Inadimplência em condomínios do Rio cai depois de grande alta durante a pandemia

De acordo com pesquisa, o atraso no pagamento de condomínios é bem maior na Barra da Tijuca, onde chega a 12%; a media na cidade é 8,01%

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Prédios do Centro do Rio | Foto: Rafa Pereira - Diário do Rio

A taxa de inadimplência nos condomínios do Rio de Janeiro diminuiu sensivelmente, segundo um levantamento feito pela Estasa, administradora que atende 650 condomínios na cidade. Em dados comparativos, o percentual médio entre o ano de 2020 e 2022 aponta uma queda de 1,5% nos boletos em atraso. Nos últimos dois anos o Brasil viveu um momento crítico na economia, que puxou o aumento desta inadimplência.

A pandemia da Covid-19 acentuou o número de desempregados no país e, consequentemente, de endividados. Em 2020, o número de condôminos inadimplentes correspondia a 10,17% do total. Já em 2022, a inadimplência representa 8,67%, sendo que o mês de julho teve o menor percentual de atraso dos últimos anos: 8,01%. Uma boa notícia para síndicos e administradores de condomínio.


“Assim que conseguem alguma renda, a tendência é que os proprietários quitem o mês em atraso, temendo perder o imóvel por conta da dívida. Acredito que isso explica a queda da inadimplência, passado o auge da pandemia”, explicou Luiz Barreto, que coordenou o estudo, e é presidente da Estasa, além de diretor da ABADI (Associação Brasileira de Administração de Imóveis).


O levantamento mostra que a inadimplência na Barra e Zona Oeste é bem maior do que na Zona Sul. Isso acontece por conta do tipo de condomínio característico de cada uma dessas regiões; quanto maior o número de unidades, maior a ocorrência de atraso. Nos grandes condomínios (mais de 100 unidades), muito comuns na Barra, chega a 12%. Nos edifícios menores, típicos da Zona Sul, é de 5% ou menos. “Vale lembrar que um único condômino que não paga a cota em um prédio com até 10 unidades, gera grandes problemas como, por exemplo, falta de recursos para pagar as contas. Esse fato ajuda a fazer uma pressão para não haver atrasos em edifícios menores”, ressalta Barreto.

Para Valdemar Barboza, gerente predial da Sergio Castro Imóveis, a inadimplência vem caindo bastante nos condomínios residenciais da Zona Sul e da Zona Norte. “Na Barra, ainda continuam os problemas de inadimplência, principalmente naqueles condomínios com infraestrutura. Outro problema são as salas comerciais na região, cuja inadimplência se tornou endêmica”, diz. Mas no Centro do Rio o problema também existe: “Apesar de a coisa estar melhorando, os prédios antigos de salas no Centro estão passando por uma inadimplência bem acima do normal”, finaliza.

Luiz Barreto lembrou que quando falamos de inadimplência de cota, é importante lembrar uma coisa. “Os encargos para quem paga o condomínio atrasado são baixos: 2% de multa + 1% ao mês de juros. Por isso, muitas pessoas atrasam essa conta para pagar outras com juros mais altos.”

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