Instituições de ensino e pesquisa do Rio uniram-se em um manifesto a favor da Universidade do estado do Rio de Janeiro (Uerj) e contra o projeto de privatização da Universidade. A ação ocorre devido a publicação no Diário Oficial do projeto de lei 4.673/21 de autoria do deputado Anderson Moraes (PSL-RJ), que propõe a extinção da Uerj e a transferência do seu patrimônio e alunos para a iniciativa privada.
O documento destaca a relevância da instituição na educação de jovens e na produção científica nacional, assim como o pioneirismo na introdução do sistema de cotas entre as universidades, que contribuiu para a aceleração do processo de inclusão no ambiente universitário. O manifesto também destaca que a proposta representa um ataque ao sistema educacional.
“A proposta vem no contexto de uma guerra cultural contra as Universidades e a Ciência, constituindo-se em um ataque não só à UERJ, mas a toda comunidade acadêmica e científica do Estado do Rio de Janeiro, que está mobilizada para a defesa da Universidade pública, gratuita, referenciada socialmente e de excelência”, diz o texto do manifesto.
Apesar da publicação no Diário Oficial, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), André Ceciliano (PT) permanece afirmando que a medida não será votada em sua gestão. O manifesto em favor da Uerj destaca a confiança da Alerj para barrar o projeto de lei.
“Estamos confiantes que a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro não chancelará tal iniciativa, cuja aprovação constituiria grave prejuízo para a educação, a ciência, a tecnologia, o desenvolvimento econômico e a inclusão social em nosso Estado e nosso País”, afirma o manifesto em defesa da Uerj
Por fim, o documento de apoio irrestrito e solidariedade à Uerj é assinado pelos seguintes representantes: Antonio Claudio Lucas da Nóbrega (Reitor – UFF), Denise Pires de Carvalho (Reitora – UFRJ), Jefferson Manhães de Azevedo (Reitor – IFF), Luanda Moraes (Reitora -UEZO), Maurício Saldanha Motta (Diretor Geral – CEFET), Oscar Halac (Reitor – Colégio Pedro II), Rafael Barreto Almada (Reitor – IFRJ), Raul Ernesto Lopez Palacio (Reitor – UENF), Ricardo Lodi Ribeiro (Reitor – UERJ), Ricardo Silva Cardoso (Reitor – UNIRIO) e Roberto de Souza Rodrigues (Reitor – UFRRJ).
Pow, esse tipo de manifesto é nulo. Que se esperaria de perguntar pro servidor público o que ele acha de desfazer uma instituição donde ele se alimenta? Uma vez proposto o projeto, esses senhores e senhoras que assinaram o manifesto sentiram a cabeça à prêmio.
Mais uma vez, o projeto deve sim ser discutido na ALERJ – não são essas pessoas doutas que se dizem tão democráticas? Se o a ALERJ quiser, ele faz e desfaz do patrimônio do estado.
E mais uma vez: se dessem bolsas de estudo em universidades privadas aos pobres e carentes com o dinheiro do custeio da UERJ, MUITO MAIS GENTE seria beneficiada que atualmente. Em número e em perfil socioeconômico.