O mercado imobiliário nacional está passando por um momento delicado, o mercado de vendas e de locação estão retraídos, em função do momento macroeconômico. No entanto, muitos investidores brasileiros e estrangeiros estão aproveitando esse momento para comprar imóveis por preços abaixo dos praticados nos últimos meses. O mercado atualmente está favorecendo o comprador e o locatário, devido ao excesso de ofertas.
A suposta bolha imobiliária foi um dos temas mais polêmicos da última década no Brasil, mas as últimas evidências são de que a bolha está desinflando sem estourar – os preços não caem, mas já crescem menos do que a inflação.
E o motivo é simples: não há bolha que resista a um processo de atividade em queda, preços em alta e deterioração das expectativas como o do Brasil atual.
No mundo, o cenário imobiliário está um pouco mais forte do que no ano passado, graças à continuidade de taxas de juros baixas no mundo desenvolvido e melhores condições macroeconômicas.
O melhor caminho atualmente é investir em imóveis comerciais, industriais e logísticos aqui no Brasil que possuem uma melhor taxa de retorno ou em imóveis residenciais, comerciais e industriais no exterior que possuem um metro quadrado mais favorável que o nosso e uma taxa de retorno mais alta que a nossa média. Entretanto, cada país possui suas peculiaridades, portanto, faz-se necessário uma boa assessoria aqui e no país escolhido para que o planejamento e a escolha sejam assertivas.
Nos Estados Unidos, por exemplo, uma das melhores opções são as propriedades para alugar por meio de acordos do tipo Triple Net (NNN), no qual o inquilino assume o pagamento de impostos, taxas, manutenção e seguro. A compra costuma ser feita quando o imóvel já tem um contrato de locação — acima de dez anos — com grandes redes de restaurante (Taco Bell, Burger King), farmácia (CVS, Walgreens) ou bancos. A grande vantagem no acordo Triple Net é que, além de deixar os encargos para o inquilino, tem cláusulas rígidas para rompimento de contrato. No Triple Net, o investidor não está preocupado com a localização, pode ser em qualquer lugar dos EUA. O que importa é a rentabilidade.
Pesquisas recentes mostram que os brasileiros têm comprado apartamentos de US$ 90 mil a mais de US$ 3 milhões. A maioria paga à vista, talvez 60%. Mas é possível financiar com entrada de 30%. A classe média também compra. Para um apartamento de US$ 300 mil é possível dar 30% de entrada e financiar o saldo. Nos financiamentos feitos nos Estados Unidos geralmente a entrada corresponde a 30% do valor do imóvel, o prazo máximo é de 30 anos e os juros variam entre 4 a 6% ao ano.
E, apesar de o real ter se desvalorizado perante o dólar, o interesse permanece alto. Estamos em 4º lugar no ranking dos estrangeiros que compram imóveis nos Estados Unidos. Ficamos atrás apenas do Canadá, Reino Unido e Austrália.
Importantíssimo ressaltar que, principalmente em transações internacionais, é de fundamental importância ter uma boa assessoria empresarial. Cada país possui leis, questões tributárias, fiscais, contábeis particulares, além das questões relacionadas ao visto. Portanto, um brasileiro interessado em comprar um imóvel no exterior deverá estar muito bem assessorado e informado sobre os aspectos legais e os encargos do país em que pretende comprar o imóvel. Em todas as esferas, possuímos profissionais qualificados, sediados nos países escolhidos para investimento – a maioria fala em português – para dar total suporte antes, durante e após o processo de aquisição do imóvel.
Cristina Figueiredo
Cristina Figueiredo possui 23 anos de experiência nas áreas de turismo e imóveis. É bacharel em Turismo pela Universidade Estácio de Sá, especialista em administração de hotéis pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e possui habilitação e experiência na avaliação judicial de imóveis e registro no Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECI). Atualmente, é diretora da Rio Imóveis Prime.