Após seis meses de operação assistida junto à CEDAE, a Iguá assumiu nesta segunda-feira (07/02) os serviços de água e esgoto na área do Bloco 2, referente à região da Barra da Tijuca e Jacarepaguá, na cidade do Rio de Janeiro e nos municípios de Miguel Pereira e Paty do Alferes, no Centro-Sul Fluminense.
A Iguá será responsável pela distribuição de água, coleta e tratamento de esgoto nos bairros da Barra da Tijuca, Camorim, Cidade de Deus, Curicica, Freguesia, Gardênia Azul, Anil, Grumari, Itanhangá, Jacarepaguá, Joá, Pechincha, Recreio dos Bandeirantes, Tanque, Taquara, Vargem Grande, Vargem Pequena e imediações. A captação e o tratamento da água, produzida na Estação de Tratamento de Água do Guandu, ficará por conta da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (CEDAE). Já em Miguel Pereira e Paty do Alferes, a empresa fará o ciclo completo do saneamento básico, com captação, tratamento e distribuição de água tratada, assim como os serviços de esgotamento sanitário.
Para marcar o início da Operação Rio, foi realizada uma cerimônia na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da Barra da Tijuca, sede e principal unidade operacional a ser gerida pela empresa. O evento contou com a presença do secretário de Estado da Casa Civil, Nicola Miccione, do presidente da CEDAE, Leonardo Soares, e do CEO da Iguá, Carlos Brandão, dentre outras autoridades.
Durante a cerimônia, o CEO da empresa, Carlos Brandão, falou sobre alguns investimentos previstos, como o foco na despoluição do complexo lagunar de Jacarepaguá, que, nos próximos três anos, receberá um investimento de R$ 600 milhões para a limpeza do sistema — avaliada em R$ 250 milhões — e adequação da infraestrutura de comunidades próximas. A informação foi divulgada pelo jornal “O Globo”. A Iguá afirma que as suas primeiras ações visam à despoluição da Lagoa de Camorim, canal que liga as lagoas de Jacarepaguá e da Tijuca.
Presidente da Águas do Rio diz que empresa tem plano para despoluir Baía de Guanabara
Em entrevista ao DIÁRIO DO RIO, o Diretor Presidente da Águas do Rio, Alexandre Bianchini, explicou que há um plano para construir grandes coletores para evitar que o esgoto caia na Baía de Guanabara. Ele citou como exemplo a Lagoa de Araruama e disse que ela é encarada como um modelo reduzido da Baía de Guanabara.
“Quando eu era moleque, eu ia muito a Iguabinha e aquela lagoa era uma piscina de tanto peixe. Eu sou de uma geração que viu essa lagoa morrer. Ela não tinha mais vida, não tinha mais pesca, turismo, não tinha mais nada. Virou uma grande lagoa de esgoto. Foi feito um grande cordão de isolamento, que é exatamente o mesmo projeto que nós temos que fazer na Baía de Guanabara nos próximos cinco anos, e retornou a vida da Lagoa de Araruama: a lagoa hoje está viva, está limpa, tem pesca, turismo, voltou a ser aquela lagoa de antigamente“, contou.
Ele ainda completou: “A gente olha para a Lagoa de Araruama como um modelo reduzido da Baía de Guanabara. O mesmo projeto que foi aplicado lá, vai ser aplicado aqui. Então, o efeito vai ser o mesmo. Esse cordão de isolamento corrige tudo? Não, mas ele melhora bastante as condições”.
Na entrevista, Bianchini também garantiu ao DIÁRIO que a prioridade da Águas do Rio é resolver problema da falta d’água.