Insegurança que muda hábitos e prejudica a economia do Rio – O caso dos shoppings

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Os problemas vividos pelo carioca no campo da segurança pública são graves e, sem dúvida, geram consequências profundas. Ao longo dos últimos meses, tenho comentado aqui neste Diário do Rio sobre como a violência afeta o cotidiano e a mente das pessoas, o funcionamento do comércio e a geração de riqueza da nossa economia. Temos aplicativos informando sobre tiroteios e um toque de recolher tácito. Infelizmente.
Dessa vez vamos falar de um exemplo concreto de como a insegurança age, às vezes sutilmente, alterando as vidas dos cidadãos e mudando costumes: O Bangu Shopping, importante centro comercial da Zona Oeste do Rio, acostumado a estender seu horário de funcionamento na época natalina assim como muitos outros shoppings fazem, teve que se adaptar aos tempos de assaltos e arrastões em que vivemos e se tornou um caso emblemático: Abrirá antes ao invés de fechar depois.
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O horário especial de dezembro, entre 8 e 23/12, será de 9h às 22h, com atividades encerradas às 18h na véspera de Natal. Ou seja, ao invés de manter suas lojas abertas até a meia-noite, como era de costume, o Shopping fechará normalmente às 22 horas, mas abrirá mais cedo, às 9 horas da manhã. Assim, aumentou o expediente, tentando vender mais e aproveitar o Natal, mas, ao mesmo tempo, evitou as perigosas noites cariocas.
Quem compraria um presente em uma joalheria às 23:30 no Rio de hoje? Os clientes do mesmo Shopping Bangu se apavoraram recentemente com um tiroteio gerado por um assalto a uma loja de celulares. O Jardim Guadalupe, o West Shopping e centros comerciais de Niterói e da Baixada também foram alvos de criminosos esse ano. BarraShopping e Rio Sul, famosos por seus horários estendidos, também foram atacados e não irão até meia-noite nesse Natal.
Nem mesmo os shoppings, que eram vistos como “ruas de comércio” cobertas e seguras, podem garantir proteção atualmente. Enquanto os shoppings e outros locais alteram sua rotina por conta da insegurança, o carioca também vai, direta ou indiretamente, se enquadrando. É justo?

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