Hospital do Fundão deve encerrar ciclo de escassez com assinatura do contrato com empresa hospitalar

Com os aportes da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalar será possível contratar mão de obra qualificada, ampliar o atendimento à população e melhorar o ensino e a pesquisa

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Hospital do Fundão
Foto: Reprodução

A escassez de recursos que inviabiliza a contratação de mão de obra qualificada e a ampliação do número de leitos estão com os dias contados no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), segundo o diretor da instituição, Marcos Alpoim Freire, que está confiante quanto à assinatura do contrato de adesão à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Para ele, a parceria deve representar uma nova fase para as unidades de saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Pela primeira vez, os hospitais universitários federais vão receber aportes para otimizar o atendimento aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), além de incrementar a área de ensino, pesquisa e inovação. As unidades devem ser contempladas através do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado pelo governo federal em agosto, com R$ 1,5 bilhão em recursos até 2027. O montante será destinado à reconfiguração física e tecnológica das unidades nos próximos anos.

Marcos Alpoim Freire diretor do Hospital Universitario Clementino Fraga Filho Divulgacao Hospital do Fundão deve encerrar ciclo de escassez com assinatura do contrato com empresa hospitalar
Marcos Alpoim Freire, diretor do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho / Divulgação

Marcos Alpoim Freire lembra que, diferentemente de outras hopsitais federais, estaduais e municipais, o HUCFF era dependente de recursos do Ministério da Educação (MEC). “O nosso orçamento era limitado. Além disso, com o passar do tempo, nós perdíamos mão de obra com as pessoas que se aposentaram ou morreram. E esses problemas devem melhorar, obviamente, com a contratação de pessoal. Como demonstramos durante a pandemia, com a elevação para 320 leitos, o hospital funcionou muito melhor. Nós mostramos a nossa capacidade de atendimento com resultados melhores entre 2020 e 2022”, afirma o médico, acrescentando que a contratação de mais profissionais tornará os serviços melhores para a população: “É possível desafogar o HUCFF, reduzir as filas de pacientes que aguardam por uma cirurgia ou por um atendimento mais simples. Com mais profissionais para os laboratórios clínicos e patológicos, radiologia, centro cirúrgico e unidades de terapia intensiva, poderemos atender mais gente”.

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Com a captação e aplicação dos investimentos, a área de ensino também será impactada de forma muito positiva, segundo Freire: “Desde que entrei na direção do HUCFF, em 2019, sempre repetia que a ampliação do número de leitos, com melhorias da unidade, traria benefícios para os estudantes da graduação e da pós-graduação. É assim que se melhoram o ensino, a pesquisa e a extensão. Se não temos uma unidade de terapia intensiva (UTI), como os futuros profissionais vão aprender a lidar com um paciente em estado grave? Se não há um bom centro cirúrgico ou um número adequado de leitos proporcional ao de estudantes, como eles vão colocar em prática o que aprendem? Sem dúvida, quando você atende mais, a qualidade de ensino de todas as áreas de saúde apresenta um resultado mais positivo”, diz o diretor.

Os debates sobre dúvidas e pontos polêmicos relacionados ao contrato de adesão à Ebserh serão importantes para dirimir algumas visões distorcidas, entre elas a cessão de servidores públicos para os quadros da empresa. “Jamais existiu a possibilidade de cessão de servidores públicos para os quadros da empresa. Isso nunca aconteceu e em nosso contrato não vai constar. A única possibilidade é restrita aos que recebem gratificação. Também iremos manter a jornada de trabalho de 30 horas para todas as categorias que já têm o período acordado com os respectivos conselhos profissionais. Até os extraquadros, que todos comentam, serão absorvidos por contratos temporários por um período determinado, que pode ser renovado. Após o prazo, eles vão ser absorvidos por meio de concursos”, afirma Marcos Alpoim Freire.

Informações: Conexão UFRJ

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