A Universal está incluída em uma lista de 27 empresas e pessoas físicas que receberam grandes doações da GAS e de Glaidson, preso na semana passada acusado em um esquema de pirâmide financeira com criptomoedas.
A Receita Federal levantou que a igreja recebeu aproximadamente R$ 29 milhões entre 2018 e 2020, mas a própria Universal já confirma ter recebido valores ainda mais altos, alcançando a quantia de R$ 72,3 mnilhões, entre 4 de maio de 2020 a 12 de junho de 2021.
Diante disso, a IURD entrou com uma ação judicial para antecipar provas, temendo ser “envolvida em crimes que não praticou, pelo simples fato de ter recebido, de boa-fé”, As informações são do jornal O Globo.
Segundo a igreja, Glaidson já foi pastor da entidade e colaborava, assim como outros fiéis, “com o sustento do templo” de Cabo Frio, na Região dos Lagos, onde ele frequentava os cultos.
Ainda de acordo com O Globo, antes de apresentar a ação de produção antecipada de provas, a Univeral procurou Glaidson por meio de um pastor para cobrar explicações sobre a motivação das doações.
Leia a nota da IURD na íntegra:
“UNIVERSAL JÁ HAVIA ALERTADO AS AUTORIDADES E PÚBLICO SOBRE SUSPEITA DE PIRÂMIDE FINANCEIRA
Há quase dois anos, desde o final de 2019, em inúmeras ocasiões, como provam os vídeos abaixo, a Igreja Universal do Reino de Deus vem alertando seus membros para os golpes embutidos em supostos investimentos em criptomoedas.
A Universal tomou esta atitude exatamente porque tem ciência de que um dos alvos destas pirâmides financeiras são as pessoas de boa-fé, especialmente das comunidades evangélicas. Todos sabem que o sucesso de uma pirâmide financeira depende da entrada constante de novos investidores. Daí a razão destas empresas buscarem se infiltrar em clubes, associações, corporações e especialmente igrejas, a fim de se valerem do espírito fraterno e de confiança que une seus membros. A Universal não compactua com nenhuma atividade ilícita, por mais ganhos que possa gerar. Ofertas que procedam de engano, fraude e injustiça não têm valor algum para Deus.
Quanto a Glaidson Acácio dos Santos, informamos que ele ingressou no treinamento pastoral da Universal em 2003 e foi desligado pouco depois por não atender aos padrões do ministério. Há alguns meses, a Igreja recebeu informações de que ele estaria assediando e recrutando fiéis e integrantes do corpo eclesiástico para participar de sua empresa, que demonstrava sinais que caracterizavam algum envolvimento com pirâmide financeira.
Para combater isso, além dos constantes alertas dados publicamente em seus cultos e programações de TV e rádio, a Universal tem feito rigorosas averiguações internas para assegurar que seus oficiais não promovam e muito menos se envolvam com estas pirâmides. É por esse rigor que alguns já não fazem mais parte do quadro de pastores da igreja.
Além disso, em maio deste ano, a Universal apresentou uma notícia-crime na Justiça contra os envolvidos. Mais recentemente, foi aberto um processo judicial cível para que Glaidson confirme à Igreja que os dízimos e doações que ofereceu como frequentador, têm origem lícita. Ou seja, muito antes da operação policial da última semana que resultou na prisão de Glaidson, a Universal já vem alertando e cooperando com as autoridades para as devidas investigações.“
Veja a resposta, também na íntegra, enviada pela GAS Consultoria:
“A G.A.S Consultoria possui rotinas de processamento de repasses e pagamentos dos valores acertados em contratos dos clientes de forma descentralizada. Essas movimentações são de capital de terceiros (clientes), sendo transferido para empresas do Grupo GAS.
É de conhecimento público que os bancos tradicionais possuem a prática arbitrária de bloquear e até mesmo encerrar contas de pessoas físicas e pessoas jurídicas sem aviso prévio, simplesmente por estarem envolvidas no mercado de criptoativos.
Zelando pela segurança de seus cliente e com objetivo de manter o compromisso de pagamentos de todos os contratos, com faz em quase uma década de existência, a G.A.S Consultoria sempre adotou a prática de fazer pagamentos adiantados, pois no caso de bloqueio de qualquer conta de pagamento, existem outras contas para garantir que nenhum cliente fique sem receber. Por gerenciamento estratégico, a G.A.S adota a prática de utilização de múltiplas contas de segurança, tanto de pessoas jurídicas como de pessoas físicas ligadas à operação da empresa, em diversos bancos e em âmbito nacional.”