A Comissão de Desenvolvimento Regional do Senado aprovou, nesta semana, o projeto de lei que devolve a gestão do Cristo Redentor à Igreja Católica, por meio da Arquidiocese do Rio. A Igreja luta pelo controle do monumento há cerca de cinco anos, desde que a Justiça Federal concedeu a reintegração de posse das sete lojas localizadas na base da estátua à autarquia federal. A intenção é evitar conflitos na administração. O PL 3.490/2024 segue para a Comissão de Meio Ambiente (CMA).
A proposta ganha força após a tragédia envolvendo o turista gaúcho Jorge Alex Duarte, que morreu na escadaria do Cristo após sofrer um ataque cardíaco. O incidente gerou questionamentos sobre a segurança no local, especialmente após imagens do circuito interno revelarem a ausência de socorristas. Como resultado, o monumento precisou ser fechado por um dia para vistoria do governo estadual. Agora, uma ambulância ficará de prontidão durante o horário de visitação.
O projeto é de autoria de toda a bancada do Rio no Senado — senadores Carlos Portinho (PL-RJ), Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Romário (PL-RJ) — e recebeu parecer favorável do relator, o senador Marcos Pontes (PL-SP). A proposta visa excluir a área do Alto do Corcovado, onde está localizada a estátua do Cristo Redentor, dos limites do Parque Nacional da Tijuca, administrado pelo Instituto Chico Mendes (ICMBio). O objetivo da mudança é aprimorar a gestão da área, que, segundo alguns relatos, tem sido negligenciada pelo ICMBio, com problemas como escadas rolantes inoperantes e a falta de acessibilidade para os visitantes. Com a exclusão, a Arquidiocese poderá administrar a estrutura sem as regras decorrentes da gestão de uma unidade de conservação de proteção integral, o que vai facilitar a manutenção do acesso dos fiéis às cerimônias religiosas no pedestal do Cristo.
