Inadimplência e juros altos prejudicaram vendas do comércio; expectativas são melhores para o segundo semestre

Dados são de pesquisa realizada pelo Clube de Diretores Lojistas – CDLRio, e do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro, junto a 250 lojistas da cidade

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Saara, no centro do Rio. | Foto: Rafa Pereira - Diário do Rio

A inadimplência e os altos juros tiveram um impacto negativo nas vendas do comércio no primeiro semestre deste ano. Os elevados custos do crédito, somados aos altos índices de inadimplência e endividamento das famílias, desencorajaram o consumo e afastaram os consumidores das compras, resultando em um desempenho abaixo do esperado no comércio carioca. É o que mostra a pesquisa realizada pelo Clube de Diretores Lojistas – CDLRio, e do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro – SindilojasRio, junto a 250 lojistas da cidade, a respeito da percepção dos negócios e do faturamento nos primeiros seis meses de 2023.

A pesquisa também revelou que, além dos fatores econômicos, a violência também teve um papel significativo ao afastar os clientes das lojas, principalmente as de bairro. O comércio ilegal e a desordem urbana foram citados por 35% dos entrevistados como entraves, e 15% apontaram a excessiva carga tributária e a burocracia como prejudiciais às vendas.

Aldo Gonçalves, presidente do CDLRio e do SindilojasRio, destacou que a superação desse cenário adverso para o comércio local requer a união das entidades representativas da sociedade e do poder público em prol da recuperação econômica do Rio de Janeiro.

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Hoje, grande parte dos lojistas do Rio luta contra sucessivos revezes, enfrentando dificuldades para manter seus negócios. Assim, para superar adversidades o apoio do poder público é fundamental, considerando problemas antigos e recorrentes. Tanto para coibir a violência e a desordem que afastam os consumidores dos estabelecimentos comerciais, como para criar ambiente favorável aos negócios, reduzindo custos. Nesse sentido, um viés poderia ser a redução da carga tributária e a oferta de incentivos que dessem fôlego financeiro às empresas, estimulando novos investimentos e facilidades para ações empreendedoras. Essas condições poderiam ser interessantes para a recuperação do comércio fluminense, diante da conjuntura de consumo meio morna”, disse.

Para o segundo semestre deste ano, os lojistas têm expectativas de resultados melhores, embora possam ser moderados. No entanto, esses resultados dependerão de fatores como a queda da inflação e dos juros, a redução da inadimplência e das dívidas das famílias, bem como um maior combate à violência e à desordem urbana. Além disso, a diminuição de impostos e custos operacionais também é desejada para impulsionar o comércio fluminense diante da conjuntura de consumo relativamente lenta.

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