IFP diz que estuda uso de inteligência artificial nos procedimentos de reconhecimento de criminosos

A deputada Renata Souza, presidente da CPI do Reconhecimento Fotográfico nas Delegacias, frisou a necessidade da participação humana no processo de identificação de criminosos

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Foto: ALERJ / Thiago Lohtra

Durante uma visita técnica da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Reconhecimento Fotográfico nas Delegacias, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), o Instituto de Identificação Félix Pacheco (IIFP), da Polícia Civil, revelou que está explorando o uso de inteligência artificial para aprimorar o processo de identificação de pessoas e reduzir erros. O IIFP propôs a criação de um quadro com seis fotografias, incluindo a do suspeito e outras geradas por inteligência artificial com características físicas semelhantes. Isso visaria diminuir a probabilidade de identificação equivocada de inocentes e evitar viés no reconhecimento, já que o policial não saberia qual foto pertence ao acusado.

No entanto, a presidente da CPI, deputada Renata Souza, enfatizou a importância da participação humana no processo e da realização de perícia nas fotografias utilizadas. Ela, embora tenha elogiado a idéia, ressaltou o que considerou uma falta de protocolos e diretrizes para garantir a perícia adequada das imagens e destacou a necessidade de mais investimentos e orçamento para esse fim.

A reunião também revelou que as imagens usadas pelas delegacias do estado não são periciadas pelo IIFP, o que levantou preocupações sobre a utilização de fotos não periciadas como única evidência para prisão e condenação de indivíduos.

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Além disso, a infraestrutura do edifício-sede do IIFP apresentou problemas, incluindo áreas com mofo. A presidente da CPI enfatizou a necessidade de melhorias na infraestrutura e no suporte tecnológico para garantir um ambiente adequado de trabalho para os servidores do instituto.

O reconhecimento facial tem sido uma ferramenta importante para as autoridades policiais ao longo da história. Desde os primeiros sistemas rudimentares de fotografia no século XIX, as técnicas de identificação de criminosos evoluíram significativamente. No século XX, a fotografia criminal se tornou comum, permitindo que as polícias compilassem álbuns de fotos de suspeitos e criminosos conhecidos. No entanto, o reconhecimento facial computadorizado só se tornou possível com o avanço da tecnologia de computadores e visão computacional nas últimas décadas. Isso possibilitou o uso de algoritmos para comparar imagens de câmeras de vigilância com bancos de dados de criminosos, melhorando a capacidade das autoridades de identificar suspeitos e resolver crimes.

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