Os “Programadores Cariocas” e o “Sandbox.Rio”, duas iniciativas da Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação (SMDEIS), entraram na biblioteca de estudos de caso do Observatório de Inovações do Setor Público da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). A biblioteca reúne e compartilha as inovações com o intuito de disseminar e replicar as boas ideias desenvolvidas no setor público.
O projeto “Programadores Cariocas” tem como objetivo qualificar jovens e cariocas que querem ingressar em profissões relacionadas ao desenvolvimento de tecnologia. O curso, voltado preferencialmente para os grupos mais vulneráveis, como mulheres, negros, pessoas trans, que estudaram em escola pública, dura seis meses com aulas em linguagens da programação. A Prefeitura paga o curso dos alunos, por meio de bolsas de estudo, oferece um auxílio financeiro de R$ 500 por seis meses e um computador para cada aluno que se formar, ao fim do curso.
No primeiro ciclo, 750 alunos se formaram – sendo 70% negros (pretos ou pardos), 40% mulheres e metade de moradores de comunidade. A expectativa é que o próximo ciclo forme mais 1.800 programadores.
Já o Sandbox.Rio é um projeto experimental regulatório, que permite empresas testarem produtos, serviços ou processos inovadores na cidade. São projetos que não se enquadram no cenário regulatório existente e são testados em um ambiente controlado, através de autorização temporária concedida pelo município. Durante o período de teste, são coletadas informações que auxiliam a Prefeitura do Rio na compreensão das inovações, garantindo adequação regulatória que atenda melhor às necessidades impostas pelas novas tecnologias – de forma segura para os moradores do Rio, para as empresas e para o setor público. Além disso, a base de dados gerada ajudará os gestores municipais na concepção de políticas públicas de interesse do município.
De acordo com o secretário Chicão Bulhões, da SMDEIS, o Rio tem como meta se tornar a capital da inovação da América Latina e, para isso, a cidade precisa estar preparada. “Há várias ações da prefeitura em andamento que visam a formação de mão de obra qualificada, a atração de investimento e criação de hubs para dar densidade a esse ecossistema. Essa indicação, de uma instituição relevante como a OCDE, vem coroar as iniciativas do município do Rio. É o reconhecimento internacional de que colocamos o Rio no caminho certo“, afirmou o secretário.
Com o Sandbox, há redução dos custos e do tempo de entrada de ideias inovadoras no mercado; uma maior facilidade na obtenção de financiamento para projetos inovadores, em razão da maior segurança jurídica; e interlocução com órgãos governamentais essenciais para o desenvolvimento da atividade em âmbito municipal. No primeiro ciclo, quatro projetos foram selecionados, dos quais três estão em andamento, e o edital para o próximo ciclo está aberto, até dia 22, pelo link: http://sandboxrio.com.br .