Instalações do Museu da Imagem e do Som no Rio enferrujam antes mesmo da inauguração

O Governo do Estado do RJ prometeu a entrega do MIS para o início deste ano, entretanto, problemas relacionados a má conservação adiam o prazo novamente

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Museu da Imagem e do Som em Copacabana

Iniciadas em 2010, com previsão de conclusão para 2012, as obras da nova sede do Museu da Imagem e do Som (MIS), localizado na orla de Copacabana, na Zona Sul do Rio, avançam lentamente em meio às dificuldades. De acordo com as empresas envolvidas na retomada da construção, que esteve paralisada de 2016 à 2021, parte das estruturas apresentam sinais de comprometimento. A informação é da Folha de São Paulo.

Mesmo com cerca de 75% da obra finalizada, a nova sede do MIS ainda carece de alguns pormenores, como instalações elétricas, sanitárias e hidráulicas. E agora, enfrenta mais este percalço, a presença de ferrugem e de infiltrações, fruto da má conservação e da exposição às condições climáticas.

O projeto inicial prevê a construção de oito andares, sendo dois deles subterrâneos. Nele, o prédio dispõe de uma livraria, uma cafeteria de frente para o mar, um mezanino, um restaurante com vista panorâmica e um cinema a céu aberto na cobertura. Além da concepção da fachada inspirada nas ondas do famoso calçadão do bairro.

De acordo com relatórios do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e das empresa responsáveis pela obra, a demora se atribui às péssimas condições que se encontram os canteiros de obra do MIS. Como é o caso, dos painéis que compõe a fachada. A empresa portuguesa responsável pela importação do material especial do sistema de fachadas e esquadrias, a Seveme, afirmou que algumas peças foram arruinadas e pontuou a existência de corrimãos enferrujados e espelhos danificados.

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“É notória na maioria dos painéis um acentuado dano causado pelas águas contaminadas e também pela exposição não prevista às condições climáticas”, afirma um documento produzido em 2021.

Além dos impasses enfrentados pela Seveme, há diversos contratos com empreiteiras e prestadoras de serviço que estão sob responsabilidade das Secretarias de Infraestrutura e Cidades (Seic), Cultura e da Fundação Roberto Marinho, parceira e financiadora do MIS, que alegam as mesmas condições. Aliado a isso, o TCE do Rio também apontou irregularidades no pagamento da Compass Build Control, responsável pela fiscalização e monitoramento da retomada da obra, que apesar do ritmo lento, recebeu os valores inicialmente previstos.

De acordo com a Folha de São Paulo, o custo total da obra é incerto, Isso se deve aos atrasos e às assinaturas de sucessivos contratos que fizeram com que o projeto, estimado em R$ 70 milhões em 2009 (R$ 124 milhões em valores atualizados), atingisse atualmente mais de R$ 190 milhões em compromissos já firmados, sem contar serviços ainda não contratados.

Em 2021, ainda no primeiro mandato, o Governador do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, prometeu a inauguração do MIS para o início de 2023, entretanto, diante dos fatos expostos, percebeu que não seria possível. Em 2023, reeleito, no ato da posse, o mesmo reafirmou seu compromisso na conclusão de projetos de infraestrutura que ficaram paralisados por muito tempo. Entre as prioridades citadas por ele, está a nova sede do MIS.

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