do Departamento Territorial da Fábrica.
1940 – A Fábrica faz doação de terrenos para a instalação do Hospital Guilherme da Silveira, para 19ª Divisão de Viação e para a limpeza Pública.
1942 – Inaugurada a Escola do SENAI, hoje Colégio Leopoldina da Silveira, em prédio doado pela Fábrica, na Rua da Feira.
Começa a construção dos núcleos residenciais para os operários e 114 casas já estão construídas.
Iniciada a construção do prédio para o Departamento Territorial.
1943 – Iniciada a construção da Escola Textil conforme acordo com o SENAI, situada na Rua da Feira.
1944 – Inauguração da Creche Modelo e dos Ambulatórios de Medicina e Cirurgia.
1945 – Em janeiro é inaugurada a Igreja São Lourenço, na Av. Ministro Ary Franco.
A 15 de novembro é inaugurado o novo campo do Bangu Athletic Club, Estádio Proletário Guilherme da Silveira (Moça Bonita), construído pela Fábrica.
1948 – A Fábrica recebe a visita do Presidente Eurico Gaspar Dutra. Após banquete que lhe foi oferecido no Salão do Bangú o Presidente foi conhecer o Estádio Proletário.
1949 – A 22 de setembro é inaugurada a Obra de Assistência a Infância de Bangú idealizada pelo Dr. Antônio Gonçalves da Silva, na Rua Silva Cardoso.
1951 – Inaugurado o Ginásio Daltro Santos.
1952 – A alta qualidade dos tecidos Bangú, a variedade e a beleza dos padrões são comprovadas nos grandes desfiles realizados nas principais cidades do país. A marca Bangú começa a projetar-se internacionalmente.
1966 – Pela segunda vez o Bangu Athletic Club vence o campeonato Carioca de Futebol.
1968 – A 14 de fevereiro é fundada a Associação Comercial e Industrial da Região de Bangú – ACIRB.
1969 – A 15 de outubro é fundado o Lions Clube Bangú.
1979 – Inaugurado o Fórum na Rua Silva Cardoso.
1983 – Inauguração do Monumento dos Pracinhas, na Praça da Fé.
1985 – Bangu Atlético Clube torna-se vice-campeão Brasileiro.
1990 – A Fábrica é vendida ao Grupo Dona Izabel.
Inaugurado o CIEP Célia Martins Mena Barreto em junho.
1994 – Inaugurado o Centro Cultural da Região de Bangu, em 24 de maio, com sede na Rua Silva Cardoso.
Inaugurado o CIEP Dr. Guilherme da Silveira no Jardim Bangu, em outubro.
Inaugurada a nova agência do Banerj, em 7 de novembro, no calçadão.
A 12 de novembro é inaugurado o Viaduto Valdemar Vianna em Padre Miguel.
1995 – Decreto de 10 de maio deterrmina o tombamento definitivo da Fábrica Bangu.
2004 – Inaugurado o Calçadão de Bangu.
2007 – Em 30 de outubro as instalações da Fábrica Bangu torna-se o Shopping Bangu
Gostaria de saber qual o nome do urbanista que projetou o calçadão de Bangu
Gostaria de saber quem foi conego de Vasconcelos e pq chamamos de calcadao a rua com esse nome???
Bom dia
Procuro arquivos dos hospitais:
Pedro de Almeida e Guilherme da Silveira que ja acabaram. Grata
Bom dia!
Gostaria de saber se possivel em que ano os hospitais Pedro de Almeida Magalhaes e Guilherme da Silveira acabaram ou foram transferidos.Gostaria de achar arquivo deles pois meu avô esteve em tratamento nesses hospitais na decada de 50. Grata