Ingratidão: Por pouco, acervo do sambista Elton Medeiros não é jogado no lixo

Registros artísticos foram descartados durante a desocupação do apartamento onde o artista morava em Copacabana. O síndico do prédio e amigo de Elton, Sérgio Fonseca, resgatou o material

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Elton Medeiros / Câmara dos Deputados

Considerado um dos maiores melodistas e ritmistas da história do samba, o compositor e radialista Elton Medeiros, que morreu de pneumonia em 2019, aos 89 anos, quase teve a sua carreira artística jogada no lixo. Fotos, fitas cassetes e VHS, além de diversos registros artísticos do sambista nascido na Glória, foram descartados na desocupação do apartamento onde ele morava, em Copacabana. A memória do artista foi salva e resgatada por Sérgio Fonseca, síndico do prédio e admirador de Elton Medeiros.

Sem saber o que fazer com o patrimônio musical, Sérgio Fonseca entrou em contato com o cantor e amigo Chico Alves, que ficou indignado com desprezo pela obra e trajetória do “Grande Mestre”. No último domingo (25), o cantor postou em seu Facebook que tentaria “dar um destino mais nobre ao acervo desse gênio da raça”. O material foi recebido pelo Instituto Moreira Salles, nesta segunda (26), segundo Chico Alves,

“Esse material deveria estar nos museus, memoriais, bibliotecas ou em algum outro local de preservação e pesquisas, mas no Brasil desmemoriado culturalmente ia para o lixo. […] Agradeço imensamente a preocupação e força de todos os que contribuíram para que a memória do Elton seja preservada. Nada supera a força da coletividade”, celebrou Chico Alves.

Foi a coordenadora de música do Instituto, Bia Paes, quem assinou o termo de recebimento da obra de Elton Medeiros. Bia explicou que o material, que deve passar por uma quarentena, será inventariado para a verificação da sua futura incorporação ao acervo do Moreira Salles.

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Elton Medeiros iniciou a sua carreira aos 17 anos na Orquestra Juvenil de Estudantes, que se apresentava na Rádio Roquette-Pinto. Ele também fez parte do grupo ‘Os Cinco Crioulos’ juntamente com Nelson Sargento, que o chamava carinhosamente de “O Grande Mestre”.

Entre as composições de Elton Medeiros estão “Peito Vazio”, “O Sol Nascerá” (em parceria com Cartola), e “Onde a dor não tem razão“, composta com Paulinho da Viola, que a gravou, fazendo grande sucesso.

Muitos foram os artistas que gravaram as composições de Elton Medeiros. Entre eles estão Nara Leão, Elis Regina, Zeca Pagodinho, Teresa Cristina, entre outros artistas de renome.

Informações: O DIA

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