A Paróquia da Ressurreição, localizada na Rua Francisco Otaviano, 99, em Ipanema; e a Capela da Anunciação, que fica na comunidade do Pavão-Pavãozinho, nas ruas Hortência, 2; e Saint Roman 46, realizam a tradicional Festa do Natal das crianças, no próximo dia 21, sábado, às 15h.
As mais de 600 crianças que frequentam ou são atendidas pelos templos católicos serão presenteadas com brinquedos pelo arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, segundo O Globo.
A História da Igreja
A Igrejinha de Nossa Senhora de Copacabana, que ficava onde hoje está o Forte de Copacabana, foi a primeira sede da Paróquia da Ressurreição. A Igrejinha foi demolida, em 1918, com a inauguração do Forte. Como a Igrejinha ficava ao lado do Comando, o Ministério do Exército tinha interesse na mudança de local do templo.
Como solução, militares e membros da Igreja fecharam um acordo no qual o Ministério cedia à paróquia o terreno onde foi erguida a atual igreja, e a paróquia devolvia o terreno onde estava a Igrejinha. Em 1953, militares do Exército reconduziram a imagem da Santa à Copacabana e construíram uma capela provisória no Forte.
Segundo o blog da Paróquia, as obras para levantar a Paróquia da Ressurreição tiverem início 1973, com a inauguração acontecendo em maio de 1975. A Igreja foi batizada pelo então pároco, D. Eduardo, que escolheu o nome de Ressurreição, marco fundamental da Igreja de Cristo.
A construção do templo foi levada a cabo por José Carlos Ourivio, dono da Construtora Veplan, cujos serviços de administração das obras foram gratuitos. O projeto arquitetônico foi de autoria de Ibsen Vilaça; a Via-Sacra foi pintada por José Carlos Ourivio. A coordenadora da Campanha de Promoções, Regina Santos realizou vários desfiles e chás para captar os recursos para a construção da Igreja, cujos paroquianos colaboraram financeiramente durante todo o período de construção.
A Igreja da Ressurreição não tem colunas. Ela foi erguida em concreto protendido, preso nas extremidades das paredes, também de concreto. O prédio foi levantado sobre rocha e areia, técnica que suscitou dúvidas quanto à estabilidade da construção. Mas a Igreja jamais apresentou problema algum.
As portas do templo, por sua vez, são vidro para que os fieis se sentissem à vontade, uma vez que as Missas mais concorridas da Igrejinha do Forte eram celebradas ao ar livre.
À frente da Igrejinha ficou o Padre Barbosa, de 1947 até sua morte, em 1970. O sacerdote recebeu, em 1954, a nomeação de reitor da Igrejinha, por sua ajuda na reconstrução do templo. Padre Barbosa deixou dois imóveis para a construção da futura Igreja da Ressurreição.
Após a sua morte, o Padre Eduardo Koaik foi designado para dirigir a igrejinha, para a qual convidou os Padres Josmar Braga, Nivaldo Rosa e Vicente Amoroso Lima. Com a designação de D. Eduardo para Bispo Coadjutor, em Piracicaba (SP), assumiu a paróquia, em 1980, o Monsenhor Maurílio César de Lima, que foi substituído, em 1° de janeiro de 1986, pelo Padre José Roberto Devellard, falecido em 2020.
Atualmente, a Paróquia da Ressurreição abrange também a Capela da Anunciação, cuja história é dividia em antes e depois da atuação das missionárias da comunidade Donum Dei. No início, o local onde hoje funciona a Capela era um centro comunitário criado por D. Eduardo Koaik, e gerido por voluntários.
As atividades eram oferecidas em dois prédios de madeira, onde eram realizados atendimentos médicos, cursos de alfabetização, lactário, entre outras atividades. A Missa dominical era celebrada no salão.
As missionárias chegaram ao local através do Cardeal D. Eugênio Salles. As religiosas vieram para a cidade para a montagem de um restaurante missionário no Rio, que não saiu do papel. As irmãs acabaram assumindo o Morro, onde foi construída a Capela, com o apoio de sacerdotes e devotos do Pavão-Pavãozinho.
