Ícone da Lapa, Tia Fátima da Caipirinha morre aos 68 anos

Natural de Marília, interior de São Paulo, Fátima Ribeiro da Silva chegou à cidade há 27 anos. Ela tinha uma barraca na Rua Joaquim Silva, onde atendia à sua vasta e eclética clientela

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp
Tia Fátima da Capirinha /Reprodução: Rede Social

A Lapa, no Centro do Rio, perdeu, na manhã desta quarta (28), uma das suas figuras mais simbólicas, Tia Fátima da Caipirinha. Fátima Ribeiro da Silva, de 68 anos, foi vítima de infarto fulminante em sua residência, onde mora morava sozinha.

Tia Fátima tinha uma barraca na Rua Joaquim Silva, 135, onde preparava copos grandes e inventivos da bebida apreciada por cariocas e visitantes da cidade. Sempre de bom humor e muito simpática, a ambulante contava histórias e acolhia a sua vasta e eclética clientela. Comovida, sua filha Marina, fez uma bela homenagem à mãe em uma rede social:

“Mãezinha querida do meu coração, é assim que eu te chamava e sempre vou chamar. Eu sempre te disse que você é a melhor mãe do mundo, sempre te falei o quanto te amava, admirava e do meu orgulho em ser a sua filha. Nós nos falávamos todo dia e sempre no final da conversa dizia: ‘mãezinha, fica com Deus’. Deus, cuida da minha mãezinha aí de cima. Te amo, mãe”, escreveu Raquel.

Também nas redes sociais vários frequentadores da barraca lamentaram da paulista de nascimento:

Advertisement

“Fazia a melhor caipirinha que eu já tomei, além de uma senhora muito gentil e simpática. Praticamente um ponto turístico na Lapa, vai deixar saudades”, afirmou uma internauta.

Outra usuária da rede disse que a barraca da Tia Fátima deveria ser reconhecida como um dos patrimônios culturais da cidade:

“Barraca da Fátima deveria ser tombada como patrimônio cultural do Rio de Janeiro em homenagem a ela. É simplesmente a melhor caipirinha do RJ, não tem como, não existe nada parecido com aquela limonada suíça”, disse a usuária da rede mundial de computadores.

Fátima Ribeiro da Silva chegou ao Rio de Janeiro há 27 anos. Foi na Lapa que ela deu início ao preparo e venda de bebidas em um isopor. Problemas com a fiscalização da Prefeitura fizeram com que Tia Fátima tirasse as licenças para trabalhar.

Fátima era dona de dez barracas na região. A família da comerciante afirmou que o trabalho não vai parar. Sobre a sua paixão pelo trabalho, a filha de Tia Fátima afirmou:

“Tinha muita gente que trabalhava com ela, quando ela via que os meninos estavam relaxando na hora de fazer, ela mandava embora. Depois os meninos pediam pra voltar e ela brigava com eles que tinha que fazer tudo certinho porque tudo tinha medida, tudo tinha qualidade, tudo muito limpinho, tudo do bom e do melhor, tudo fruta fresca. Por trás da barraca da Fátima, quando montada lá, nossa, envolvia muita coisa”, disse Marininha, como foi apelidada por Fátima, que sofria de alguns problemas de saúde, como pressão alta e doença cardíaca. Ela faria um procedimento na coluna no próximo dia 14.

Tia Fátima será sepultada ao lado de familiares no Cemitério da Saudade, em Marília, no interior de São Paulo, onde nasceu. Segundo a família, comerciantes da cidade vão organizar uma Missa de Sétimo Dia em homenagem à Tia Fátima, que mesmo morando no Rio nunca deixou um parente desamparado em seu estado de origem.

Com informações: O Globo e O DIA

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp
entrar grupo whatsapp Ícone da Lapa, Tia Fátima da Caipirinha morre aos 68 anos
Advertisement
lapa dos mercadores 2024 Ícone da Lapa, Tia Fátima da Caipirinha morre aos 68 anos
Advertisement

Comente

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui